Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

21
Jun16

Menti-vos

Maria das Palavras

A Rosa d'O Principezinho | Teatro Byfircação | Maria das Palavras

 

Disse que vos ia deixar ver primeiro O Principezinho (atenção que o passatempo termina amanhã!) e seriam vocês a dar-me a opinião depois de verem. Mas acabei por conseguir ir ao teatro no passado Sábado, aproveitando que tinha cá a minha irmã que ainda não tinha levado a conhecer o trabalho da Byfurcação. E lá fomos a'O Principezinho (no Príncipe Real, curiosamente). Podem dar vocês a opinião na mesma, claro. Só que eu dou já uma achega. Achei a peça mais serena e séria que as outras que vi (as crianças ficaram hipnotizadas até ao fim na mesma, mesmo sem tantas canções e luzes e com menos atores) e mais fiel ao livro. Aviso já que vão adorar o bêbado e a serpente e que também não serão imunes à canção final e sairão de lão a trautear bla-blus. No fim, a minha irmã disse exatamente o mesmo que eu disse quando, há meses atrás, fui ver a Cinderela: estes atores devem divertir-se imenso. 


Cá fora, na entrada do MNHCN havia um mercadinho com artesanato e gulodices, um tocador de contrabaixo e muita gente ao sol (não só para ver a peça, aguardando indicação na escadaria principal). Fiquei com vontade de conhecer melhor o museu e os seus jardins também. Mas não comi nenhum crepe no mercadinho. Digamos que já tinha passado antes a um sítio para comer um gelado (sshhhh) porque estacionamos mais abaixo no Chiado e passeámos a pé, passando a São Pedro de Alcântara (que também está todo enfeitado ao jeito dos Santos).

 

Água para canitos no mercadito do MNHCN  | Foto Maria das Palavras

Temos tudo pensado! 

 

Entrada do MNHCN - O contrabaixista | Foto Maria das Palavras

 Música maestro.

Na Magnum Lisboa (Take 2) | Foto Maria das Palavras

O meu round 2 na Magnum Lisboa (têm mesmo de experimentar). 

Estáuas em São Pedro de Alcântara | Foto Maria das Palavras

 Este rapazinho não arreda pé do arraial de São Pedro de Alcântara.

 

Sigam-me no Instagram @mariadaspalavras, no Youtube aqui e no Facebook aqui.

12
Jun16

Os Santos que não marcham

Maria das Palavras
Manjerico PartyLand: http://www.partyland.pt/manjerico-grande.html

A minha primeira experiência nos santos populares de Lisboa foi o ponto de partida que determinou o tom para todas as outras: era uma sexta-feira 13, comemos pouco e fomos muito apertados, acabou comigo a ficar presa no elevador do prédio às seis da manhã e uma sirene de bombeiros a acordar a vizinhança toda. 
 
O problema nem são as sardinhas a preço de ouro e sem a qualidade a que uma pessoa originária de Leiria, ali a um passinho da Nazaré e das suas peixeiras das sete saias, está habituada. O problema é que toda a população de Lisboa acha que cabe ali naqueles talvez 2 km quadrados, quando durante o resto do ano, é preciso um distrito inteiro para as albergar.
 
Não me interpretem mal, um aperto bem dado lá calha bem, mas apalpões de estranhos sujos com molho de sardinha, enquanto se sobe a Bica já dispenso. Uma música popularucha anima o espírito e sou capaz de largar a brejeira que há em mim e ensaiar um passo de dança, mas é preciso que consiga dar pelo menos meia roda sem cair em cima da senhora das farturas.

Ainda assim, todos os anos me convencem a revisitar esta experiência. Parece-me que as outras pessoas também não gostam de ir aos Santos, mas não admitem: então tentam levar toda a gente para não sofrerem sozinhas. Ou será uma questão de se rodearem de amigos para não serem apalpados por estranhos? Qualquer coisa deste género...
Eu, que sou alfacinha emprestada há mais de dez anos e venero esta cidade que é Lisboa, assumo que esta parte bairrista que desce a Graça e desfila na Avenida, para mim não marcha. E nem me ponham a falar dos casamentos de Santo António...
 
 
[Este texto foi publicado originalmente no Desblogue D'Elite]

Sigam-me no Instagram @mariadaspalavras, no Youtube aqui e no Facebook aqui.

