Que 2017 vos traga tudo aquilo que desejam aos outros.
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Ele, a propósito das coisas que eu disse nesta entrevista:
Moço: É verdade, hoje li umas coisas muito bonitas.
Maria: O quê?
Moço: Uma entrevista de uma blogger muito apaixonada a falar do seu namorado.
Maria: A sério? Essas tipas realmente dizem qualquer coisa só para terem mais leitores...
[Não é preciso fazer legenda a dizer que estava a brincar, né gentxi? Não me desiludam no fim de ano...]
O Sr.Solitário achou por bem estar um bocadinho à conversa comigo. Eu percebi que a ideia dele era pôr-me a chorar (armado em Daniel Oliveira) e pegou em perguntas que mostram que andou a estudar o blog (e a mim). Falámos do Moço, de filhos, de blogs, da vida. Bem esgalhado, sim, senhor. O resultado está aqui. Sempre ficam a saber um pouco mais sobre mim, ainda em 2016 - sobretudo que eu sou uma pedra (leiam a zona de comentários também). Curiosos?
Ficam aqui alguns excertos para ficarem tontinhos para ler tudo (ou não, ou não):
Sou do contra, mas também sei que isso me faz estar no outro lado da corrente (o pessoal que é sempre do contra), o que significa que continuo a ser igual a muita gente.
Há sinais muito claros que os homens dão de não-interesse e nós tentamos sempre ir buscar simbolismos e dar a volta à questão. Mas se escutarmos bem, eles dizem tudo. Mesmo que o "tudo" não seja o que queríamos ouvir.
O detalhe mais importante é aquele que não se descreve nos romances. Não tem a ver com olhares intensos, declarações, ou gestos românticos. Tem a ver com lavar a loiça na minha vez naquele dia. Ou deixar-me roubar os chinelos depois do banho. Ou deixar-me ficar sempre com o melhor lugar no sofá. Aqueles pormenores que nunca darão um livro, mas valem uma vida em comum.
Não há mal nenhum nalguma polémica, mas com as pessoas que conheço sou mais ácida, porque sei para quem estou a falar. No meu blog, modero-me.
As bolachinhas de Halloween que fiz no workshop de bolachas e bicoitos da MyCakeStore com a Odisseias. Eu pasmada a olhar para uma cascata no Gerês. O meu cabelinho apanhado como seu eu fosse uma talentosa fashion blogger. O meu tapete de entrada comprado na Zori. Eu em Sintra, minutos antes de assistir ao Romeu e Julieta da Byfurcação. Eu, Natalícia, com a minha árvore ao fundo e um pack Odisseias na mão com as ilustrações da Maria Carvão. Eu, a banhar-me na Portela do Homem. A piscina magníca da Herdade da Sanguinheira (que para mim será eternamente a herdade dos bicoitos de alfazema). A minha agenda do ano novo, oferecida pela Con-Vit.
Foram as nove fotos que vocês mais gostaram de um total de 219 fotos no meu canal de Instagram @maria_das_palavras (do que estão à espera para me seguirem?). Vejam também os vossos 9 melhores momentos de Instagram aqui (e um obrigada ao blog Maçã de Eva onde conheci este site). Procurarem #2016bestnine no Instagram (vejam aqui) também é um exercício jeitoso. Há pessoas que têm 9 fotos...de comida. Ou da sua carinha laroca. Ou do pôr do sol. No fundo, é um bocadinho um teste de personalidade.
Quando meio mundo estás nas mãos do Trump e outra metade nas do Putin (e de forma geral qualquer coisa pode explodir em qualquer lugar a qualquer hora) vale mesmo a pena investir tempo a desejar paz e amor no ano novo?...Também duvido que desejos engolidos com passas afetem os resultados das análises e ponho de parte a saúde. Tudo o resto, a um micronível, depende um bocadinho de nós (aquilo do emagrecer e do ler mais e o ligar mais aos amigos e à família). Acho que desta vez me fico pelas coisas mundanas, como desejar um verniz que não estale enquanto lavo a loiça ou uma temporada de Game of Thrones onde as pessoas voltem a morrer que nem tordos em vez de ressuscitarem que nem Cristo ao terceiro dia. E claro, batata frita.
