Voltei a viver um romance.
Disse isto aqui ao mesmo tempo que comecei a ler de novo um romance. Está na hora. Já consigo conciliar o meu e o dos outros. Já me apetece saber de estórias de amor ficcionadas, mesmo que saiba que as reais não podem ser igualadas. Para o efeito escolhi o livro Um Ano para ser Feliz da Lori Nelson Spielman, um bestseller do NYT, dizia a capa...E se não gostam de ler romances podem continuar a ler, que este não é apenas um romance em cada letra. É, mais do que isso, uma descoberta da protagonista de si mesma.
Parecia-me claramente ficcional, sem confusões, tal como procurava, logo desde a promessa: a relativamente jovem Brett tem um ano para cumprir uma bucket list que a mãe lhe deixou (e que tinha sido ela mesma a criar, na adolescência). Digo relativamente jovem, porque a Brett tem 34 aninhos - mais próxima da minha idade e portanto mais um ponto a favor para o ter escolhido.
Vale a pena descalçar os sapatos da vida real e fazer o caminho deste romance com a Brett. Muito menos linear que a sinopse pode fazer crer. E vale a pena, à medida que lemos e vivemos este romance, questionar-mo-nos como a mãe da protagonista a fez questionar-se. A vida que temos é a vida que teríamos escolhido? E há alguma coisa que possamos fazer para que se pareça mais com o que sonhávamos há anos atrás?
Gosto da maneira como a lista de vida da Brett se desenrola, como alguns objetivos são cumpridos de uma forma muito diferente do que esperamos inicialmente e de como a peça final da felicidade se encaixa, sem dizer tudo o que ficamos a saber. Também tenho um certo orgulho em ter adivinhado um desfecho importante ainda longe do fim (com quem é que a Brett fica afinal, que isto é um romance e queremos mel?), porque acho que não era óbvio. Ou então era. Dir-me-ão vocês se também lerem o livro.
Podem ler pelo menos, de forma gratuita, as primeiras páginas (e não são poucas, são 38), neste link disponibilizado pela TopSeller. Se não gostarem já ficam a saber. Se gostarem e acabarem a ler o livro: quero saber tudo o que acharam!
Não estranhem, no entanto, que eu diga que a melhor frase do livro, para mim, foi a que deixou a autora nos agradecimentos e que constitui o último parágrafo do livro. Algo que nunca me tinha acontecido. Ora leiam.
Por fim, este livro pertence a todas as raparigas e a todas as mulheres que olham para a palavra "sonho" e pensam verbo, não substantivo.