Maria das Palavras

Sou a blogger menos in do pedaço #8

Não tenho um único par de sapatos que me tenha custado um valor de 3 dígitos (nem muito perto). 

Conto Pingue-Pongue: A São e a Madalena V

A São e a Madalena - Parte I (Maria das Palavras)

A São e a Madalena - Parte II (BB)

A São e a Madalena - Parte III (Maria das Palavras)

A São e a Madalena - Parte IV (BB)

A São e a Madalena - Parte V

São esperava por Madalena como quem esteve demasiado tempo à chuva e só espera um raio de Sol.
Estava no terminal de chegadas do aeroporto há cerca de quinze minutos, que lhe pareciam duas semanas. Tinha uma placa brincalhona, onde se podia ler "Mrs Esteban" que ainda não sabia se devia esconder ou não - tendo em conta que não sabia se o caso Esteban continuava bem parado. Ou por outra, a mexer bem.

Naqueles quinze minutos bebeu as emoções todas de quem se reencontrava ali, a poucos metros dela. Leu as histórias de algumas pessoas em abraços: a filha que trabalha fora e conseguiu voltar a tempo do Natal, o marido que não via o seu bebé desde que ele ainda o era, o grupo de amigas que recebia a que vinha de Erasmus. O terminal de chegadas era uma partida para as emoções. 

Os últimos dias tinham sido os melhores e os piores de sempre e nem sabia por onde começar quando a Mada chegasse.
O romance lento e compassado com Tomás era feito de muitas palavras, muitos olhares, muitas esperanças, muitos passeios.  
A paixão descomplexada e veloz com Pedro era feita de muitos beijos e arranhões. Quatro paredes e pouco tempo para pensar.

Em simultâneo.
Tão bom e tão mau. Traía três pessoas (contando consigo) e não traía nenhuma (por não ter feito promessas) - dizia a si própria.
Quando é que ela se tornara esta pessoa? Tão feliz. E tão desprovida de valores. 

Imersa em pensamentos perdeu a chegada de Madalena...e a oportunidade de mostrar a placa. Ela chegou e São esqueceu tudo por um momento. Tornaram-se protagonistas de mais um daqueles abraços sentidos do terminal de chegadas.

Nenhuma das duas viu o Artur ao fundo. Afastado, sem estar escondido. A antiga paixão de Madalena, disparava fotos em sequência ao abraço das duas. E depois às palavras trocadas entre elas, emudecidas pela distância a que se encontrava. E depois ao percurso lento que fizeram até ao táxi.

(continua)

Lembram-se do Wolverine?

Depois da aventura relatada com o Moço para ele deixar de roer as unhas - e a sua interpretação com cotinhos de unha a tentar arranhar-me e a gritar WOLVERINEEEE...tinha mesmo de lhe oferecer esta T-Shirt. Abençoada Primark!

Palavras dos outros #1

Para ti, que me lês.

“Agora dão o abraço; depois dão o beijo; depois um diz amo-te e o outro responde amo-te;
e depois mais um abraço; e depois mais um beijo;
é todos os dias isto.

O amor é todos os dias a mesma coisa. E é por isso mesmo, por se repetir todos os dias, que é irrepetível.”

Pedro Chagas Freitas, in In Sexus Veritas

Inspira, expira.

Toc toc toc. Faz o sapato desta mulher apressada.

Ainda não passou a hora e já sei que estou atrasada.

Que raio de vida a minha, sem espaço para respirar, nem nada,

Socorrer aqui e ali, numa existência malfadada.

Deixem-me só escrever um bocadinho, para apontar esta nota:

Inspira e expira rapariga, senão um dia destes bates a bota!

Dois Dedos de Conversa #6

Querem rir um bocadinho?

Era o primeiro dia da semana de férias em Milfontes e fui com o Moço e outro amigo às compras para rechear a casa.
Uma das coisas na lista era Nutella (sua gorda!).

Eu: Falta-me a Nutella. Não encontro.

Amigo: Acho que vi ali (a apontar).

Eu: Não vejo...

Amigo: Esta! [a agarrar uma Mutella ou qualquer outra pasta de chocolate de uma marca que não é a Ferrero]

Eu: Isso não é Nutella.

Amigo: Eu sei...mas não é a mesma coisa?
Eu, o Moço e os funcionários todos do LIDL de Odemira: HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Pobre inexperiente. Continua assim e não agarra namorada nenhuma.

Atire a primeira pedra #7

...quem nunca espreitou de esguelha para o que alguém estava a escrever no telemóvel.

Serviço Público: Magic Pop Corn

Vamos esquecer por um bocadinho o incidente em que a minha amiga ficou sem dente por causa de uma pipoca e concentrarmo-nos nas pessoas que adoram pipocas só que:

a) têm preguiça crónica de as fazer,

b) as de microondas sabem a nojo,

c) as máquinas de fazer pipocas ocupam espaço,

c) e fazer no tacho é uma porcaria para limpar (sobretudo com caramelos e coisas assim boas).

Eu nem gosto de pipocas mas vi a cara de felicidade da minha irmã quando os meus tios lhe trouxeram um Magic Pop da Yoko Design - e mais quando ela fez a primeira vez as pipocas e percebeu que ia poder passar a ter pipocas a todas as horas do dia, num estalar de dedos. 
Uma caixinha mágica onde se juntam 75 gramas de milho e o aroma desejado (icing sugar, paprika, usem a imaginação).  A caixinha vai ao microondas por 3 minutos (e só tem de se agitar a caixa duas vezes a cada minuto que passa).  E POP. Fizeram-se as pipocas - deliciosas para quem gosta.

Lavar é um mimo, que a caixinha é toda em silicone e arrumar a binhinha maleável é em qualquer lado - só é preciso ter cuidado para não queimar as mãos a pegar nela acabada de sair do microondas.

O site da marca não parece ter venda online mas encontrei aqui na Amazon, versão verde. São praticamente 20€, mas para quem paga 3-6€ por elas cada vez que vai ao cinema, não deve achar caro.

É enfardar pipocas e ver filmes, minha gente, que o frio vem aí (não que este ano tenha chegado a sair).

Sem tirar nem pôr

porque escreves [em inglês é mais bonito: why you write]. escrevo desde que me lembro. tenho todos os diários que escrevi, desde os meus seis anos, guardados. já os reli porque queria perceber porque escrevia. escrevo desde que me lembro porque arruma os pensamentos e organiza memórias. leio aquilo que escrevo desde sempre. ajuda-me a perceber quem sou. relativiza as dores que parece que matam porque os caracteres lembram-nos que já sobrevivemos antes. os caracteres fazem-nos repetir sorrisos. escrevo desde que me lembro com a vontade que alguém me leia. é também por isso que escrevo. Dias de uma Princesa

Coisas que não deviam existir #2

Pequenos-almoços sem bacon.