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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

30
Jan17

O dia em que a varredora de serviço me cortou o cabelo.

Maria das Palavras

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Sou tão boa com caras (#not). Creio que já vos disse que sou meio distraída. Posso passar pela minha mãe na rua e não a conhecer (pouco provável, já que moramos em cidades diferentes). Tem muito a ver com o ir focada na minha missão e desatenta ao resto, mas noutros casos tem a ver com eu ser péssima com reconhecimento facial...Nunca me acontece o momento "acho que conheço aquela pessoa de algum lado". Ou se acontece, é por exemplo alguém com quem trabalhei com dez anos e devia conhecer de cor e salteado. 

 

Conto isto porque fui ao cabeleireiro aqui da rua, onde já fui umas...5 vezes em dois anos. Em 2016 fui apenas uma vez, mas tendo em conta que quando pedi à minha irmã que me pintasse o cabelo em casa perdi a audição por causa de água no ouvido e quando pedi ao Moço fiquei com a parte da frente do cabelo malhada ao melhor jeito Cornélia, propus-me a ser mais regular no salão (odeio) num futuro próximo. Estavam apenas duas pessoas a trabalhar, que reconheci logo. Uma era a cabeleireira mais velha lá do sítio, a outra era uma rapariga que costuma andar lá só a varrer o chão e lava os cabelos às clientes quando há muito afluência - faltava aquela que me costuma tesourar e que até tem o mesmo nome que eu, pelo que a conheço bem.

 

Ora bem, quem avança para cuidar de mim é a moça que só costuma varrer o chão...tudo bem, para já era só escolher a cor certa e pincelar, há-de fazer melhor a pintar que o Moço. Foi eficaz, a tinta lá absorveu em tempo suficiente para a terra dar a volta ao sol, e a seguir chamou-me para lavar. Lavar era coisa que ela já fazia de vez em quando por isso não estranhei. Achei que chamasse a outra cabeleireira quando fosse para cortar...

 

Só que não. E aí entrei num pânico ligeiro, mas pensei: se ela vai fazer isto é porque sabe, deve ter tirado a formação há pouco tempo. Cheguei mesmo a pensar: ora bem, se ficar mal cresce outra vez. Ela começa a cortar as minha belas madeixas ruivas e eu em olhares de socorro para  a cabeleireira mais velha - que nem olhava para nós, a ver se a outra estava a fazer bem. Inacreditável! Deixar assim a novata à vontade...Não sabia se isso era motivo para descansar ou enervar-me. 

 

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Tinha-lhe dito que queria franja, não direita, mas um pouco de cabelo mais curto à frente a cair de lado (isto quanto menos cara se vir, melhor) e ela pergunta-me por onde deve cortar. Ai! Por onde?! Mas ela é que está a cortar, já lhe expliquei o efeito que queria, se ela não sabe a técnica eu também não saberia. Confiei (que remédio!) e ela fez exatamente como eu tinha em mente. Até senti necessidade de lhe dizer que estava impecável ("bom trabalho"), como quem dá uma pancadinha nas costas e motiva. Para iniciante, ficou um mimo.

 

Quando ela já me está a secar o cabelo é que olho bem para a cara dela e penso como é parecida com a outra cabeleireira que me costumava atender. Seriam irmãs? Não. Antes de secar o cabelo todo eu já me tinha apercebido: era ela! Era a minha cabeleireira e não a rapariga que varre o chão! Essa é que não estava lá...

Claro que todo o drama se passou só na minha cabeça, mas mesmo assim, fiquei tão envergonhada que eu, a Maria-não dá-gorjeta, arrendondei a conta de 32,5€ e lhe paguei 35€ sem querer troco. Quando me voltarem a perguntar que super poder quero, já não vou hesitar entre a invisibilidade e o teletransporte. Direi sem dúvida: o dom de reconhecer pessoas. 

 

P.S.: 'Tou linda.

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18
Jan17

Onde estão as velhas piadas do "queria, já não quer"?

Maria das Palavras

Ainda sobre o jantar na esplanada de ontem onde nos queriam vender xis-cake...

Chegamos à conclusão que sim, ficamos bem ali com o aquecimento de rua. Mesmo assim, prevendo a possibilidade de congelar a espinha, pergunto ao rapaz se os hambúgueres* que acabámos de pedir demoram muito. 


