Quando a tua irmã...
...tenta engolir os pontos do dente a achar que é a massa Xau-Min que está a comer.
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...tenta engolir os pontos do dente a achar que é a massa Xau-Min que está a comer.
Vi-a ao longe. Os meus olhos brilharam.
Olhei para o relógio. Três minutos para o meu comboio chegar. Tinha de dar tempo.
Levantei-me e comecei a correr na sua direção.
Ela fez o mesmo do lado de lá da linha, os nossos olhos divididos entre o caminho a percorrer e a inevitabilidade de ver onde ia a outra.
Descemos as escadas em direção ao túnel e foi bem a meio que finalmente nos cruzámos.
Era a minha irmã. Trazia na mão um daqueles gelados da feira para mim.
A minha irmã acabou de me ligar. Nas suas palavras, tinha de me contar algo enquanto a minha mãe se lembrava do que tinha dito e não podia negar: já estão a achar que vai ser bonito certo? Eis o que ela relatou:
A minha irmã falava de como em determinado grupo de amigos, nem todos entendiam quando estava a gozar ou a ser irónica e a minha mãe decidiu explicar-lhe que era normal, porque nem toda a gente tnha tido a educação dela.
Irmã: O que queres dizercom isso?
Mãe: Nem toda a gente cresceu com uma irmã assim parva.
(sim, eu)
Parece que depois ela tentou emendar que era "parva no bom sentido", claro que já a mai'nova estava de dedo no gatilho (leia-se telemóvel) para dar a boa nova.
Só me lembrei disto, acerca de como as pessoas próximas podem ser honestas:
A verdade é que - apesar de neste caso a minha mãe nem ter dito o que disse como um insulto - concordo: as pessoas mais próximas devem ser honestas (mesmo que tenham cuidado com o tom em que dizem as coisas). Isso ou...os meus amigos não têm sorte nenhuma em ter-me por perto...
O meu pai foi renovar a carta de condução.
Quando foi tirar a foto a senhora disse-lhe, depois da primeira tentativa: tem de abrir os olhos que ficou com os olhos fechados.
Ele abriu bem os olhos.
Já tem a carta com ele. A foto é qualquer coisa parecida com isto:
Juro. Parece maluquinho. E quero vê-lo a mostrar aquilo ao primeiro policia que o mande parar.
Nem sequer estou a exagerar. Quem exagerou foi ele.
Se eu e a minha irmã fizéssemos um canal de Youtube: íamos ser o próximo Feromonas (mas em miúdas lindas a ter potes de graça em vez de um tipo de barba a jogar Minecraft). BTW, só eu é que não conhecia o Feromonas, o youtuber mais famoso de Portugal?
Fomos ao cinema e sobrou parte do balde de pipocas. Queríamos ir (eu e a minha irmã) cheirar os livros à FNAC. Ela nem queria entrar porque ja sabia que iam implicar com as pipocas e eu ofereci-me para o levar na mão.
O segurança vem logo direito a mim (eu a fazer um ar desentendido): "não se pode comer aqui". E eu disse com gentileza e elegância que não íamos comer, só não tinhamos forma de guardar as pipocas - há bom tempo que não se usam aquelas bolsas de mulher que mais pareciam tendas de campismo (sim, tive algumas).
A boa notícia: Fui honesta. Não comemos nem uma pipoca ao longo do percurso na FNAC.
A má notícia: Ela veio de encontro a mim e entornei cerca de 357 de pipocas no chão junto às figuras de animação da Nintendo. Que apanhamos envergonhada e apressadamente para a minha mala e para os bolsos dela.
Quanta elegância.
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