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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

30
Jun16

Um fado para a Maria e para o Moço

Maria das Palavras


Será que os portugueses não gostam de fado? Já vos conto a razão de ser desta pergunta, mas deixem-me dizer-vos que eu gosto. Da poesia, da voz grave, dos acordes da guitarra portuguesa. 

 

Fado Maior by Morgadinha - Experiência de fado Odisseias

 

Pois há muito tempo que andávamos a falar, entre amigos, do dia em que iríamos aos fados. É daquelas coisas que falamos todos os anos e quantas vezes fomos? Pois, nenhuma. Por isso eu e o Moço chegámo-nos à frente e escolhemos esta experiência do site Odisseias, no Fado Maior by Morgadinha. Há outras opções no site da Odisseias, há sempre, e a minha escolha recaiu sobre esta por ser em Alfama, por incluir bons petiscos (pelo menos em teoria) e por ter lido boas críticas. 

Foi difícil marcar, porque o lugar estava cheio, em plena época de Santos, mas fui sempre atendida com simpatia  e arranjaram-me a mesa para o dia pedido. Pediram-me apenas que estivesse às sete em ponto. Claro, respondi. Claro que NÃO! Saí de casa com tempo suficiente para tecer um tapete de arraiolos e mesmo assim as malditas obras que são agora a praga maior de Lisboa fizeram das suas (voltem pombos, estão perdoados). 


Eu estava desorientada com o atraso - odeio estar atrasada. Para não perdermos mais tempo com o atraso que já levávamos no lombo, mesmo já tendo telefonado para avisar, o Moço anunciou que ia deixar o carro no parque que avistou. O parque da Emel nas Portas do Sol. Pois bem, o Moço nunca tinha estacionado num parque destes, em que se deixa o carro numa espécie de garagem e é o mecanismo que transporta os carros para um lugar determinado e o devolve, pelo que ficou meio em pânico. Era o senhor a explicar o funcionamento e o ar desorientado a migrar de mim para o Moço, que quase se despediu a chorar do carro, sem saber o que lhe ia acontecer. Spoiler alert: correu tudo bem, apesar de termos ficado com a pulga atrás da orelha de tantas vezes que o homem repetiu: não deixem pessoas ou animais na viatura.  E até acabou por não ser caro.


E lá fomos, encontrar o nosso cantinho de Alfama, em passo de chita.

Alfama - Maria das Palavras

 

Chegámos enquanto as guitarras cantavam. Gostei muito do sistema da casa- não sei se é assim em todas. O fado vadio começa e vai rodando as salas. Entram primeiro os guitarristas, apagam-se as luzes, eles dedilham e quando eles se calam, ouvem palmas e logo recomeçam, que lá vem o fadista. Eram três, são os que costumam estar por lá, a Milene Candeias, o Augusto Correia e PORRA que não me lembro da outra fadista - que é a da foto - e que foi a que cantou em exclusivo para nós, num momento em que estávamos sozinhos na sala. Foi maravilhoso ouvi-los todos, sem esquecer os guitarristas, a quem também não conheço os nomes mas felizmente já conheço o talento. Estive à procura na página de Facebook e hei-de sugerir-lhes que a atualizem com os nomes. 

 

Fado maior - fadistas - Maria das Palavras

 
E enquanto a música vai à outra sala, as luzes acendem-se e temos tempo para petiscar. Depois voltam para nos presentear novamente com os seus fados. Confesso que foi angustiante, ali num primeiro momento, ter a comida à frente a fumegar, estar esfomeada, mas não querer comer por respeito aos artistas. Enfiava um niquinho de pica-pau na boca enquanto ninguém estava a olhar (que ainda por cima estava delicioso) e prosseguia como se nada fosse. Foi só da primeira vez, depois já tinha o estômago aconchegado. E se eram bons os petiscos! O chouricinho estava incluído no menu Odisseias, com as azeitonas e o clássico pão com manteiga. Depois escolhemos três pratos da carta: ovos mexidos com farinheira, pica-pau e choco frito. Ah, as sobremesas foram mousse de manga para ele e bolo de chocolate com cobertura de côco para mim. Comam lá só um bocadinho com a vista.

