Sempre são três aninhos de Maria e Moço. Mas em vez disso vou viver qualquer coisa de especial.
Depois de ler todos os vossos conselhos e consultar a meteorologia, a nossa escolha [da oferta que a Odisseias nos fez] recaiu na noite no L´AND Vineyards 5*. E amanhã continuamos a mini-micro-escapadinha mais para o interior. Vou tentado postar qualquer coisita no Facebook - espreitem aqui - mas prometo que depois conto mais. Tudo o que eu quiser, entenda-se. Muahahahah.
Porque é que não há uma Barbie com pestanas curtas? Eu tenho pestanas curtas e quero sentir-me normal...
[Agora a sério, o problema era a Barbie ter aquela figura-modelo ou não se ensinar às crianças que não temos de ser como uma boneca? É que há bonecos com caudas e chifres e tudo mais...pode estar a criar-se aqui um precedente grave.]
Sem surpresa, desde que inaugurei o Consultório de Prendas, 90% dos emails pedem-me sugestões para homens: o amigo, o pai, o namorado...Parecem mais difíceis de agradar, porque a oferta para mulher é mais vasta. Mas se olharmos com atenção, há verdadeiras pérolas, para todos os gostos, feitios e preços. Talvez seja até mais fácil, por ser menos fácil - será sempre menos vulgar (faço-me entender?). Quer seja para o Dia dos Namorados, agora em Fevereiro, para o Dia do Pai, que se segue em Março, ou para qualquer outro aniversário ou ocasião especial, vejam a nova sugestão que publiquei no Consultório para os homens da vossa vida - com o selo de recomendação do Moço.
E podem sempre relembrar todos os Guias Gerais de prendas e sugestões Para Eles, que já passaram pelo consultório. De nada!
Como ouvir. Queixei-me há uns tempos que sou sempre eu a organizar os detalhes das escapadinhas/férias. Amanhã embarcamos na aventura Odisseias. E ele anuncia que pesquisou o assunto e já sabe onde vamos fazer as refeições boas & baratas. Resta saber se eu também estou a crescer com ele.
Moço: Sim, sim! Maria: Então, fico com ela? Moço: Fica! Maria: Boa. Moço: Está um pouco grande, mas fica bem. Maria: Hummm...então, mas...fica bem ou está grande? Moço: Nas costas vê-se que está larga. Maria: Então se está larga não fica bem... Moço: Pois não.
Esta conversa podia ter sido muito mais curta se não fizéssemos os homens temerem a sinceridade.
É um momento que me eriça os pelos do nariz...o apita o comboio. Começam os primeiros acordes, um desgraçado lembra-se que sempre quis ser maquinista e os outros seguem a todo o vapor. Uns atrás dos outros a fazer oitos no salão e com braços de gancho para agarrarem as carruagens soltas: não é permitido ficar de fora. Eu fico, claro.
Nas festas, como na vida, odeio o movimento aglomerado das alminhas na mesma direção. Todos para a esquerda. Todos para a direita. Agora batam palmas. Agora comam sementes. Agora vamos correr. Este ano usam-se as franjas: usa franjas.
E depois há aqueles eventos na vida, que numa mesma geração se vão dando ao mesmo tempo: os meus amigos próximos (que são de idade próxima) agora vão morar juntos. Agora vão casar. Agora vão ter filhos. Agora vão comprar casa. Agora estamos todos a juntar um PPR.
E eu, que bem calhando, até podia querer alguma dessas coisas, já não quero. Tenho alergia a ser só mais uma no meio dos outros todos que fazem mais ou menos a mesma coisa, mais ou menos na mesma altura. Certamente que é um fenómeno estúpido - o que me assola, não o dos outros. Ninguém vai deixar de (por exemplo) casar quando pode e quer, porque nessa levada de anos já se casaram outros dez.
Este é o ano dos 30. Já vos disse que faço trinta anos este ano? O Moço também (seis dias antes). E 58 outros amigos nossos também - 76 se contarmos com os que já foram fazendo desde meados do ano anterior e os que farão um pouco depois em 2017. E é aquela data em que parece que é preciso fazer alguma coisa de especial, porque é redondinha. É preciso preparar surpresas (para os outros) e atividades (para nós), juntar mais gente, estar entusiasmadíssimo, lançar foguetes e ter esculturas de gelo.
E se não me apetecer? E se além da já pouca vontade de festejar os meus 30 - só porque não ando a acalentar espírito para isso, não é por achar que estou a ficar velha, que toda a gente me dá 18 quando olha para mim - isto de (quase) toda a gente fazer 30 (quase) ao mesmo tempo e se fazerem festejos especiais de enfiada, me tira ainda mais a vontade de entrar neste Apita o Comboio? Este pensamento tem qualquer coisa de egoísta, que eu sei: se não posso ser especial, também não quero.
Mas se me é permitido um desejo - já que será o meu aniversário - que seja esse: quero ser egoísta. Agora rezem comigo para que o Moço esteja no mesmo comprimento de onda e não espere que eu lhe organize um luau surpresa com convidados dos cinco continentes. É que não estou mesmo p'raí virada, caramba.
Eu disse que me apetecia escrever sobre o amor. E vem aí o mês propício para isso. Muito embora eu professe o meu desgosto com muito do que se idealiza no dia dos namorados, como podem relembrar aqui, acho que qualquer desculpa é boa para se celebrar algum tipo de amor. Não o farei de uma forma lamechas e adocicada, mas bem humorada (bem amorada, perdoem-me o ridículo da expressão) sob forma de uma rubrica especial deste Fevereiro de 2016, encarnando o Senhor Valentim (que diz que é santo). Fiquem atentos à publicação, todos os dias às 14h [às 14h? que óbvia, Maria: só por ser o 14 o Dia dos Namorados - pois calem-se] e até ao dia...adivinhem? 14.
Espero que aprendam e se divirtam. Mais que se divirtam - já sabem que por estas bandas aprendem pouco. Não fosse este o blog da que disse que a obra Os Maias foi escrita por Fernando Pessoa (eu sei que foi lapso de noites mal dormidas, mas não me esqueço do que fiz, tanto que agora como castigo me obriguei a ler 100 vezes o capítulo das corridas no hipódromo, que saltei da primeira vez).