5.497? Vão-me deixar acabar o ano com este número meio ridículo de likes/gostos no Facebook?
Não se arranjam por aí 3 amigos que talvez gostassem das minhas parvoíces para arredondar isto? E vocês, têm a certeza absoluta que já me seguem lá? Também sou parvita lá!
Em troca, podem deixar as vossas páginas de Facebook nos comentários (quem as tenha, ou outras da vossa preferência) que eu adiciono, vá. E as outras pessoas que lêem o post talvez façam o mesmo! Tudo em nome do espírito da época. Clicai:
#arredonda #movimentoarredonda #mendigarlikes #quemapostaqueaindacaboodiaccommenoslikes
Continuei a escrever pelo menos um post por dia sem falhar. Fui ao casamento de alguém que chegou (e ficou) por causa do blog com outra pessoa que chegou (e ficou) por causa do blog. Estrearam-se parcerias que permitiram experiências fantásticas em Odisseias que nem sequer sonhava quando comecei o blog e que valeram uns miminhos para mim e para um punhado de leitores sortudos. Todas a meu gosto, com as minhas palavras, sem trair os meus princípios. Foram 17 passatempos. Passei dos 5 mil no Facebook e todos os meses encho um estádio de leitores do blog (chegam a ser equipas da primeira liga). Fui destacada inúmeras vezes pelo Sapo, na homepage e na área de blogs. Cheguei a ter um post partilhado no Facebook do Sapo em co-destaque com o blog do ano (um dos meus favoritos), o Por Falar Noutra Coisa. Tive comentadores muito ofendidos, mas mais comentadores ainda que me juram ter conhecido o blog e encetado a missão de o ler todo para trás. Escrevi mais tolices, mais lamechices, mais factos inúteis sobre mim e sobre o mundo. Várias pessoas da minha esfera pessoal descobriram o blog e descobri eu que não é preciso ter vergonha do que se escreve desde que continue a seguir sempre a máxima "nada que o pai ou o chefe não pudessem ler". Participei no Livro Secreto e li (quase) todos os livros trocados. Com esses, vou em 30 livros lidos este ano, mais 11 que no ano passado (culpo a Magda, o Moço, a blogosfera em geral, a 20|20 e o Clube do Autor). Troquei prendas de Natal com os meus vizinhos do bairro verde e incentivei a que os leitores trocassem palavras, por um Natal mais cheio. Fui pássaro num grupo de passaros, de sítios diferentes, de feitios diferentes, reunidos por ocasião de um evento feliz. Escrevi com a certeza que escreverei mais. Que enquanto me lembrar do bem que me faz não vou parar (e não sabem vocês o tempo que eu não tenho para isto - mas percebi que por cada segundo que gasto no blog, ganho dois de vida). Este blog foi um dos (meus) pontos altos de 2016.
Na altura mostrei-vos fotos da nossa passagem por Alcobaça e deixei boa recomendação do hotel mas ficou prometido o post com informação mais completa que ainda não tinha escrito. Antes que o ano acabe: cá está ele! (sou só eu que ao proferir esta expressão tenho imagens claras de um excerto do filme de animação Idade do Gelo? Sou? Ok, esqueçam.)
Quando chegámos a Alcobaça nessa tarde chovia copiosamente. Como na manhã seguinte íamos rumar à Nazaré decidimos ir logo espreitar o mosteiro (que o Moço afirmava não conhecer) e vimos uma agitação bonita na cidade, meio pintada de Natal. Não percebemos logo o que era, mas passeamos um pouco (mesmo pouco, já disse que chovia bem?).
Rumámos ao hotel com a ideia de por lá jantar e ficar. No check-in a senhora que nos atendeu tinha acabado de queimar a mão no presépio (ironias) e mesmo com mão assada não se coibiu de ser super simpática e dar-nos dicas sobre a cidade.Contou-nos o que se passava: era o fim-de-semana do festival de doces conventuais (para o qual nos ofereceu entradas) e havia um espetáculo de videomapping a não perder no mosteiro. Sem termos planeado, tínhamos ido no dia certo. O nosso plano é que se refez: jantar no hotel primeiro, sair de novo para a chuvosa cidade depois.
Mas primeiro: conhecer o quarto!
