Sabes que não gostas mesmo de mel quando é um tipo de doce que até meio que podes comer porque "diz que" é saudável mas até o aroma dele no chá te causa enjoos.
Nota: Eu não bebo chá com açúcar nem com mel (nem antes do desafio). Mas deram-me um chá de qualquer-coisa e mel a provar e não consegui passar do primeiro trago.
Há momentos da vida de uma pessoa em que uma sandes é A solução. Como quando se faz uma viagem de comboio, carregada, mesmo ali em cima da hora de jantar, com o estômago a roncar.
Estou a tentar convencer-me que já não falta nada (13 dias) e depois posso provar tudo. O que pode resultar muito mal. Se o meu estômago fica a tolerar mal doces e fritos por causa desta aventura, vou auto-flagelar-me.
Com o Moço longe em Lisboa...ninguém saberia se eu fizesse uma batota...Claro que eu jamais conseguiria fazer uma batota para satisfazer os meus desejos*.
Encontrei "o" sítio em Espinho. Vou-me perder aqui muitas vezes certamente, na Pão de Dó. Um espaço giro (tem um piano!), moderno, com bebidas e petiscos saudáveis, biológicos, feitos artesanalmente. Um espaço que tem brunch! Um espaço que tem as opções que o Moço procura sempre (leite de soja, pão de centeio...). Mas também...um espaço cheio de delícias açúcaradas. É criminoso dizer que são porcarias (não são, não são, não são) mas estão certamente proibidas nos meus 66 dias sem açúcar. Fiquei a namorar os scones, as panquecas, os éclairs, os brigadeiros e os donuts (acho que até vou sonhar com os donuts).
Como contei, está a ser extra-difícil manter a resolução dos 66 dias em "dieta rigorosa e excecional", privar-me de coisas que nunca na vida tinha limitado, nesta nova fase. Não só por ser especialmente stressante (preciso de CHOCOLATE), como pelo facto de estar numa terra nova e apetecer experimentar as especialidades da zona (francesinhas? raivinhas? gelados do Esquimó? bolas de berlim da Aipal?).
Agora vai ser AINDA MAIS difícil resisitir às maravilhas doces (e salgadas) da Pão de Dó. Como vou querer continuar a passar lá para o Latte ocasional (com café moido na hora), entre outras opções que têm bem saudáveis, creio que é castigo para mim que não tirem os donuts, brigadeiros e éclairs da montra. Portanto, se não querem fazer isso, a minha proposta é que - no mínimo! - me preparem um pack de doces para o final dos meus 66 dias de sacrifício. Que acham? Quem apoiam? Sintam-se à vontade para deixar a vossa mensagem de apoio ao meu açúcar no sangue nos comentários desta página ou na página da Páo de Dó! Ahahaha!
A norte é ainda mais difícil comer de forma saudável (fora de casa). Deve ser porque em Lisboa está a maior parte das bloggers muito in que se alimentam só à base de sushi, aveia e bagas goji e o mercado teve de se adaptar. Ou tudo aqui por cima tem um ar extra-delicioso ou sou eu que pela privação de açúcares e demais vejo pecado que apetece em tudo. A nossa senhora das tripas que me agarre.
Este desafio veio mesmo com o timing certo para as mudanças que estão a acontecer na minha vida. Além de não poder chafurdar em porcarias - sequer trincar chocolate - para aliviar o stress que tudo isto envolve as pessoas que vão conhecendo a norte vão já colocando o rótulo de maluquinha das dietas que nem prva sequer nada que não seja saudável. E como explicar que istoé um desafio auto imposto de 66 dias, sem parecer mais tontinha ainda? Ai, vida...