Qual Raid, qual quê?...
O Moço apanha as melgas em pleno voo. Silencioso, inodoro, não deixa manchas na parede e não mata as plantas (quem as mata sou eu). O melhor inseticida. Só não se encontra junto ao limiar dos frescos no supermercado.
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O Moço apanha as melgas em pleno voo. Silencioso, inodoro, não deixa manchas na parede e não mata as plantas (quem as mata sou eu). O melhor inseticida. Só não se encontra junto ao limiar dos frescos no supermercado.
Nunca tive queda para ginástica e a minha veia circense reduz-se à capacidade de ser palhaça (sem fatos ridículos, por favor). Logo, a minha aptidão para o exercício de equilibrismo que as mulheres têm de fazer para nunca tocarem no rebordo da sanita é coisa para me desencorajar logo. Exercício por exercício, prefiro treinar a bexiga a ser forte e esperar por uma casa de banho limpa.
As casas de banho públicas femininas (com honrosas exceções para - alguns - aeroportos e restaurantes com preço médio acima de 35€) são o melhor cruzamento entre um aterro sanitário e uma cena de crime violento.
Não gosto de me sentir como uma macaco num laboratório de testes. E, apesar de acreditar que ninguém me está a observar (ja agora era melhor), quando chega a parte de usar a torneira para lavar as mãos há verdadeiros desafios para esta mente pouco afeita ao uso do wc público. Às vezes, a torneira parece-se com as de casa, mas muitas vezes liga-se ao carregar num pedal camuflado, chegar as mãos a um sensor criativamente escondido ou fazer o pino com um ângulo de inclinação de 45º. O mesmo vale para o dispensador de sabonete.
O temível ato de secar as mãos. Pois bem: tenho duas opções: ou volto ao cenário de terror de aroma moribundo que habita em cada um dos cubículos para usar papel que seca as mãos eficazmente ou me rendo ao secador de mãos automático e perco um terço do meu tempo útil de vida. É que nem dá para fazer a manicure ou ler um livro, enquanto a maquineta ruidosa nos sopra as mãos com jeitinho, porque - lá está - as mãos estao ocupadas e (ainda ao fim de duas horas) molhadas. Pontos extra quando há dispensador de papel junto aos lavatórios (assumindo que ainda têm papel). Pontos negativos quando têm daquelas toalhinhas de pano que se puxam e dão a volta e que eu nunca sei como devo usar (puxo mais tecido ou já foi puxado?)
A possibilidade do cenário fatal. Não há papel higiénico. Só reparas quando vais precisar dele. Não tens ferramenta para sacudir. Não tens lencinhos. És obrigada a suicidar-te.
Espirra duas vezes seguidas e liga logo para a Servilusa para começar a preparar tudo.
Primeira pergunta quando vejo aqueles fantásticos espaços de comunhão com a natureza, agora sem ter de dormir no chão, espécie de "campismo cruza-se com Moviflor": será que tem wifi?...
Para que fique registado, a 28 de Agosto de 2015, ainda há hóteis no mundo que só têm wifi na receção.
Prefiro bolas de berlim sem creme.
A época balnear ainda não acabou e sei que os milhões de pessoas que me seguem (ok, as cinco pessoas que me seguem) estão ansiosos para saber a forma correta de se entrar num mar frio (até porque eu sou da zona centro e levo uma vida a praticar). Portanto, para quem não tem a sorte de se banhar nas praias das Caraíbas, aqui fica um guia muito próprio.
Imaginem que chegam à praia cedinho, o Sol já se apresentou, os seus amigos querem ir à água e uma pessoa também alinha, mas tem alguma dificuldade em entrar de rajada. Siga estes 6 passos para entrar na água - Maria style:
Ao concluir os seis passos o mundo tornar-se-á um sítio melhor e pode relaxar e divertir-se à vontade - fez por merecê-lo! É ainda importante manter a calma e resistir ao posterior gozo dos seus amigos, que entretanto foram almoçar, voltaram, jogaram Uno, bronzearam-se, mergulharam dez vezes, acabaram de ler a Anna Karenina e voltaram para casa. O importante é que conseguiu! Agora dê meia volta que já não são horas de estar na praia, vá.
Dos tempos em que ir a casamentos, era mesmo só ir a casamentos. Os pais é que pagavam a visita e de resto era vestir qualquer coisa gira, comer muito camarão e dançar (desconto para aturar o tio maluco que todas as famílias têm).
Hoje em dia ir a um casamento é tudo isso (mas pagamos nós a visita e com sorte temos de ir vestidas de damas de horror) e...organizar despedidas de solteiras (guardando também o orçamento para tal), ensaiar danças, cantorias, flash mobs, criar vídeos engraçados e um PPT de fotos de infância, não esquecer de fazer a cama dos noivos à espanhola, pendurar latinhas no carro...
As saudades que eu tenho de quando ir a um casamento não dava trabalho.
[E depois vejo o brilhinho nos olhos dos nossos amigos-noivos e vale tudo a pena, mas ainda assim...sou uma preguiçosa. (In)felizmente, uma preguiçosa que não consegue ficar quieta e não pôr o bedelho ou organizar mesmo tudo.]
A minha avó diz que foi ao médico e ele lhe disse que ela tinha um problema no cocas.
No cocas.
[*Aqui "gordas" é epíteto carinhoso para "tu gostas é de emborcar porcarias", independentemente do número na balança.]
A Burguer King desafiou a McDonalds, em anúncios de página inteira publicados no The New York Times e no The Chicago Tribune, para que se unissem no dia mundial da paz e criassem um McWhopper. A ideia seria operar uma loja, localizada entre as sedes dos dois concorrentes multi-nacionais, com funcionários das duas marcas a vender uma edição única de hambúrguer bipolar.
Além da mensagem de paz e união a marcar o dia 21 de Setembro por duas empresas mundiais gigantes que pretendem gerar buzz em volta de uma causa importante, os lucros da venda destes filhos ilegítimos dos hambúrgueres mais vendidos em cada cadeia (BigMac e BigWhopper) reverteriam a favor da organização Peace One Day.
Claro que além disto tudo é marketing (do bom), é negócio (continuam a ter de pagar ordenados). Mas é, sobretudo, o sonho molhado (com ketchup, atenção) de muito boa gente, a quem o pecado da gula assiste.
A McDonalds ainda não respondeu. E eu gostava, enquanto vou a tempo, de usar o meu blog para mandar uma mensagem ao CEO para o ajudar a decidir:
Olá senhor das gorduras saturadas saborosas,
Antes de mais deixe-me dizer-lhe que adoro as suas batatas fritas e que dou por mim várias vezes ao dia a sonhar com McFlurry de M&M's com cobertura de caramelo.
Gostava muito que se unisse ao Burguer King (não sei se já provou o Big King, mas não é nada de se deitar fora, não desfazendo dos meninos dos seus olhos) nesta iniciativa pela paz mundial e pela papila gustativa local.
E gostava que fizessem disto uma iniciativa espalhada pelo mundo todo, começando por exemplo (deixe-me pensar assim num país ao calhas) por Portugal. Não quero estar para aqui a ameaçá-lo - longe de mim - mas se não seguir esta minha sugestão, sou bem capaz de espalhar o boato de que a sua comida só faz mal e se aloja toda nas ancas (é boato porque sabemos bem que se aloja em todo o lado, mas as mulheres têm especial medo de ancas largas - não são nada como a minha tia que diz que é bom ter anca larga, que é sinal de se ser boa parideira).
Um bem-haja (e travão nos pickles se faz favor),
Maria das Palavras
P.S.: A receitinha do caramelo, arranja-se?
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