Mixtape
O concerto estava marcado para Julho e comprámos os bilhetes 3 meses antes – nem pensámos que podia ser cedo demais para fazermos planos a longo prazo. Como é que não pensámos nisso?
Ainda nos estávamos a conhecer e tivemos a pretensão de saber o futuro.
Sabíamos mesmo.
Eu, tão racional nestas coisas - sempre a dar um passo atrás e dois à frente – não pensei. E ainda bem que não me permiti parar para pensar – essa coisa feia que às vezes nos impede de avançar.
Três meses antes marcámos o concerto, comprámos os bilhetes. E no momento a seguir já estava à chuva, com o meu vestido preto de verão e o casaco dele sobre os ombros, envolta nos braços dele, a juntar-me à multidão de pé que fazia aquele “ooh oh oh ooooooh” final da canção, já final de concerto. Ele nem sabe que me apeteceu chorar de felicidade (que senti os tais picos nos olhos).
Uma música que mal conhecia, a que fazia fast forward sempre que começava a tocar no meio do álbum, tornou-se capaz de evocar um momento tão bonito (sensações tão memoráveis). Para sempre.
Nota: E caramba, que artista, que besta de palco, que é este Jamie!