Estava mortinha para lançar esta rubrica doente, descaradamente roubada inspirada nesse sucesso das mentes pérfidas que é a Nêspera no Cu. Markl e Cia incentivam as pessoas a jogar entre amigos, portanto não vejo porque não jogar aqui no blog. Só preciso que sejam tão retorcidos como eu. Vamos a isto? Só têm de dizer o que preferem e, de preferência, explicar (começamos com uma levezinha):
a) Terem dois coelhos anões de estimação que vão sempre com vocês para todo lado e estão sempre em cima de vocês: nos ombros, em cima da cabeça, presos pelas unhas à cintura...a vida toda: a dormir, a trabalhar, em reuniões, a namorar, no cinema, sempre. E além de serem incómodos, arranham bastante.
OU
b) Morarem o resto da vida numa casa de aspeto normal mas sem portas nem janelas, num piso térreo no meio da cidade. Sabem que ninguém entra sem a vossa autorização e portanto ninguém pode assaltar-vos, mas toda a gente que passe pode espreitar lá para dentro. E há sempre gente a espreitar. A Teresa Guilherme está sempre à janela da vossa casa de banho. Mas fora de casa, tudo normal.
O amor tem - como cada ano (e algumas pizzas) - quatro estações. Verões, Primaveras, Outonos e Invernos que se sucedem, muito embora desordenados e sem a duração certa de três meses de calendário cada.
Verões de paixão tórrida e calor suado que nos desorientam e acendem inteiros dos pés em pontas aos fios de cabelo revolto.
Primaveras de sentimentos arejados e serenos, como nas imagens dos bancos de jardim, quando nos sentamos num colo ameno a fazer planos do futuro, quais andorinhas - com mãos para dar, mas também asas.
Outonos onde é preciso apertar o casaco guardado no fundo do armário, tratar das coisas mais práticas, dar lugar ao companheirismo pragmático, saber que as árvores mudam de cor e as folhas caem, como nós tropeçamos.
Invernos áridos de silêncios e palavras que ou não são ditas ou são gritadas, lágrimas de chuva, vendavais, frios interiores que o cobertor elétrico não resolve.
Às vezes, como me dizem que acontece nos Açores, um dia de amor pode ter as quatro estações. E nunca pode o amor viver sem as quatro, a seu tempo. Aconselho então que se agasalhem para evitar a espereza dos inevitáveis Invernos, para os tornarem tão curtos e suportáveis quanto possível. Assim, as estações quentes serão muito mais longas e prósperas.
Senti-o como culpa pessoal - teria adiantado ter descoberto a sala antes? Teria feito a diferença eu não ter fingido que o meu cartão de estudante estava atualizado e ter pago só 5€ pelo bilhete?
Diverti-me muito com este desafio - vocês não foram tímidos nos palpites, até acharam fácil. Mas não houve uma alma que acertasse em mais de 3 das mentiras (houve uma alma que acertou em quatro à segunda tentativa, vá, mas ele jura a pés juntos que foi porque se enganou). Vamos lá desconstruir os factos, um por um? É que as agulhas no palheiro eram afinal o 4, 5, 6,7 e 9.
1. O texto que mais gostei de escrever não foi o mais comentado de sempre (Mulheres).
E às tantas se me perguntarem nem sei qual foi o texto que me deu mais gozo escrever. Mas este foi escrito assim de rompante (como muitos) sem pensar bem no assunto e não consegui saborea-lo condignamente.
2. Este não é o meu primeiro blog.
Já tive um blog quando começou a moda dos blogs, mas fui-lhe perdendo o amor. Não se assemelhava em nada a este, posso acrescentar.
3. Adoro Coca-cola.
É pena, mas gosto mesmo muito desta bebida enviada ao mundo por satanás.
4. Gosto de camarões apenas cozinhados de uma maneira específica.
Gosto de camarões de tudo o que é maneira que possam imaginar. Se mos derem fritinhos com manteiga e alho tanto melhor, mas é uma preferência e não uma obrigatoriedade.
5. Tenho um livro publicado.
Era bom, era! Um dia, quizas...
6. Nunca aprendi a andar de bicicleta.
Quase toda a gente identificou esta agulha no palheiro. Eu também acho inverosímil. Mas depois conheço uma pessoa que não sabe mesmo andar de bicicleta. Moço, posso dizer quem é?!
7. Conheci o Moço numa passagem de ano.
Conheci-o antes um par de vezes, em sítuações diversas, como aqui referido, na história da conquista. Embora só numa determinada passagem de ano nos tenhamos de facto encontrado.
8. Adoro ler na missa.
Eu sei. Não combina comigo porque eu de religiosa tenho pouco (nada). No entanto, pediam-me às vezes para ir à missa ler- ainda há pouco tempo voltou a acontecer em determinada cerimónia - e eu adorava. Porquê? Porque toda a gente me elogia a dicção e capacidade interpretativa neste exercício e eu sou uma vaidosa. Pronto, ok. Se calhar dizem só "leste muito bem". Mas fico toda inchada na mesma. Isto tem de ser um pecado qualquer, certo?
9. Houve apenas um dia em que não publiquei nada desde que comecei o blog.
Desde que comecei o blog (que foi efetivamente a 11 de Julho, embora tenha agendado posts para trás disso para não abrir a casa com ela vazia) nunca falhei um dia sequer. Se sei que não posso mesmo vir aqui, deixo qualquer coisinha agendada. Não quero que se desabituem das minhas parvoíces.
10. Aprendi recentemente que gosto de favas.
É verdade! Por princípio metem-me nojo, mas eu mesmo sendo uma esquisitinha gosto de experimentar as coisas. E a minha sogra cozinhou-mas à moda da terra dela, favas ainda em vagem, com uma mistura de farinha e temperos, que inclui vinagre. E não é que as bichas me souberam bem? Até repeti - e ela não estava a ver, por isso não podem dizer que foi só para comprar o lugar no coração da sogra.
A Cláudia do Atualidades (que deve receber insultos diariamente por usar o novo acordo ortográfico logo no título do blog) nomeou-me para um desafio que eu vou subverter completamente antes de responder. Aliás, a Just Mom, também.. A versão original é como ela descreve, a minha versão é mais short and sweet: vou enunciar 10 factos sobre mim, metade são falsos. E vocês provam que conhecem a Maria das Palavras melhor do que eu mesma e comentam com o vosso palpite sobre quais são as cinco mentiras de perna curta. Depois, é certo, gostaria de vos ver fazer o mesmo nos vossos blogs (e que me digam para eu ir lá tentar a minha combinação milionária), mas isso já é com vocês - não indico ninguém que apontar é feio.
1. O texto que mais gostei de escrever não foi o mais comentado de sempre (Mulheres).
2. Este não é o meu primeiro blog.
3. Adoro Coca-cola.
4. Gosto de camarões apenas cozinhados de uma maneira específica.
5. Tenho um livro publicado.
6. Nunca aprendi a andar de bicicleta.
7. Conheci o Moço numa passagem de ano.
8. Adoro ler na missa.
9. Houve apenas um dia em que não publiquei nada desde que comecei o blog.
10. Aprendi recentemente que gosto de favas.
Quem dá o seu palpite? Quais são as minhas 5 mentiras aka agulhas no palheiro? Facílimo...