Quis documentar os nossos primeiros passos na nova terrinha (não vejam terrinha como um termo depreciativo, que não o é). É um vídeo curto que mostra as nossas novas paisagens, descobertas pelo nosso olhar, num primeiro fim-de-semana, em que ainda nem casa temos. Vejam e atentem no pedaço em que conversamos sobre "personagens da terra" - quero saber qual é a da vossa!
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Mais uma semana. O que é uma semana? O que é uma semana para quem nunca tinha estado 5 dias (estou a ser otimista) sem ingerir um docinho ou fritinho ou processadinho e agora já leva 58 dias desta vida? Já me perguntaram o que vou fazer (leia-se comer) assim que o desafio acabar. Não faço ideia. Penso que não quero correr para nada em particular, só aproveitar o momento em que algo me aparece à frente da melhor maneira, seja uma Cola fresquinha (que saudades), um gelado ou um bolinho. Ou uma sandocha valente com TUDO. Ou simplesmente um filete de peixe (não como assim tantas vezes e nunca pensei que ia sentir saudades, mas neste momento já vale tudo). Assim que o desafio acabe vou passear (é verdade, é verdade) e portanto nem vale a pena planear qual será a primeira asneira. Também nem convem pensar muito no assunto, porque entretanto estou a babar-me.
Outra ocasião que me mirra o útero é o Carnaval. As mães "bonitas" fazem os fatos para a sua prole Já a minha mãe e a minha avó tratavam dos meus, num exercício de improviso sem igual. Uma vez o fato de Branca de Neve ficou tão bom que mais tarde a professora confessou que eu só não tinha ganho o concurso de máscaras porque achava que o vestido era de compra (é assim que eu sei que os filhos felizes têm fatos feitos à mão pelos progenitores e os outros não têm valor - e por favor não me façam explicar que é ironia). Tendo eu jeito para trabalhos manuais no mesmo grau que tenho talento para navegação com bússola em alto mar (trocando por miúdos: desoriento-me), já sei que vou acabar a não mandar o miúdo para a escola e dizer que sim, que foi, que até lhe fiz o fato de homem invisível pessoalmente.
Sozinha na cidade nova, cansada da exigência dos dias e das precupações com [inserir TUDO] passo as noites a vegetar. Tenho até com quem jantar ou combinar qualquer coisa, ou podia aproveitar os finais de tarde cada vez com mais luz para apanhar a brisa do mar e dar de comer aos olhos cansados de ecrãs. Mas só quero o sofá e distrair-me do mundo. Até demoro a olhar para o telemóvel e ver as mensagens. Tenho as primas Preguiça e Inércia cá comigo a passar uns dias e são companhia constante (nem as quero deixar sozinhas). Sou uma gosma pespegada na almofada amarela e nem me importo.
Se agora fosse solteira, morria solteira. E da maneira como estou a fazer para ganhar mofo nos braços, talvez fique em breve.
Estou a chegar àquela fase da dieta em que me tento convencer que coisas absolutamente decadentes até podem ser saudáveis. Por exemplo, olhei para a lasanha congelada pré-confecionada do Pingo Doce e quase me convenci que encaixava na dieta dos 66 dias, porque no fundo era carne com massa e eu posso comer isso. Era mesmo só juntar uma saladinha e competia para invadir de forma isolada a fatia grande da roda dos alimentos.
Sabes que não gostas mesmo de mel quando é um tipo de doce que até meio que podes comer porque "diz que" é saudável mas até o aroma dele no chá te causa enjoos.
Nota: Eu não bebo chá com açúcar nem com mel (nem antes do desafio). Mas deram-me um chá de qualquer-coisa e mel a provar e não consegui passar do primeiro trago.
Há momentos da vida de uma pessoa em que uma sandes é A solução. Como quando se faz uma viagem de comboio, carregada, mesmo ali em cima da hora de jantar, com o estômago a roncar.