Faz hoje dois anos que nos mudámos para a casa que é nossa. Logo hoje que estamos longe um do outro e não podemos brindar com champanhe - nem o faríamos, era preciso que ambos gostássemos de champanhe. A casa que ao início só tinha mobília já tem a parte maior da nossa história entre as paredes. Mas não faz mal que não possamos celebrar. A data que importa verdadeiramente não esquecer foi o dia em que me mudei de armas e bagagens para a residência fixa do teu peito. Obrigada por nunca me teres cobrado renda.
Normalmente as pessoas esforçam-se para fazer valer as mensalidades que pagam no ginásio e botar lá os cotinhos, porque lá a fidelização obriga a que se pague do início ao fim - salvo morte ou perda de membros essenciais (acho que é mais ou menos isto). Esta que vos escreve vai lá tão pouco, tão pouco (se se lembram, herdei a inscrição da minha irmã) que a senhora da receção propôs-se a baixar-me a mensalidade nos meses que faltam de fidelização...
E como qualquer homem que conhecem isso é o suficiente para se desfazer em gemidos e entregar a alma ao criador. Anda cá por casa a arrastar-se mais ou menos como o aquela miúda do The Ring que sai da TV e esgravata tudo à frente.
Claro que se for para pegar no telemóvel ou jogar um pouco de PlayStation se esquece momentâneamente dos esgares de dor e dos movimentos presos. Ou a tecnologia tem efeito terapêutico ou talvez seja menos grave do que parece. Entretanto se alguém tiver remédios infalíveis que avise.
Ele chamou "gaveta de lixo" à minha gaveta de mémoirs cheia de bilhetes de cinema e concertos, guias de viagens, porta-chaves, chocolatinhos velhos que vieram com o café naquela noite, prendinhas de eventos, blocos de notas escritos e outros coisas que só-eu-sei-porque-são-importantes.
"Mana, fiz uma coisa mesmo à Maria - sabes quando no cinema te desejam bom filme e tu dizes igualmente ao rapaz da bilheteira que está a trabalhar e não vai ver filme nenhum? - só que pior. Como já não vens à feira de Maio e a P. não podia andar comigo naquela nova diversão que faz loop e eu queria mesmo experimentar, ela lá me convenceu a andar sozinha. Então eu sento-me e o senhor que trabalha lá estava a passar por toda a gente antes de começar. Estendeu a mão e eu dei-lhe um high-five. Ele...estava só a verificar os cintos. Estendeu a mão para verificar os cintos e eu dei-lhe um high-five."
Está um fim-de-semana prolongado à porta (o de 10 de Junho com direito a mais um dia para lisboetas) e o bom tempo já não despega (espero). O que é que o pessoal quer? PASSEAR! A Odisseias oferece aos caríssimos leitores deste vosso estimado blog não um, não dois, não (...já perceberam a ideia)..oferece cinco giftcards de 10€ que podem ser utilizados no site www.odisseias.com sem valor de compra mínima (com validade até Novembro)! E senhores, se há experiências gostosas para todos os preços e de norte a sul do país (até além fronteiras, aliás), moram quase todas neste site.
Têm apenas uma semana para participar! Por isso toca a mexer os cotinhos e sigam os passos para ganharem um dos cinco giftcards que temos para vocês:
1. Gostar das páginas de Facebook Maria das Palavras (esta) e Odisseias (esta). Olhem que vamos verificar!
2. Preencher o formulário abaixo até ao final do dia 1 de Junho.
3. Esperar que o vosso nome um dos sorteados pelo Random.org a 2 de Junho.
O nome dos cinco vencedores será publicado neste post e no Facebook a 2 de Junho e serão contactados por email para receberem o seu giftcard. Espero que depois partilhem comigo qual a experiência que usaram (foram ao sushi? ou ao marisco? estadia no algarve? Zoomarine com eles? ou quartinho com vista para o Douro? massagenzinha no lombo? SPA completo? passear num veleiro? um workshop de fotografia para treinar para a viagem do ano? limpeza de pele para irem passear airosas? escolheram um anel do shopping Odisseias para o próximo casamento?) e a vossa opinião! A Odisseias não pediu, mas eu sou muuuuuito curiosa.
[Com isto ficamos ainda a saber que estou a 10 giftcards de me tornar uma pipoca! #sóquenão #olhemqueaquiaprobabilidadedeganharemémaiormesmocommenosvouchers #agorachameivoucheraogiftcard]
Faz hoje um ano que recebi um email da Blogs Portugal. Em parceria com a Chiado Editora iam oferecer-me um livro, assim eu quisesse, e em troca eu opinaria sobre ele no blog. Justíssimo. Fiquei entusiasmada, disse que sim, esperei pela volta do correio.