04
Jun16

Maria das Imagens: Estufa Fria I

Maria das Palavras

A culpada foi a Isa. Fez-me notar que não é aceitável uma pessoa morar em Lisboa há uma porrada de anos sem ter visitado a Estufa Fria. Para compensar fui eu, finalmente, e levei a família. Não era só a Estufa Fria que eu não conhecia, aparentemente, era toda aquela ala à esquerda do Parque Eduardo XVII onde há bancos de jardim, parques infantis e senhores a vender gelados. Tirei muitas fotos e de facto só elas falam pela beleza do sítio. Deixem-se convencer.  

 

estufafria1.jpg

 

A caminho, aprecia-se a vista já bem conhecida da nossa Lisboa. 

 

estufafria2.jpg

 

 A entrada normal custa 3,10€ e estudantes, crianças, reformados pagam 1,5€.

 

estufafria10.jpg

 
Mas que bela foto, Maria...

 

estufafria9.jpg

 

As estrelícias adoradas da minha mãe.

 

estufafria8.jpg

 

Há uma estufa fria e uma estufa quente. E eu já não faço ideia qual é qual... 

 

estufafria7.jpg

 

Para verem que há mesmo plantas de todo o mundo. Até do outro lado do mundo.

 

estufafria6.jpg

 

Começo a achar que devia ter apontado o nome das plantas que fotografei para vos dizer...

 

estufafria5.jpg

 

Não, não são os meus pézinhos, que eu estava do lado de cá da lente.

 

estufafria4.jpg

 

Continua...

 

Sigam-me no Instagram @mariadaspalavras, no Youtube aqui e no Facebook aqui.

03
Mar16

Maria das Imagens: LX Factory II

Maria das Palavras

As primeiras imagens que vos mostrei do LX Factory foram captadas cá fora (sim, à chuva). Estas agora mostram um pouco do espaço interior dos espaços onde entrei - que não foram muitos, confesso (tenho mesmo de voltar). Apaixonem-se, como eu, pela livraria gigante (a Ler Devagar). No primeiro andar há uma espécie de casa das máquinas da antiga fábrica que lá operava, que tem um auto-intitulado dessert place, que é o O Bolo da Marta. Não provei (já disse que tenho de voltar?), mas dei bem alimento aos olhos. E fui um custo não trazer um dos blocos de notas da livraria, nomeadamente aquele cujas folhas são de toalha de mesa! Quem é que nunca rabiscou uma toalha de mesa num restaurante? O segundo espaço é o do Café na Fábrica, que me lembra muito a primeira casa da minha avó. Adorável. E tudo uma delícia. Viva a arte do napperon

lxfactory9.jpg

 

lxfactory10.jpg

 

lxfactory11.jpg

 

lxfactory12.jpg

 

lxfactory13.jpg

 

lxfactory14.jpg

 

lxfactory15.jpg

 

lxfactory16.jpg

 

Sigam-me no Instagram @mariadaspalavras, no Youtube aqui e no Facebook aqui.

02
Mar16

Maria das Imagens: LX Factory I

Maria das Palavras

No Sábado, depois da visita à Ericeira, fomos ao LX Factory. Estava pejado de turistas e Lisboetas, mesmo sob a  chuva insistente dessa tarde. Não passava lá desde que eu e o Moço fizemos um workshop da Nestlé no adorável espaço-cozinha Kiss the Cook. Nunca tinha visitado com olhos de ver. É claramente um "bairro" com a mania que é alternativo e portanto é IN. Muito hipster-coiso-rock-chic, com um travo de pseudo-intelectual e uma onda de I don't care, but really I do, que equilibra o moderno e o rústico, o cuidado com o descuidado.  Não consigo rotular, já perceberam? Porque é um espaço cheio de personalidade. Por isso, por hoje, deixo que as imagens falem por mim e vos digam o quanto gostei e quero voltar. E esta é só a primeira parte (são gritinhos de excitação, que oiço?).

lxfactory1.jpg

 

lxfactory2.jpg

 

lxfactory3.jpg

 

lxfactory4.jpg

 

lxfactory5.jpg

 

lxfactory6.jpg

 

lxfactory7.jpg

 

lxfactory8.jpg

 

Sigam-me no Instagram @mariadaspalavras, no Youtube aqui e no Facebook aqui.

