Para vos provar como ando ocupada...
...está para entrar Novembro e ainda só reuni duas prendas de Natal!
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...está para entrar Novembro e ainda só reuni duas prendas de Natal!
...que passe a sexta-feira 13 e nem tenhas tido tempo para pensar que dia era!
Os anos vão-me roubando a paciência. Não a capacidade de esperar ou suportar, mas antes a virtude de passar com graça por coisas que não quero – ou fingir que as quero, se são absolutamente desnecessárias à minha felicidade (e por inerência, à felicidade dos meus).
O tempo é cada vez mais valioso e as aparências cada vez menos. Felizmente, este desprendimento vem a tempo do contexto atual, em que estou longe de família e amigos que muito estimo. A tempo de eu saber que se faltar a determinada data, não é essa data que é relevante e sim o resto do tempo todo, e a tempo de não ter paciência para quem não compreende isso mesmo.
Ainda tento acomodar, mesmo que só para um grupo de elite, todas as solicitações possíveis e ainda sofro por não me multiplicar e às vezes ter de fazer escolhas (inclusivamente escolhas que só dizem respeito ao meu umbigo e não vêm com desculpas palpáveis). Mas para quem gosta de nós e tem a certeza do carinho que também lhes temos, nem é preciso justificar: sabem que se não vamos ou não estamos, é porque o nosso momento não o permitiu (porque tínhamos alguma coisa para fazer ou porque tínhamos de não fazer nada – também pode ser isto). Sabem que todas as variáveis fora, estaríamos lá. Sabem que mesmo sem estar lá, estamos. Entendem que não são prioridade, quando a prioridade é outra - e é isso que os torna prioritários.
Quanto ao resto da humanidade, o parecer bem, o estar porque devo, se não quero: alguém arranje essa paciência. Porque eu já a perdi. E não a espero reencontrar.
Do tempo.
Notem que a maior parte das pessoas não se incomoda com os mood swings de São Pedro por acharem pouco normal que nuns dias faça calor, noutros menos, nem sequer por estarem preocupadas com a situação do aquecimento global em particular e o estado do mundo em geral. Elas querem é saber o que vestir no dia seguinte...
Apesar de “calma” ser uma das palavras que menos gosto que me atirem tenho-a repetido na minha cabeça muitas vezes. Em teoria, quando o Moço viesse para cima, a rotina ia estabilizar. Na prática, a loucura continua. Tempo para parar quieta numa cidade, precisa-se. Família e amigos estão espalhados pelos quatro ventos. Aniversários são como cerejas, vão uns atrás dos outros e isto só para mencionar a parte mais leve da coisa. É verdade que toda a gente está ao alcance e as viagens não são assim tão compridas, mas o que não mata, mói (e se me permitem o aparte também mói a carteira #gobrisa).
E se não parar em Espinho é um problema, querer receber cá toda a gente é outro. Quero mostrar o nosso ninho novo a toda a gente, os encantos e os recantos gulosos da nova cidade. Mas não há tempo para tudo decentemente. Não posso fazer planos porque depende sempre de A, B, C pessoas e D, E, F eventos com G, H, I possibilidades.
E eu dou por mim a querer fazer tudo ao mesmo tempo. E despachar visitas como se estivesse a despachar senhas no talho. E não quero. Quero saborear. Quero ter paciência. Quero gostar de ir e gostar que venham, sem pensar que estou só a cumprir calendário. CHECK ao jantar, CHECK à visita. Quero não pensar que se tenho um dia livre podia estar a aproveitá-lo para marcar outro CHECK nas coisas que queria fazer e nas pessoas que queria visitar ou trazer.
Preciso de parar. Respeitar-me e ao meu tempo. Pensar que o que não acontecer agora, acontece depois e que não faz mal que eu não saiba quando. O dia não tem de ter mais horas e a semana não tem de ter mais dias. Eu é que tenho de ser mais paciente. Se eu me esquecer, vão-me lembrando?
Aqui estão os conselhos preciosos para quem chega à sexta-feira e parece que já vê o fim de Domingo, para quem não dá pelo fim de semana a passar, de tão fugaz que este se lhe apresenta. Eis os truques infalíveis para que qualquer fim de semana normal pareça um ano de 15 meses, a pôr em prática das 18h de Sexta-feira às 23h59 de Domingo:
Não têm de quê!
Não só vai parecer que o fim-de-semana foi uma eternidade, como sentirão alívio (ou pura alegria) ao ver a segunda-feira chagar. Se tiverem mais destas fórmulas mágicas, não hesitem em partilhar.
Quero que as horas passem depressa ou que o relógio paralise? Nunca sei.
...em que as pessoas que diziam "eu ainda sou do tempo" me soavam a velhas.
Bloggers que escrevem só (mesmo só) para dizer que não têm tido tempo para escrever.
Continuaria com esta sensação: tenho pouco tempo para tudo o quer quero viver.
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