A Andreia, que tem um blog e um Instagram muito bonitos, mas eu sigo na verdade por ser útil (indica desde jogos de tabuleiro a menus para brunch, passando por dicas para ler mais), de uma forma real e bem humorada, partilhou comigo um episódio que tem doses iguais de medo e diversão.
Se estão cheios de vontade de viajar neste contexto em que precisamos ter - literalmente - papéis a justificar mudanças de concelho, talvez percam a vontade ao ouvir o que lhe aconteceu em Marrocos!
Ouçam no Spotify, no Castbox (nem precisam instalar nada), noutro das vossas plataformas de podcasts habituais, ou clicando no Play abaixo. E partilhem comigo nas DMs do Instagram ou para o email daspalavras@sapo.pt a vossa história que nos pode por todos a rir.
Quem deve ouvir? Quem não sabe o que é uma codrilhice, quem sabe o que é uma codrilhice, quem acha que codrilhice devia estar no dicionário da Porto Editora.
Na mais recente Mensagem de Voz, na nova rubrica de mexericos, conto-vos tudo sobre o que aconteceu à @classecappucino no médico, para nos rirmos juntos. Se tiverem uma história engraçada ou embaraçosa que também queiram partilhar para incluir nas mensagens e rirmos todos (com nome ou anonimamente) enviem email para daspalavras@sapo.pt
Já decidimos se a Dodot é a melhor marca de sempre ou deve fechar?
Pois é, a Dodot Portugal fez uma campanha em que partilhas valiam uma ação de solidariedade, como foco em bebés prematuros, com um donativo máximo de 10.000€, consoante o número de partilhas.
No dia 1 eram a melhor marca de sempre e ninguém podia passar sem partilhar o vídeo emocionante (que muitos nem viram, aposto). No dia 2 eram uma marca aproveitadora e nojenta porque fazem parte de um grupo P&G que deu 7 milhões ao Neymar para publicidade noutra marca.
As pessoas devem refletir antes de partilhar? Sim. E antes de criticar? Também.
Somos tão cegos para estar de um lado da fronteira que nos esquecemos de tudo o que não sabemos. Por exemplo, não sabemos quanto a P&G dá para solidariedade. Pode ser muito ou nada, só não podemos achar que temos a certeza.
Também não sabemos qual o orçamento da Dodot Portugal, mas garanto de forma relativamente segura que não tem nada a ver com o budget da P&G internacional.
Os 10 mil euros em causa eram provavelmente (não sei) do departamento de marketing. São orçamento para promoção da marca e portanto podiam escolher promover a marca associando-se também a uma causa ou simplemesmente pagar mais uns poucos anúncios no horário nobre da SIC e está gasto (e se pensam que a publicidade em TV está morta, enganam-se, que ainda atinge milhões). Se for este o caso: é o que farão da próxima vez. E outras marcas estão automaticamente desincentivadas a investir em ações de marketing associadas a solidariedade. Vade retro opinião pública. São menos 10 mil para os bebés prematuros.
Por que o departamento de marketing é pago para promover a marca, pasmem-se (!). Tiram partido das emoções das pessoas? Claro. Mas é uma marca que envolve bebés. Ou fazem sempre anúncios com líquido azul numa fralda ou apelam de facto à emoção para criar uma ligação com a audiência. Não são maus por isso: às tantas mostram que estão atentos e conhecem o público. E, sim, vendem mais - porque é para isso que uma empresa serve. E se tiverem lucro, tavez até dêem parte para solidariedade, sem vocês saberem.
Ou não. Não sei. Não sei mesmo. O que sei é que temos de refletir antes de agir. Temos de ter cuidado a louvar, mas também a linchar. São duas faces igualmente desinformadas da moeda.
Qual é o vosso filme favorito? Sabiam que o Moço é Disneyficiente? Querem ouvir-me a cantar? E a partilhar um trauma de infância que envolve esse objeto perdido no tempo que é a cassete VHS? Tudo para ouvir na mai'nova Mensagem de Voz.