13
Abr15

Rato do campo, rato da cidade

Maria das Palavras

Vista de Lisboa - Wikipédia

 

Os meus pulmões habituaram-se ao monóxido de carbono e acho que fico doente sem ele. Gosto da calçada com buracos e de ter de pensar duas vezes no que calço por causa dos ladrilhos fora do sítio. Gosto que me virem a cara e não me obriguem a dizer bom dia, porque a verdade é que não me conhecem e seria um desejo vazio. Gosto que me deixem andar sozinha e finjam que não vêem se tropeçar e cair no chão (estou a assumir que não fiquei inconsciente). Gosto de ter as lojas todas no mesmo edifício grande a que chamam shopping - e o verbo não engana, mesmo que não seja tão pitoresco como as lojas de rua a que admiro a fachada e também moram na cidade. Gosto das histórias dos grafittis, mesmo que digam "Amutxi Sara". Gosto de estar à vontade na loja, sem ser notada e sem que me ofereçam ajuda porque há mais a quem acudir - eu peço, se precisar. Gosto das salas de cinema com 20 filmes mesmo que eu só vá ver um e já sabia qual. Gosto das luzes do trânsito que apita, mesmo que não goste de me engarrafar nele. Gosto do movimento que não pára, da vida que não se esgota, das sirenes e dos gritos da vizinha que tem a cara do resto da multidão. Gosto até das coisas que não gosto, só porque fazem parte desta cidade que eu amo e é Lisboa. Da mesma forma que gosto dos defeitos das pessoas que são minhas, só porque são elas e as aceito por inteiro.

 

Nasci no campo e sou rato da cidade. Que (des)graça a minha.

 

Sigam-me no Instagram @mariadaspalavras, no Youtube aqui e no Facebook aqui.

03
Nov14

Não és lisboeta, és só parvo

Maria das Palavras

Ser lisboeta ou ser parvo

 

SOU PARVO

Sou parvo, gosto de escrever ideias pré-concebidas para ter os meus minutos de fama. Os meus avós (produtores de bom vinho, ao contrário dos avós dos lisboetas) poderiam confirmá-lo, apesar de ser eu que tenho os títulos pomposos e um nível de instrução que me permite ser parvus honoris.

Sou parvo e gosto de dizer que os lisboetas têm o L, sem me informar devidamente acerca do que isso é ou onde se usa (ou quando se usou). E também não tenho bem noção se o elétrico anda ou não na segunda circular a empatar o trânsito.

 

Não cuspo no chão - como os lisboetas - mas cuspo para o ar todas as idiotices que me vêm à cabeça.
Não atiro beatas às janelas - como os lisboetas - mas atiro bocas aos alfacinhas, que é de gente instruída.
Apanho as cagadelas dos canitos - ao contrário dos lisboetas - porque é assim que acumulo tanta merd* para escrever.
Aproveito os sinais vermelhos para escrever crónicas à pressa - só pode.

Sou parvo e, até conheço os meus vizinhos, mas nenhum fala comigo e não consigo perceber porquê - devem ser lisboetas. Dou sempre gorjetas e esmolas. E lições - gosto tanto de dar lições. 

Sou parvo e não tenho medo de greves dos transportes - provavelmente estas crónicas pagam-me o combustivel para não ter de depender delas. Não tenho orgulho em ver celebridades, porque me acho uma. Mas não vão passar por mim de qualquer forma, porque vocês estão todos enfiados no Colombo e eu esse chão não piso.

Sou parvo e não entendo que o mal não está em chamar alfacinhas aos lisboetas (que é para o lado que dormem melhor) mas sim no tipo de atitude com que se o faz,

Sou parvo, sou o que quiseres, agora lisboeta é que não sou.

 

 

(Eu não sou lisboeta - só emprestada e já vi cuspirem o chão em várias cidades. Este tipinho atiçou-me o nervo, como atiçou despropositadamente mais polémicas regionais. É só ironia? Pois bem, também o meu texto. Assim rimo-nos todos.)

 

 

 

Sigam-me no Instagram @mariadaspalavras, no Youtube aqui e no Facebook aqui.

Seguir no SAPO

foto do autor

Passatempos

Ativos

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

O meu mai'novo

Escrevo pr'áqui







blogging.pt

Recomendado pela Zankyou

Blogs Portugal

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2016
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2015
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2014
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D

subscrever feeds