Este artigo saltou-me à vista no Facebook, cortesia dos likes das minhas amigas casadoiras. Enuncia sete frases com que não devemos aborrecer a noiva no dia do seu casamento, enquanto pessoas amigas, parece-me. São elas:
"Quem paga isto tudo?"
"No meu casamento, eu fiz..."
"Eu tenho mesmo que me sentar ao lado dessa pessoa?"
"Precisas de uma outra bebida!"
"Eu aposto que isto não dura."
"Pensava que nunca te ias casar."
"Qual é o plano depois da lua de mel?"
Se incomodam? Talvez, e o artigo até está certo. Mas, em tendo de escolher, lembro-me de umas quantas que seriam piores. Chamem-me picuinhas, mas eu era mais menina para querer evitar estas cinco frases em dia de casório, vindas de uma amiga:
"Queres mesmo o vestido todo branco ou esta mancha de vinho aqui não faz mal?"
"Ui, essa borbulha na testa está mesmo a rebentar!"
"Ao menos vais casar com um homem que é bomba na cama!" (piscar de olho)
"Toda a gente que este padre casa acaba a divorciar-se...LOL!"
"Desculpa incomodar, mas tens alguma chamada do teu noivo? Não o estamos a conseguir contactar."
Que se senta ao pé de ti num sítio público (cinema, autocarro, etc) quando há outros 385 lugares vagos onde não teria de se encostar a ninguém. Porquêêêê?!
A única vantagem é que ficas a saber que não cheiras mal, não tens aspeto de estar com uma doença contagiosa por mais que estejas branca de ainda não teres ido tanto à praia quanto toda a restante população e, claro, que o teu ar rosnador não surtiu efeito e até consegues parecer aquilo que tens a certeza que não és (simpática).
Como a minha irmã está pela terra, fui eu tratar de uma questão da matrícula dela à escola. Perguntaram-me se eu era a mãe. A MÃE de uma marmanja de 20 anos.
Suponho que ela não vai à mesma ótica da senhora que perguntou se eu fazia 13 no dia em que fiz 18, atingindo assim a maioridade com renovada confiança no meu aspeto escanzelado.
Uma pessoa anda pelo Facebook ou pelo Instagram e deprime: fotos de gente em Paris, gente em Santorini, gente no Algarve, gente em todas as cidades e praias do mundo, a beber cocktails e de pés na areia, mochilas às costas, plenos de vida e paixão e sol na venta. E depois existe gente que até nos faz sentir agradecidos por estarmos exatamente onde estamos: obrigada, campistas!