Digo-vos já o bom e o mau da estadia, sendo que foi uma das melhores do ano com a Odisseias. Já recomendámos a mais amigos que procuravam uma escapadinha de fim de semana, porque sem dúvida vale a pena pela simpatia, pelo espaço muito bonito e elegante e uns tantos outros detalhes.
O quarto era bonito e aconchegante, o duche era bom e tinha esponjas para os hóspedes (!), a envolvente bonita (imagino sem chuva), o wifi funcionava bem e havia espelhos em todo o lado! O Spa está ao dispor e o jacuzzi é por marcação, exclusivo para quem reserve - o que achei um pormenor diferenciador de luxo. Não usámos porque nos esquecemos da roupa de banho e o Moço confessou logo à senhora da receção, com a sua candura excessiva, que só tinha trazido boxers e cinzentos...
Honestamente, e se não fosse pelo pequeno-almoço (já comi noutros com muito mais variedade) diria que é um hotel de 5* e não 4* (como é efetivamente). Também trocava a carpete do corredor que creio não combinar com a elegância do resto do hotel, mas isso já sou eu a ser picuinhas.
Também não nos arrependemos de jantar no hotel, no Golden Restaurante. Já sabíamos que não era muito caro e decidimos mimar-nos com a cozinha de autor (um pouco a medo, porque a experiência de jantar no Douro Scala não tinha sido boa). As doses eram perfeitamente aceitáveis e saborosas - e apesar do azar de ter avariado o fogão (o que nos fez esperar mais do que o normal) não trocaria a experiência. Os purezinhos no meu prato eram deliciosos e o polvo do Moço estava no ponto. Vixe, quanta elegância.
Depois pegamos novamente no carro (ah, sim o hotel é deslocado do centro, precisam de carro a funcionar - mas está bem sinalizado) e lá fomos a maldizer a vida por causa do mau tempo para ver as atrações recomendadas. O videomapping valeu MUITO a pena. Arrumou o Terreiro do Paço a um canto por ser dentro do mosteiro - que sensação.
Depois fomos ao festival de doces conventuais onde provavelmente fomos as únicas pessoas que nem uma pontinha de doce provaram ou compraram. Eu, porque sou uma esquisitinhas com doces e coisas moles, ele porque está em eterna dieta (chamam-lhe reeducação alimentar, não é?). Mas certamente ingerimos açucar só por respirar, Quando entramos na sala principal, juro que cheirava a diabetes (e este meu desabafo com voz talvez um pouco alta demais, ainda pôs uma senhora estranha a rir).
Recapitulando: 1) não inventem, se forem a Alcobaça fiquem no Vale D'Azenha Hotel Rural & Spa com a Odisseias (uns amigos meus já ficara alojados noutros sítios em Alcobaça que prometiam ser bons e foram uma desilusão, por isso mais vale guiarem-se por mim); 2) as cornucópias não se devem guardar no frigorífico e 3) se houver para o ano, vão ver o videomapping no Mosteiro. Eu gosto de Alcobaça. Como diz a letra da canção: quem passa por Alcobaça, não passa sem lá voltar.
Escrever é um trabalho fantástico: pagam-me para inventar coisas.
(...)Sempre pensei escrever, sim. Aliás, toda a vida escrevi, mas não tinha a confiança suficiente para me lançar nisso aos 20 anos, por isso é que arranjei outro emprego. (...) Foi o livro que me deu o empurrão de que eu precisava. E acho que quando nos sentamos para escrever acabamos sempre por ser surpreendidos por aquilo que nos sai da cabeça e que nem imaginávamos que tínhamos dentro de nós.
(...)Normalmente tenho montes de ideias. E como só comecei a escrever quando já tinha quase 40 anos… até lá estive a fermentar ideias na minha cabeça. Como finalmente descobri aquilo que realmente gosto de fazer, espero poder continuar a fazê-lo durante muitos anos.
M.J. Arlidge, autor publicado pela 20|20 Editora em Portugal, em entrevista ao CM. Tenho mesmo que ler um livro deste autor que cumpriu o meu sonho aos 40 (ainda tenho dez anos, aparentemente).
[Imagem roubada ao Pinterest - nem sei quem é o autor, só que é um génio]
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