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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

27
Mai19

Não votar é como não fazer a reciclagem

Maria das Palavras

Talvez seja essa a analogia que precisamos fazer. Ser green está muito mais na moda que votar. Qualquer macaco Gervásio percebe o crime que é não reciclar uma embalagem de plástico, mas ninguém tem vergonha de dizer que não vai às urnas. Parece que estamos a gozar com os políticos e não a fazer mal ao ambiente, não é? Até porque os boletins de voto gastam papel.


Malta que deixou as palhinhas, mas não atingiu a importância da democracia (que continua a ser o pior sistema político, à exceção de todos os outros): quando não votamos, podemos estar a afastar do poder as pessoas e os partidos que defendem o futuro do mundo. Neste caso muito particular, estamos a falar de eleições de um assunto que nos parece distante (o eurodeputado em Bruxelas ou Estrasburgo nem apanha chuva ao mesmo tempo que nós). Estamos também a falar de um deputado com influência em matérias que não só afetam Portugal (o nosso quintal), como uma área geográfica maior e mais população. Com potencial para fazer ainda mais pelo nosso futuro e contra os sacos descartáveis e a fast fashion

 

Portanto, se pensarmos bem, votar até está na moda. Com tanto ou mais poder como nós todos a saltar pelo menos uma refeição de carne por semana por causa dos horrores dessa indústria. Tão essencial como fecharmos a torneira enquanto lavamos os dentes, antes que a água potável acabe.

Perceberam agora? Pois, já é tarde.
Mas em Outubro, mexam o rabo.  


[Se isso não chegar, pensem que eles também decidem sobre quem vos  pode ir ao bolso e algumas outras coisinhas a que chamamos direitos fundamentais.]

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01
Out17

Votar, porque tenho esse direito.

Maria das Palavras

Não faço ideia em quem votar na minha nova terra, mas mesmo em fim-de-semana de visitar família a sul e sem ideias definidas, vou fazer por estar junto às urnas antes das 19h. Parece-me que recusar o voto é como recusar o reembolso do IRS. Não se faz, se somos cidadãos deste país. 

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05
Out15

Não ficou tudo na mesma

Maria das Palavras

Só oiço dizer que o dia de ontem não fez diferença. Escuso-me a comentar quem advoga a liberdade mas censura quem não vota no partido X, quem condena a abstenção e no fim do dia diz que se era para isto que não tivesse votado, quem chama dever ao voto (votar devia ser uma obrigação, dizem) sem perceberem que enquanto não se lhe chamar só um direito não baixa a abstenção. Escuso-me a exercícios de futurismo ou leitura de passados alternativos. Votei em consciência e não estou satisfeita, como não estaria qualquer que fosse o resultado - ainda temos muito para pedalar sem ar nos pneus da bicicleta.

 

Este não é um post sobre o futuro do país, é sobre o meu presente. Sobre como pela primeira vez não votei na terrinha em que votei das outras todas. Como não me cruzei com a minha professora da primária cá em baixo - sempre ligada à política, que me dá um beijinho entusiasmado, me diz como estou tão crescida (estou igual há dez anos) e me pergunta se tenho escrito. Nem com as outras pessoas todas que me vêm cumprimentar, enquanto eu olho perdido para os meus pais (quem é?). Sobre como não me ri dos meus pais impacientes na fila grande, porque a minha, do setor B (são só dois, mesmo) era sempre mais rápida. Não sabia quem eram as pessoas na mesa de voto e portanto não comentei (como os outros) que lá está aquele a ganhar uns trocos à conta das eleições. Não me cruzei com a Sofia que foi minha colega na primária e já deve ter um filho nos braços (nas últimas eleições encontrei-a com uma grande barriga.  Não desci até à junta de freguesia depois do almoço de Domingo feito pela minha mãe, porque aqui vota-se numa escola e a casa de partida é minha.

 

Fui de mão dada com o moço. Não me cruzei com ninguém que conhecesse. A cabine de voto era estúpida, triangular em vez de um retângulo, virada para a porta e não para o fundo da sala. A seguir paramos para beber café na pastelaria enquanto ouvia tocar os sinos de uma igreja diferente. 

Não é melhor, nem pior, é diferente. Não me venham dizer que nada mudou. A minha professora da primária tem razão, afinal: estou crescida. 

 

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