- Uns dez, quinze minutos. 

- Ok. 

- Sabe que as melhores coisas na vida fazem-se esperar. [suspiro] É por isso que os príncipes encantados demoram.

* De aves, sem pão, nem batatas. Continuo forte no desafio.

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18
Jan17

Xis-cake

Maria das Palavras

Quando a pessoa a servir à mesa nos sugeriu pela primeira vez o "xis-cake" (pronunciado exatamente assim)?
Fiz um trejeito de riso, mas depressa me recompus.

 

Quando ele insistiu que o "xis-cake" de morango era muito bom? 
Deu só tempo de ele virar a esquina para largar a rir. 

 

Quando a minha irmã perguntou qual era a sobremesa favorita do X-Man?

Estou a rir até agora. 

 

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13
Out16

Vou casar?

Maria das Palavras

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Parece que sim. Não, não sou eu que digo. Nem foi o Moço. Mas apanhei um trauma gigante quando no casamento a que fui no Sábado passado a minha amiga-noiva me passa o bouquet de olhos vendados. Ela jura que não espreitou. Jura. O que eu sei é que fiz uma tal cara que em vez de exprimir obrigadaaaaaa exprimia "porque é que me fizeste isto?". A sério, está fotografado.

 

No segundo a seguir era ver os nossos amigos todos contentes a perguntar para quando seria e a dar os parabéns. Ou melhor, as amigas, porque os amigos foram logo ter com o Moço e saltaram para cima dele, doidos de felicidade. Senti-me um bocado amnésica e desorientada. Oi? O que é que eu perdi?


Quando depois do casório, contei o sucedido a outras amigas, a reação foi parecida: Parabéns! Agora tem de ser...Errrr. Não. 

Felizmente não acredito em sinais, até porque se acreditasse teria de ter em conta também duas ou três pessoas que vieram dar os parabéns mas logo a seguir não se esqueceram de contar a história dos casais que tinham agarrado o ramo nos seus casamentos e cuja relação não durou muito mais.

Certo é que não há tradição nenhuma que me obrigue a dizer que sim ou a fazer uma festança do nó se eu e o Moço não quisermos. - os dois, se fosse só por ele, era uma festa do nó por ano. 

 

Resta-me fazer o meu melhor por conservar o lindo bouquet que a noiva me confiou, que já tive o cuidado de pendurar de "cabeça" para baixo (não sei se isto é mesmo a técnica certa ou um modo de representar a forca, mas foi o meu nobre conselheiro Google que ensinou). É mesmo o ramo com que ela se casou, mas ela com desprendimento afirmou que era mesmo para mim. Espero é que o estado das flores não seja metáfora de nenhuma das relações. Logo eu, que nem salsa mantenho viva. 

 

 

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02
Set16

Encontrei! Encontrei! Encon...ops.

Maria das Palavras

Perdi um dos brincos do par que me deram os meus avós há muitos anos. Pequeninos, brilhantes, daqueles que se guardam na orelha. Se fizer as contas que não quero fazer, sei que os tenho há mais de doze anos, porque o meu avô ainda era vivo. A dada altura tirei-os para usar outros, durante uns tempos não os voltei a pôr e perdi a parte de trás de um - pelo que os passei a guardar na carteira até me lembrar de comprar uma pecinha de encaixe (compra-se disso?). Perdi um dos brincos, claro. Malvada a hora em que me deu a travadinha e achei que o porta-moedas, sempre em uso, moeda para lá, moeda para cá, era bom sítio para guardar dois brincos pequeninos e dourados. Ontem, por milagre, encontrei o brinco que tinha perdido. Hoje, claro, dei pela falta do outro.  Não digam nada à minha avó, está bem?

 

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25
Ago16

Ainda sobre a ida à dermatologista...

Maria das Palavras

A consulta foi às 10h da manhã. Cheguei a explicar que fiquei em trajes menores (lingerie, nada mais), enquanto ela me inspecionava bem? Prevendo isso até usei um conjuntinho decente (lavado e tudo). Pois bem, a consulta passou, o dia passsou. São 19h e reparei agora nisto: tenho as cuecas vestidas ao contrário. 