Petiscos Fado Maior by Morgadinha - Experiência Odisseias

 

O senhor que nos atendeu era uma simpatia, contou-nos que fazia aquilo "por desporto" e de facto notava-se o gosto com que trabalhava. Ainda nos deu dois dedos de conversa - e dois copinhos de ginja com que brindámos (eu só brindei mesmo, porque por mais docinho que fosse, não gosto mesmo de alcóol). A sala onde estávamos apresentou-se praticamente vazia, por ter havido um cancelamento de um grupo grande. O senhor estava convencido que era por causa do futebol e eu não lhe quis dizer que naquele dia nem havia jogos do Euro. Havia alguns casais, estrangeiros, apenas estrangeiros. O que me faz voltar à pergunta: os portugueses não gostam de fado?

Brinde no Fado Maior - Experiência Odisseias

 

Para nós acabou por ser um momento bonito, ter um concerto intimista e sentido, fazer ressoar as palmas da sala toda. E pensei que voltaria, certamente, com um grupo de amigos. Portugueses. Sem cancelamentos. Fica a recomendação. Do Fado da Morgadinha e do fado apenas (que nunca é pouco). Vão seguir a minha sugestão? Prometo que vão gostar dessa noite diferente.  

 

Alfama à noite . Experiência Odisseias

 



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29
Jun16

#videomaria: todos a bordo!

Maria das Palavras

Se há coisa aborrecida num voo (acho que mais para  as assistentes e comissários de bordo do que propriamente para nós) são aqueles avisos de segurança que já tooooda a gente sabe de cor e não gosta de prestar atenção. O que resulta muitas vezes numa dança estranha com aqueles gestos que reconhecemos (estão a imaginar, não estão) e o público desatento. Frustrante. E a verdade e que devíamos tomar sempre atenção. Como consegui-lo? De forma criativa. Acho a solução em vídeo sempre bastante eficaz para prender a atenção, sobretudo quando são vídeos são originais. 

Ontem vi este pelos caminhos do Facebook, para a TAP Portugal e com a colaboração dos nossos atletas olímpicos (e ex-atletas e treinadores) e vi até ao fim (e nem ia voar):

 

 

Lembrei-me de outros exemplos que vi em tempos, das linhas aéreas americanas e quero partilhá-los convosco (mas não encontrei legendas em português, nãos e chateiem comigo. O primeiro é a iniciativa de um comissário de bordo, que farto de fazer o mesmo aviso de segurança acaba por fazê-lo em rap. O segundo é um vídeo com uma mega produção que parece um videoclip de música (com toques de graça) e que também nos deixa a ver até ao fim. Vejam tudo (se quiserem, vá) e não dexiem de me indicar outros que conheçam.

 

 

 

 

 

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29
Jun16

O moço (re)lê

Maria das Palavras

Foi há muito pouco tempo, há pouco mais de um ano que isto aconteceu. Ele sempre me viu a ler. Não terá sido por isso que (re)descobriu o hábito, porque não é obrigatório que façamos tudo aos pares. Mas é verdade que lhe deve ter aguçado a curiosidade: se eu sei que ela gosta de jogar Temple Run e Temple Run é giro, e se ela escolhe ler em vez de jogar a toda a hora, alguma coisa de interessante aquilo deve ter. Também não terá sido porque escrevi este post. Ou porque eu também experimento as coisas que ele gosta (como jogar PlayStation) mesmo que não seja para "ficar". Talvez não tenha sido nenhuma dessas coisas ou talvez tenha sido tudo junto, aos bocadinhos. [Tudo isso agudizado pela entrada da Magda na minha vida. Sempre tive fases em que li mais e fases em que li menos. Desde que a conheço que não saio da fase de maré alta. Ter alguém "com quem ler", a quem sugerir e de quem ouvir sugestões, com quem trocar opiniões (e não é só ela, mas quem a conhece, sabe que ela é a campeã do assunto) não nos deixa amenizar este prazer ou esquecer do quanto gostamos dele. E também o terei contagiado ou ele viu em mim esse efeito e quis senti-lo.]

 

Misery - Stephen King

 

Nesse dia estávamos na FNAC a passear entre os livros, eu e o Moço, e ele deteve-se ao pé de mim em vez de ir explorar os filmes, a música, os videojogos, as tecnologias (a competição é tanta). Sentindo-o interessado, disse-lhe, em jeito de desafio, que ia escolher um livro para ele e ele respondeu que o leria. Escolhi um livro de bolso para ser mais agradável de pegar, um autor que não falha e um livro que ele deveria gostar (e eu também, já agora). Stephen King com o seu Misery. Um autor que é sequestrado pela sua fã nº 1. num misto de estória de terror e humor, que explora limites e recantos da consciência e da criatividade. 

