Sempre disse que a beleza da lua era relativa - faço agora o mesmo para o tamanho. A lua é sempre um planetazinho secundário cheio de pó e buracos, que nem sequer tem luz própria. A não ser que a olhemos com um filtro bom do Olhagram.
Ontem estava sozinha e não vi a lua. Mas olhei para ela no Domingo, ao lado do Moço e pareceu-me gigante.
A lua estava igual. A lua é sempre e só um planetazinho secundário, empoeirado e cheio de buracos. Não há equipa de limpeza que lhe valha, e os buracos são tão grandes que nem para jogar golfe servem. Não tem luz própria, de maneira que até para se fazer ver depende de outros.
Só está relacionada com o amor de duas maneiras:
Não tem oxigénio. Como tal, também nos deixa sem fôlego.
Orbita em torno de outro planeta. Como quem se esquece de si para viver em função do outro.
Nisto de se ver a lua e achá-la bonita, aplica-se a velha e boa regra: a beleza está nos olhos de quem vê.
É por isso que a lua pode ser só um satélite vulgar com crateras inconvenientes.
Ou pode ser uma musa inspiradora, símbolo de amor. É só estar a olhá-la de uma praia, pela mão dele. Isso é que é uma super lua. Mesmo que seja só um quarto minguante.