 

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07
Jul16

Uma vez corri seis quilómetros sem parar.

Maria das Palavras

Uma amiga decidiu que o que queria mesmo era festejar o aniversário dela numa corrida na marginal e o seu aniversário coincidia com uma dessas: a corrida Sempre Mulher. Isto foi há meia dúzia de anos e eu já não fazia exercício há uma meia dúzia de anos. Mas pelas amigas faz-se tudo (menos saltos mortais encarpados) e ninguém quis ser fraca. Fomos as 5 mais a irmã dela e uma amiga da irmã. Ninguém dava nada por mim, que sou uma lesma amorfa, praticaente declarada do fare niente. Arrancámos e depois de uns 5 minutos mais acelerados, elas começaram a andar em vez de correr, na converseta. A irmã dela e a outra amiga continuaram em passo de corrida. Eu acompanhei-as e em menos de nada, estávamos na linha de chegada. 

E vocês perguntam: Maria, tu que nem estavas em boa forma, nem gostas de te mexer, foste a correr, em vez de desacelerares o passo, porquê?
Eu respondo: era uma corrida, não uma andada*. E quando não gosto de uma coisa o que quero é que acabe o mais depressa possível.

 

E vocês perguntam: Mas Maria, estavas já em péssima forma física, como é que te aguentaste sempre a correr sem parar.
Eu respondo: a chave é a motivação. E eu tinha visto um McDonalds depois da meta onde serviam maravilhosos McFlurrys de M&M's com extra de caramelo. E sim, foi essa a minha primeira ação pós-corrida: repôr calorias.

 

*sim, a palavra existe. 

 

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04
Jul16

Uma chinelada era pouco

Maria das Palavras

Depois da pesquisa online, da ida à primeira loja, à segunda e à terceira, finalmente encontrei os chanatos ideiais, exatamente como procurava - preço certo e tudo. Odeio compras difíceis, sou de tipo de ver, pegar e levar (ou de preferência, encomendar online), por isso este percurso todo até me deu dor de cabeça. Peguei no par, paguei, vim para casa. Finalmente acabou, não imaginam o que estes circuitos de compras me custam, não fui feita para ser mulher.

 

Trouxe um chinelo de cada número. 

 

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26
Jun16

Obrigada auto-correct.

Maria das Palavras

Depois de ver uma foto de uma bebé de uma amiga, que está cada vez mais gira (a bebé, que o raça da amiga sempre foi giríssima) quis elogiar entusiasmadamente a filhota. O meu comentário? Um "lindona" com pontos de exclamação.

 

Isso era se o auto-correct do telemóvel e a minha desatenção não se unissem para me fazer parecer bem.

Portanto o que se vê na conversa do grupo é uma foto de uma bebé muito pequena e bonita e a seguir o meu comentário entusiasmado, que soa a aviso:

 

Linfoma!!!!

 

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20
Abr16

O BELMIRO DE AZEVEDO LÊ O MEU BLOG!

Maria das Palavras

Está em maiúsculas porque foi uma constatação que fiz entre gritinhos histéricos. Recebi hoje compras que mandei vir do Continente Online - aproveito sempre as promoções para pagar menos portes e como não há elevador cá para casa o Moço agradece não ter de acartar sempre as compras. De quando em vez, o Continente lembra-se e manda umas ofertas à malta. Normalmente umas amostras de champô, saquetas de café, mas também já calhou ser uma tablete de chocolate. 

E o que me manda o Belmiro hoje??

Águla Luso Júnior | Oferta Continente Online - Maria das Palavras

 

De certeza andou a ler os posts sobre a minha luta para beber mais água ou ficou preocupado com a minha mais recente estratégia que podia dar cabo da minha linha da cintura.


Mas tio Belmiro, agora para si diretamente: reparei que era Luso Júnior e vinha com um folhetinho todo fofo sobre crianças e teorias de aleitamento e o camandro. Lá porque agora é meu amigo , ou leitor do blog ou lá o que é, não quer dizer que me possa pressionar ou dar dicas, ok? Entretanto o que eu ando mesmo a precisar é um Wok novo, daqueles com tampa. Não digo isto por nada de especial. Lembrei-me agora e escrevi. 

 

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