Transcrição do meu diário de viagem - Setembro de 2016 (parte 2)
[Podem ler ou reler a primeira parte aqui.]
6.09.2016
O pequeno-almoço estava cheio de coisas acabadas de fazer. Por exemplo tinha uma quiche muito bonita. Mas fiquei meio assustada quando a senhora do alojamento entra, vê a quiche ainda por provar e diz entre o ameaçador e o simpático que "a quiche é para comer". Senti-me novamente na cantina da escola. Não comi quiche.
A mesa de pequeno-almoço é grande, tipo mesa de sala de jantar, para todas as pessoas que lá estão alojadas. Normalmente não gosto disso que o ambiente fica estranho, mas desta vez gerou-se conversa e trocaram-se dicas pelo que até gostei. Fiquei a saber que a cascata do Arado está seca. Peninha, mas há outras.
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A sala de convívio tem mesmo muitos jogos, além dos matraquilhos e mesa de snooker, entre os quais Monopólio e Mikado. Já decidi que se a senhora do alojamento me quiser obrigar a comer coisas que não me apetecem ao pequeno-almoço lhe espeto pauzinhos de Mikado nos olhos. Brincadeirinha...que ela pode ler isto.
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Estão 41º à sombra pelo que viemos almoçar a um snack bar para uma refeição leve. Pedi um cachorro quente e veio mascarado de francesinha. Queijo em cima, molho e tudo. Lá se foi a refeição leve.
7.09.2016
Como a nossa porta do terraço dá mesmo para ao pé da piscina ontem desafiei o Moço para um mergulho noturno. Ele primeiro não acreditou que eu estivesse a falar a sério, mas depois chamou-me maluca e vestimos a roupa de banho para ir. Entrou na piscina e eu fiquei de fora a sentir a água fria com o pézinho. "Já não vens, pois não?" Não fui, tinha frio...ele tomou banho sozinho. Ops. Um dia deixas o teu homem sozinho à noite numa piscina. Ontem foi o dia.
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Fomos à cascata da Portela do Homem. Mais uma vez o caminho é íngreme e é preciso fazer alguma jingajoga a subir e descer pedras e ter muito cuidado. Vi como os outros faziam e fiquei convencida que chegava lá sem partir os dentes da frente. A partir dai foram só duas horas para convencer o Moço a vir também. Quando finalmente me disse chateado "se vais, vou contigo, mas espero bem que não corra mal!" virei-me à pressa e rasguei um dedo num espinho de uma amoreira. Ainda bem que não acredito em sinais. Ou pragas. Nadar numa cascata é qualquer coisa de fenomenal.
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Fomos a umas piscinas termais do Rio Caldo para o lado de Espanha. A água estava literalmente a 40º (tal e qual como quando tomo banho, até fiquei de pele vermelha e tudo). Não queria sair de lá. O que me convenceu foi sentir que estava a apanhar calor e doenças ao mesmo tempo (com tanta gente naquela água quente e parada). Creio que senti algumas infeções a desenvolverem-se, mas saí a tempo.
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