Trinquei a Língua #1: O meu Kobo
No final do ano passado aprendi que afinal gostava de pipocas. Não todas, não muitas, mas timidamente pedi pela primeira vez na minha vida pipocas no cinema. E comi quase um quinto do pacote pequeno. Pode parecer pouco, mas acreditem que para quem dizia que sabiam a clara de ovo e escolhia só uma ou duas, de quem estivesse ao lado, que tivessem torrões de açúcar pespegados, a coisa evoluiu muito.
Pus-me a pensar. Que mais coisas eu poderia jurar que NUNCA. E fiz.
Entra Kobo. Quando a Magda por razões médicas se converteu a um e-reader e mo mostrou fiquei impressionada com a qualidade da imagem, que simula mesmo o papel. Mas estava longe de achar que ia ter um. No Natal o Moço ofereceu-me algo que eu quis trocar (não vamos falar sobre isso) e disse-me que deveria trocar pela outra coisa que ele tinha pensado dar-me: um Kobo.
Gostei mais dessa ideia. Escolhi, entre os conselhos da Magda e as pesquisas da net o mais novo modelo (que não é o mais caro, mas tem todas as características desse, só que o ecrã é mais pequeno): o Kobo Libra H20.
Não me arrependo por um momento.
Nada bate o cheiro do papel e a sensação de passar as páginas de um livro. E convenhamos que ainda tenho largas dezenas de livros por ler cá em casa, por isso não me arrisco a desabituar-me.
Mas nunca foi tão fácil pegar num livro em QUALQUER posição sem me cansar, dar ligeiros toques para pedir mais uma página, ter livros a toda a hora sem ocupar quase espaço nenhum na mala. Os livros são cerca de metade do preço, chegam "a casa" no momento em que os decido ter e - o Moço fica tão contente com isto -, cada um que compro não é um puzzle cá em casa (onde mais meter um livro?).
Não se assemelha em nada a ler num telemóvel, tablet ou computador, pois são ecrãs próprios para a vista e a bateria...bem, estive bem mais de um mês a ler todos os dias (várias horas em vários dos dias) sem o carregar.
Impus-me um desafio: descobrir pelo menos uma coisa por mês em 2020, que não me via a fazer.
Algo a que disse NUNCA. E que talvez esteja a perder por isso.
Janeiro: Ler num e-reader.
Fevereiro: Ainda tenho de descobrir. Alguém tem sugestões? Comer sushi não vale.
Juntem-se ao desafio. Trinquem a língua comigo a experimentar - e quem sabe gostar de - algo que sempre juraram que não. Usem a hashtag #trinqueialingua