O livro chegou e...não era de todo o que eu esperava. A minha cabeça já se preparava para o livro de ficção que aí vinha e afinal tratava-se de uma espécie de relato autobiográfico do vocalista de uma banda que eu conhecia, claro, mas nunca seguira com o entusiasmo de outras gerações. Ora bem, dar-lhe-ia a oportunidade prometida. Não naquele dia.
Não estava cheia de vontade de o ler e não estava numa fase em que conseguisse ler muito. Assim foi ficando para trás. A boa intenção esteve lá sempre, mas daí a pegar no livro, não foi um passinho. Estava junto aos outros daquela fila de trás que são os livros em que por uma razão ou outra não peguei ainda: porque comecei e não consigo continuar por serem autênticas chagas (se é que me entendem), porque tenho expectativas e tenho medo de ler e me desiludir (ou desiludir com a minha opinião quem mo deu), porque são tão grandes que tenho medo de ficar marreca, ou pura e simplesmente porque há outros que vão chegando e passando para a frente da fila e outros que também quero muito ler vão invariavelmente ficando para trás. Certo é que chegará a vez de todos, como - vão ver - chegou a deste.
Um dia destes, numa fase em que ando a ler mais, e num ano em que à pála do Livro Secreto tenho lido muitas coisas que à partida não escolheria, passei à FNAC e vi-o. Por Detrás do Pano, de António Manuel Ribeiro. Levei a mão à testa e sozinha corei. Teria já passado um ano desde que fiz a promessa de o ler? É verdade que mais vale tarde do que nunca? Leio ou rebolo apenas pejada de vergonha pela minha falha?
Leio. Peguei nele, interrompendo a leitura de outro. E descobri. Não é um relato aborrecido. É polémico, é revelador, é curioso, tem detalhes suculentos. Sabiam que o primeiro nome da banda foi À Flor da Pele? E eu, convencida que este livro de 35 histórias não era para mim, que nem sabia que o António Ribeiro escrevia livros (inculta, que ele tem outros), que nem imaginava que se tratava de uma banda da margem sul (inculta, que é de Almada), dei por mim envolvida nos episódios que ia descobrindo. Na página 183 lê-se um dos meus favoritos, quando se conta a caminhada para o primeiro concerto (que na verdade foi o segundo):
Como diz o poema, atravessámos o Tejo de cacilheiro e fomos de metro até à estação de Roma, quatro músicos com o instrumento à mão e mais sete ou oito elementos da putativa equipa técnica. Conseguimos entrar todos na discoteca, perante o olhar eriçado do porteiro ao ver duas guitarras, um par de baquetas, e alguns cabos nas mãos de 'tanta gente técnica'. (...) Não sei se foi da timidez ou da falta de ensaio do som, mas tocámos tão alto e tão rápido e berrei tanto que abafávamos as palmas logo com uma nova canção. À saída, (...) alguém disse: "Caramba, vocês tocam mesmo alto".
Mas foi no Breviário do Universo dos UHF, uma das secções do livro, que li aquilo que me fez identificar imediatamente com esta banda e guardá-la no meu pequeno e endurecido coração: sempre que iam ao Alentejo, as bifanas de Vendas Novas do regresso eram obrigatórias.
Sinto-me essa senhora, ultimamente, com tanto passatempo este mês aqui no vosso blog favorito (ok, no blog favorito do Moço, pelo menos, já que não lê mais nenhum). Mas é que as marcas dizem "dá-lhes, Maria" e eu, sabendo que vocês apreciam, não consigo dizer que não. Sinto-me uma espécie de Mãe Natal de Maio, só que as renas estão com alergias e tenho de usar os CTT.
Balanço do mês ao momento:
A pexita Cláudia M. ganhou e já foi ao teatro com a família ver a Cinderela e adorou! Diz que entre miúdos e graúdos foi uma risota pegada.
Há gente para xuxu a querer o pack Odisseias que ainda está aqui a jogo até dia 10 de Junho.
Este Domingo saiu nova oportunidade aqui para irem ao teatro ver, desta feita, o Peter Pan.
Na quinta-feira, que ninguém vai estar a ver porque é feriado, sai outra oferta daquelas assim para lá de imperdíveis, com a marca que já conhecem e gostam. Sabem qual, não sabem? E desta vez vão ser cinco premiados!