Vamos a coisas menos graves (e daí...)
Consegui que o Moço deixasse de roer as unhas. Acho que já vos tinha contado e explicado como. O certo é que ele, como só estava habituado à cabecinha de dedo desnudada, começa logo a ficar muito incomodado com meio milímetro de unha. E repete incessantemente (enquanto não o faz mesmo): tenho de cortar as unhas.
Outra coisa: estava mesmo a apetecer-me um croissant misto (já sei que vou morrer com açúcares no corpo, não me chateiem), mas não podia sair de casa na altura. Já vos disse que sou uma mimada? Pois o Moço voluntariou-se para me ir buscar um croissant ao café do outro lado da rua.
No regresso, já estamos os dois a afinfar o lanche, conta-me ele que o senhor do café (o dono, não o que o serviu) estava alegremente atrás do balcão, a conversar com uma rapariga, enquanto...cortava as unhas. Juras? Juro. Cortava as unhas e atirava-as do balcão para o chão, disse-me ele. Sei que a PJ anda ocupada com os terroristas, mas onde andará a ASAE? Enfim. Eu já não queria acreditar nisto, quando ele me informa da ironia maior: a rapariga com quem o dono do café conversava é a manicura que trabalha ao fundo da rua.
Voltando ao primeiro assunto. Agora, sempre que o Moço se queixa que tem as unhas grandes, sugiro que vá ao café. Aparentemente o local ideal para tertúlias de unhas. Mas já não insisto que me traga croissants.