A Pandora cortou o cabelo e toda a gente lhe diz que está fantástico. Pretende saber da veracidade destes elogios. Eu ajudo (sem nunca a ter visto) com dados retirados de alguns estudos pessoais e transmissíveis. Há efetivamente 5% da população feminina que fica melhor de cabelo curto, mas atenção que não é mais do que isto. Tens de perceber a sinceridade no discurso dos emissores para saber se fazes parte dessa fatia de estatística. Ou identifcar bem quem está a fazer o elogio, para apurar a fiabilidade da fonte.
Eis o tipo de pessoas que vos dirá que o cabelo curto fica melhor mesmo que isso não seja verdade:
O Pai: tudo o que torne a filha menos gulosa aos olhos dos homens é ótimo.
A Avó: no tempos dela tinha de se cortar os cabelos às miúdas para evitar piolhos e gastar muito sabão por isso continuam com o velho hábito.
As amigas menos giras: finalmente têm uma vantagem competitiva sobre ti, abençoados sejam os deuses. Têm de te elogiar para manteres isso durante tanto tempo quanto possível.
A cabeleireira: Cabelo curto exige cortes mais frequentes para manutenção de um penteado giro. Euros. Euros.
O namorado. Que ainda não saiu do armário.
Não é só nesta amostra episódica que se baseia o meu estudo, mas bem me lembro de cortar o cabelo à joãozinho e todos lá em casa me elogiarem. As minha amigas, também. E depois aquele meu amigo mais sincero disse-me: não está mal, mas...nunca mais faças isso. E eu obedeci, até porque já me tinha visto ao espelho. Ainda hoje o meu pai me diz que foi o melhor que fiz ao cabelo e tenta convencer a minha irmã a fazer o mesmo, enquanto eu, por trás, faço sinais mudos: nãaaaaaaaaaaao.
Só para finalizar, Pandora: disseste que te sentias bem com o corte. Isso, muito provavelmente, responde à tua pergunta. Estás nos 5% e os teus belíssimos caracóis ficam em forma com esse corte. Eu, de cabelo ralo e curto, sentia-me só assim:
Prometi no Facebook que explicava e aqui vai: recebi um email simpático de uma menina que trabalha na empresa nobrinde, que tem uma nova marca, a criei.eu. Não me pedia nada, nem este post, só me perguntava se eu gostava de experimentar a nova plataforma, ou seja, escolher e personalizar um produto que me seria oferecido. Sabem como é que eu reajo a estas coisas, não é? De borla, até injeções na testa.
A parte mais demorada do processo de receber a minha oferta foi mesmo a minha escolha, com toda a angústia que isso envolveu. Angústia porquê, perguntam vocês? Primeiro: quando dizem "pode ser qualquer coisa" uma pessoa desconfia...peço a mochila que é mais cara? A capa de tablet? E se for a bateria auxiliar? Tem de ser uma coisa que eu use, também não quero abusar. Vai daí escolhi a caneca, porque joga bem com o blog. Quantas vezes não bebo chá enquanto escrevo, arriscando a vida do portátil? Depois: Como personalizar? Eu sabia que vos ia querer mostrar (num exercício de ego que diz ó pra mim, a receber brindes, qual pipoca da classe baixa) e não vos queria desiludir.
E assim nasceu a caneca que alberga o chá menos IN do pedaço. Surpresa das supresas: o brinde trazia um brinde (INCEPTION). E já decidi para que servirá o porta-moedas que personalizaram para mim: é lá que vou juntar todo o lucro que obtiver com contratos publicitários a partir do blog. Para já tem 20 cêntimos que o Moço me pagou para o referir neste texto. Já está.
A criei.eu acaba por ser uma sugestão pertinente para usar neste Natal que se aproxima e eu acho que o vou fazer nalguns casos (depois do processo de angústia inicial, as ideias começaram a fervilhar). Visitem, só se acharem por bem. E não se esqueçam de seguir este fantástico exemplo: ofereçam-me coisas. Hoje a caneca, amanhã a viagem uma Bali.
Eu vou já inscrever-me na próxima maratona e começar a treinar. Arranjo um PT, juro por tudo. Vai ser ginásio 8 dias em cada semana de 7. Já estou a cortar o passe e a carta de condução com a tesoura da cozinha: a partir daqui vou a pé para todo o lado. Talvez arranje uma bicicleta para as distâncias maiores. Passo a comer essencialmente relva e sementes. Renego aqui ao arroz e a todo o tipo de hidrato, mesmo a ocasional batata frita. Nunca mais entro num McDonalds (certo, nem passo no Drive Through) e apago o número da Telepizza. O pacote de Futebolas que descansa na dispensa para situações de emergência, vai diretamente para o lixo.
Mas não me tirem o bacon, por favor. Pois dos que comem bacon com ovos ao pequeno almoço será a eternidade.