Toquem a marcha nupcial
Este fim-de-semana [por motivos que não tiveram nada a ver com alguém casar-se], eu, o Moço e alguma família fomos ao Exponoivos assistir a desfiles de gente amiga.
Eu e o Moço chegámos primeiro e foi um desassossego de gente a querer vender-nos quintas, alianças e o diabo a quatro. Sou tão desligada do sonho do casamento que nem me ocorreu que entrar em parelha naquele espaço de vendedores ávidos era praticamente um pedido de atenção.
Sou muito capaz de dizer não e, portanto, poucos foram os folhetos que agarrei (só mesmo enquanto ainda me estava a aperceber que não podia andar de mãos dadas naquele espaço ou seria automaticamente considerada uma Noiva do Ano 2015 - é assim que lhes chamam). Já o Moço agarrou mais uns quantos. Para deitar fora depois.
Quando chegou a família é que foi o festival. E em "família", leia-se: a minha mãe. Não só agarrava os folhetos todos que lhe davam, como encetava conversa com as pessoas dos stands alternando entre a versão "nunca sei quando me posso casar outra vez" (sim, o meu pai estava ao lado) e "tenho duas filhas para casar". Até chegou a voltar atrás para ir buscar um saco ao stand de uma empresa de catering para guardar tudo. Quanta felicidade e entusiasmo.
De maneira que passei a aceitar todos os folhetos e catálogos de vestidos que me ofereciam e a passá-los à minha mãe que acabou com um autêntico álbum de casamentos - tem material suficiente para organizar a próxima feira. Agora é só arranjar maneira de lhe dizer que não precisa guardar os catálogos...