E ele começou a ler. Primeiro muito devagar, nos tempos mortos das férias - por exemplo, na praia, com menos tecnologia à vista. E depois sempre um pouco antes de se ir deitar. Acabou e descobriu que gostava de voltar à sensação de acabar um livro, que tinha deixado presa num dia qualquer da adolescência. Hoje em dia lê mais que eu na hora de dormir (que é um daqueles momentos em que eu estou sempre KO), já não sabe o que é estar sem um livro em curso e compete consigo próprio (quantas páginas consigo ler hoje?). 


Mas o mérito não é todo meu e do Stephen King. O segundo livro que leu foi tão decisivo como o primeiro, talvez mais, na reanimação deste hábito. Apaixonou-o. Tanto que já vai no terceiro livro da saga, mesmo tendo lido alguns outros pelo meio. Eu bem percebo, não foi inocente a minha segunda recomendação. Também me apaixonei quando li o autor e também tenho muita pena que já não possa escrever mais. Como outros milhões de leitores pelo mundo, aliás. Querem adivinhar?

 

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28
Jun16

Já foi, já foi.

Maria das Palavras

Patinhos feios e cisnes - fotografia Maria das Palavras


Do fim-de-semana ficam os risos, os banhos do sol, os biscoitos de manteiga e o bolo feito com limões apanhados da árvore, as conversas a dois, a cinco, a doze, a bolada na minha cabeça, os pés de molho na piscina, o sorvete de fruta acabado de fazer, a passagem sofrida da seleção com suspiros conjuntos, o arroz perfeito (sem louro), a espreguiçadeira que balouça, as leituras interrompidas pelo grasnar dos patinhos feios e a foto do cisne que posou para mim entre a vegetação. 

 

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28
Jun16

5 passos para planear uma viagem

Maria das Palavras

Ah, Junho. Quando marcar qualquer coisa com alguém se torna uma missão impossível, porque além das dificuldades normais, dos fins-de-semana que começam a ser ponto de paragem quase obrigatória em batizados, casamentos e chás de bebé (acrescento eu, nesta altura da vida: e festas de 30º aniversário), surge o fenómento: vou estar de férias. Parece, dizem estudos nomeadamente alguns, que a maior parte dos portugueses planeia as férias em Abril e Maio (coisa para me dar um AVCzinho por ser com tão pouca antecedência). Mas o que é isso de planear uma viagem? Para mim, são estes os passos obrigatórios: 

 

5 passos para planear uma viagem | Mariadaspalavras.com | Imagem Pixabay

 

Passo nº 1
Existir: para mim existir é querer viajar. Se existem, parabéns! Estão prontos para começar a planear a vossa viagem e habilitados a passar ao segundo passo.


Passo nº2
Listar os sítios onde sempre sonhámos ir e aqueles onde nunca nos importámos de ir. Vale tudo desde a viagem mais maluca que faremos se nos calhar a sorte grande, ao país que está na lista de desejos mais realistas há 200 anos (mesmo que só tenhamos 30), ao recanto mágico do nosso país do qual ouvimos falar tantas vezes e onde nunca fomos, até voltar à casa daquela tia que tem uma criação de coelhos em Azeitão e nos fazia bolo de laranja em pequenos. Nem sequer estou a brincar com a última. Durante muitos anos, na minha infância, férias eram mito para os meus pais. Eu pegava nos meus tarecos e ia passar uma semana a casa dos meus avós. Que moravam no andar de cima. Ora, o importante é respirar um oxigénio diferente por uns dias.


Passo nº3

Fazer um orçamento realista de quanto se pode gastar e, assim, escolher o destino de entre todos os listados, bem como o tipo de férias de que falamos, consoante o nosso grau de tolerância e disponibilidade financeira, que podem ir de campismo a hotel de luxo, passando pelos apartamentozinhos, normalmente muito em conta para grupos. 

Passo nº4

Escolher as datas: conciliar trabalho, compromissos, destinos (época alta e época de monçoes a evitar). Deve guardar-se uma margem antes da decisão final das datas para poder brincar com os preços dos voos e hotéis. O melhor é marcar com alguns meses de antecedência ou, se o vosso coraçãozinho aguentar, aproveitar as last minute calls nas agências, voos, estadias. Daqui a uns dias já vos digo os sites todos que uso para marcar (ou sonhar com) as minhas viagem e que ajudam muito a orientar e conter o orçamento nesta fase. . 


