Uma massagem de corpo e alma. E uma blogger de queixo caído.
Expectativa
Eu costumo brincar que o meu lema é "de borla até injeções na testa", mas é mentira. Portanto quando a Sara me convidou para uma experiência inovadora que metia uma coisa que tem barras no nome eu comecei logo a imaginar que ia levar com arames no lombo, ia ser uma coisa dolorosa e eu que sou um pesseguinho ia logo ficar toda marcada.
Mas ela também disse uma palavra mágica: Massagem! E eu fiquei de antenas no ar, pronta para ouvir (e se fosse preciso, levar no lombo primeiro para ser massajada depois).
O que ela me convidou para fazer foi uma sessão de Barras Access seguida de uma Massagem Bioenergética. Fui ler melhor sobre isso das barras para saber se era preciso levar pomada para os hematomas e fiquei logo mais descansada. São toques, senhores, são toques. Ela propunha-se a tocar-me na cabeça e desbloquear-me medos e ansiedades.
Pfff...Com toques na cabeça? Estão a rir-se comigo certo?
Vai-me fazer cócegas no cabelo e eu vou relaxar e resolver problemas da minha vida. 'Tá bem, abelha.
Só que outra coisa que eu costumo dizer é que acredito naquilo que possa apalpar e toque é uma forma de apalpão tímido. Portanto fui. E...
Realidade
Saí de lá tolinha. Mas eu conto tudo.
O sítio é a Clínica Hebe, onde oferecem vários serviços e um deles é esta combinação que promete tratar de corpo e mente. A primeira boa energia que senti foi logo a da Sara, que é uma fixe e me explicou tudinho. A Sara é psicóloga e faz sessões de Barras Access no Porto, além de as fazer na clínica.
A segunda boa energia foram os roupões mantas e a MARQUESA AQUECIDA, minha gente - nunca mais vou a sítio nenhum fazer massagens que não tenha marquesa aquecida. O sítio também é de uma elegância e tranquilidade que só visto. Quase pagava só para poder ir para ali ficar em paz, deitadinha de roupão numa marquesa aquecida. E é em Gaia, para as meninas que se queixam que as blogueiras só recomendam coisas para Lisboa.
Quando ela me começou a tocar na cabeça pareciam de facto só umas festinhas preguiçosas no cabelo. Confortável como estava fiquei completamente relaxada, mas sabem como é quando fazem massagens, certo? O corpo vai relaxando, mas a cabeça está a pensar em tudo (deixei o fogão ligado? será que já passou muito tempo? o que é que tenho de fazer a seguir? será que já passou muito tempo?). Além disso eu NUNCA adormeço em situações com estranhos. Foram muitos anos a andar de Expresso com jovenzinhas a deixar cair a cabeça, a dormir, em cima de velhotes gulosos. Mas fiquei de facto num estado de relaxamento tal que estava mesmo a adormecer. Naquele ponto de semi-consciência em que já estou a imaginar situações parvas que descambam em sonhos non-sense. Estava relaxada para lá de Bagdade!
Se havia barras para me dar com elas não as vi. Só senti as mãos dela e às vezes uns piquinhos que ela jura que são energia a passar.
O que sei é que esta seria a parte de desbloquear a mente e senti um efeito no meu corpo. O que é assustador e fascinante.
Depois passei à segunda parte da sessão com a Susana e NUNCA tinha feito uma massagem tão relaxada. Nem onde me perguntassem como me tinha sentido ao longo da semana para escolherem os aromas dos óleos em função disso. A questão é que depois da sessão de barras estava completamente descontraída, ao ponto de não me preocupar se teria cotão no umbigo (que convenhamos, é sempre uma preocupação em massagens).
A massagem foi o encontro perfeito entre suavidade e força - o que é raríssimo encontrar. Ou bem que te desatam os nós e te deixam feita num bife picado ou bem que te fazem festinhas e no fim não há efeito no corpo. Esta foi efetivamente uma massagem boa e equilibrada - e olhem que eu já levo um bocado de experiência em massagens.
O que sei é que esta seria a parte de desbloquear o corpo e senti um efeito na minha mente. O que é assustador e fascinante.
No final das sessões as duas terapeutas (acho que posso dizer assim), dão uma leitura do que sentiram no contacto com as nossas energias e o nosso corpo. E mais uma fez fiquei assustada e fascinada. Nada do que disseram era óbvio para quem me conhecesse ou sequer para mim. E ainda assim, tudo fez sentido. Tudo me fez dizer Ah, se calhar é isto. e relacionava-se perfeitamente com os últimos anos da minha vida. Juro que até fiquei parva e comovida - pode ter sido em parte a TPM - e com vontade de fazer mais sessões para continuar a trabalhar para desbloquear essas emoções encravadas que não quero.
Só não sei se sou uma pessoa espiritual como ambas juraram, mas tenho a certeza que a experiência que me proporcionaram trouxe algo de novo para os meus dias, mais do que qualquer massagem comum. Que ficou aqui, que me fez refletir e que me deu energia, num sentido mais lato do que outras técnicas de puro relaxamento do corpo.
Com honestidade, que não me pagaram o suficiente para mentir!
(não me pagaram gente, calma, só me ofereceram a sessão, como muitas outras no blog antes desta e vão lá ler as outras para ver se falei assim).
Também querem?
A sessão de Barras Access podem fazer com a Sara no Porto ou em Gaia. Mais informações aqui.
A experiência completa podem fazer na Clínica Hebe, com a Sara e a Susana em Gaia (a Susana também faz as Barras). Mais informações aqui.
Até ao final do ano estão com uma promoção para esta sessão conjunta e eu aconselho que experimentem e quero muito que me digam também o que acharam, para validarem os sentimentos que me ficaram depois desta experiência única. Estou tentada a oferecer uma sessão ao Moço para ver se ele deixa de gozar comigo, por causa do efeito que esta sessão teve em mim e se sente na pele o que eu senti, de bom e de revelador.
Acho uma excelente maneira de começar o ano e é totalmente condizente com o tipo de serenidade e consciência que tenho tentado trazer para os meus dias com ações como o Diário da Gratidão. A Sara disse-me que eu tinha o ponto do auto-conhecimento ativo e eu bem sei porquê.