Passo nº5

Passo final antes de reservar em definitivo a estadia e definir a duração da vagem: o que queremos absolutamente visitar naquele sítio? Há sempre espaço para a surpresa e para explorar ao sabor do vento (ou deve haver) mas certamente que não querem perder o ponto A ou B por serem famosos (a Torre de Pisa?), por terem tudo a ver com vocês (um templo budista?) ou porque um amigo o descobriu há uns tempos e ficou-vos na memória (uma cascata escondida?). Certifiquem-se que as estadias são perto desses sítios ou que os transportes ajudam facilmente a chegar lá e que têm dias suficientes para tudo o que não vos passa pela cabeça deixar de fora, sem andar também à pressa.


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27
Jun16

Este blog não é sobre livros #6: A Incrível Viagem de Arthur Pepper

Maria das Palavras

A Incrivel Viagem de Arthur Pepper | Review Maria das Palavras


Este livro não é nada do que pensei. Quando lhe vi a capa, o nome, a descrição, decidi que tinha de o ler. Apetecia-me entrar naquele mundo de fantasia. A sinopse fala-nos de um senhor que ficou viúvo e tem as suas rotinas (todos os dias acorda às sete e meia, rega a planta Frederica, bebe chá a horas certas). Até ao dia em que encontra uma pulseira de berloques que era da sua mulher e começa à procura do significado de cada pendente, descobrindo muitas coisas acerca da sua companheira - e também, acrescento, acerca de si próprio. 

 

Dizia eu que o livro não era nada do que pensei. É que a história, embora criativa, não tem a fantasia que eu pensava. Não tem portais para viajar no tempo, dragões ou plantas falantes. É simples, muito mais simples. É nossa, muito mais nossa. A história do velho Arthur, da sua mulher e das pessoas com quem ambos se cruzam podia ser tua ou minha (tirando talvez o episódio dos tigres). Tal como cada susto, cada medo, cada insegurança, cada pedra no sapato, cada aventura, cada vestido de noiva pendurado numa cerejeira (depois percebem) - cada berloque na pulseira.

As histórias simples são as que nos dizem mais. As que nos fazem refletir e sorrir e arrepender, talvez fazer um telefonema sem esperar mais. As que nos ensinam a apreciar as coisas verdadeiramente importantes da vida e não esperar por unicórnios dourados. Emocionei-me com o Arthur e os seus filhos e a sua luta com a memória da mulher. Odiei uma personagem que não creio que devesse odiar - o Arthur não o quereria. Senti o livro. 

Simples não é mau. Não pode ter sido, porque não tinha nenhuma pressa em ler o livro e ele escorregou-me facilmente e acabou em poucos dias. Fez-me pensar inconscientemente: como estará o Arthur agora? E o Arhur não existe. É uma personagem.
Não gostei do fim, porque me vi dentro daquelas vidas e também tive uma opinião que era contrária à opinião da escritora. Não vos digo mais que não quero estragar a experiência a quem ler.


Experimentem ler as primeiras páginas aqui, para ver se se encantam com o início desta história, como eu comecei por encantar-me erradamente, pela capa e depois, de uma maneira completamente diferente e certa, por cada capítulo. 

 

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26
Jun16

Obrigada auto-correct.

Maria das Palavras

Depois de ver uma foto de uma bebé de uma amiga, que está cada vez mais gira (a bebé, que o raça da amiga sempre foi giríssima) quis elogiar entusiasmadamente a filhota. O meu comentário? Um "lindona" com pontos de exclamação.

 

Isso era se o auto-correct do telemóvel e a minha desatenção não se unissem para me fazer parecer bem.

Portanto o que se vê na conversa do grupo é uma foto de uma bebé muito pequena e bonita e a seguir o meu comentário entusiasmado, que soa a aviso:

 

Linfoma!!!!

 

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25
Jun16

Provavelmente.

Maria das Palavras

Foto daqui: http://indianexpress.com/photos/sports-gallery/euro-2016-day-of-underdogs-hungary-beat-austria-iceland-hold-portugal-photos-2853555/

 

Estou louca com esta campanha. Claro que só uma marca com uma notoriedade já de si enorme e fortunas gastas em marketing se pode dar a este luxo. Mas...porra, a marca paga milhões para estar no Euro e depois nem sequer usa o seu próprio nome (nem menciona o produto) na publicidade. Porquê? Porque pode. E todos nós sabemos exatamente o que é e quem nos fala. Provavelmente a melhor jogada deste Euro. 

 

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