Sou a blogger menos in do pedaço #36
Digo sempre chinelos (em vez de Havaianas).
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Digo sempre chinelos (em vez de Havaianas).
Ou "como identificar gente fina":
Sujeito: Sabes lá o azar. A minha empregada tem estado doente.
Eu: Ah, sim?
Sujeito: Sim, mas não é tudo. Pedimos à XPTO que já conhecemos para ir lá a casa substituir a nossa empregada enquanto está doente. Foi lá hoje...Caiu-lhe uma gaveta em cima do pé. Ficou com o pé todo desfeito a deitar sangue.
Eu: Txiii. Que azar. Tens um mau olhado qualquer lá em casa para as empregadas.
Sujeito: Coitada. Olha que ela nem se conseguia calçar, teve de pedir umas havaianas emprestadas à minha mulher.
Sabes que é gente fina quando até a empregada pede havaianas, em vez de chinelas.
O que me lembra de mais um post para a minha rubrica favorita...
É um processo mais rápido que o do Moço a preparar-se para ir para a cama dormir.
Nunca tive um bolo de aniversário com bonecos de massapão em cima (ou em forma de uma coisa qualquer, daqueles tão artísticos que se paga uma fortuna e não dá para comer nada).
Estão todos convidados para a inauguração de um projeto que eleva a minha pretensão a outro nível. Além de achar que escrevo relativamente bem [cof cof, essa pontuação é uma lástima, Maria] tenho a mania que sou boa a escolher presentes.
Já por mais de uma vez aconselhei sobre o assunto neste blog e a Framboesa deu-me [sem querer coitada, se soubesse não me tinha elogiado] o impulso final para o toque de saída.
É um tema que não cabe tão bem neste blog, que é mais sobre palavras e ironias da vida em geral – de sentido prático tem pouco, coitadinho. Por isso vai de proliferar blogs e criar um específico para este tema. Se a coisa correr mal há sempre um botão de "apagar blog".
No Consultório de Prendas vocês pedem-me sugestões quando não sabem o que oferecer a determinada pessoa em determinada ocasião e eu ajudo. "Ó Maria a minha enteada faz 20 anos, odeia-me e nem faço ideia o que o raça da miúda gosta que está sempre fechada no quarto a ouvir música em altos berros". E eu respondo no blog com uma ou mais sugestões: no caso seria claramente uns auscultadores para a miúda ouvir a música sem incomodar ninguém.
Debati-me seriamente com o nome porque aprendi recentemente que dizer “prendas” em vez de “presentes” não é bem. Mas depois escrevi como me soava melhor porque...o blog é meu!
Estejam à vontade para testar a minha (in)capacidade, lá no Consultório novo.
Parece que é um flagelo da humanidade em geral e português em particular. Quem nunca fez snooze dez vezes seguidas ao despertador que atire a primeira pedra. O Observador, com base em sugestões de Diane Gottsman, divulga 9 dicas para acordar melhor e depressa (e não parecer uma lesma em decomposição no processo de se estar pronto para sair).
Eu resumo tudo em 3 dicas bastante mais eficazes:
Agora, se já vos chega de parvoíce, com licença. Vou ali a Mira, falar com a filarmónica para saber o preço do serviço de despertador.
Em como hoje, dia 14 de Janeiro, já metade das pessoas falharam os objetivos para 2015?
Toda a gente anda a dizer que a cor da moda em 2015 é Marsala e eu chamo a isto bordô ou [pior] cor-de-vinho. Devo ter um pantone a menos.
[Em defesa de todas as moças que vêem esperança num caso perdido. Um post que se escreve no feminino, mas se deve ler sem género.]
Caríssimos pega-braguilhas,
Vão fazer a vossa vida para outro lado. Todos vocês que acham que, só porque já lhe disseram que não procuravam nada sério, não faz mal continuar a ligar-lhe, a perguntar se "está tudo bem" no messenger do Facebook, a visitá-la e a convidá-la de vez em quando para dar umas voltas, assim só quando vos apetece: larguem-lhes a braguilha.
É tão raro que o desinteresse em algo mais seja mútuo, ao fim de um tempo, como encontrar estágios bem remunerados.
Dizerem que não querem nada sério, assim logo ao início, não muda nada. Elas vão sempre deixar-se envolver (tirando a tal percentagem que é igual a encontrar políticos honestos), se é que não começaram já bem envolvidas, nesse caso de meia-leca.
Vão sempre alimentar esperança e ver uma mudança de intenções, que nunca existe (só em casos mais raros que os penalties à Panenka bem sucedidos). Vão sempre arranjar leituras e interpretações de acordo com o que sonham que aconteça - enquanto vocês deixarem, porque quando estão com elas, são sempre tão carinhosos. Ou quando elas já estão quase a esquecer o assunto, lá vem uma nova chamada. Elas vão sempre achar que se vocês mexem o café com a colher na mão esquerda, esse é o lado do coração e isso significa que agora é que se estão a apaixonar. E não é porque são parvas, é porque vivem numa ilusão alimentada pelas vossas mensagens a meio da noite, quando precisam de uma atençãozinha. Porque é verdade que lhes disseram que não procuravam um relação "naquele momento", mas haverá um dia que mudam de ideais, porque não pode ser aquele o dia certo para que isso aconteça? Já que era uma questão de timing...
Digam-lhes que não tem a ver com o momento certo. Tem a ver com a pessoa certa - porque essa, quando a encontrarem, até vos vai virar os pirulitos ao relógio e tirar-vos a noção de data e hora.
Chega a ser criminoso quando se apercebem que ela se está a apaixonar e mantém a (in)conveniente situação porque foram sempre francos. Isso não faz de vocês boas pessoas. Só conscientes da atrocidade que estão a cometer. Quem avisa que vai matar, não é menos homicida. E morrer de amor é tramado.
Serem "honestos" não torna o ato de de-tempos-a-tempos voltarem à braguilha dela (literal ou metaforicamente) menos maldoso.
São só amigos? Pois amigo nao empata amigo, por isso desandem que já estão a empatar. Deixem-na para quem está no"momento certo", que é afinal quem acha que ela é a "mulher certa".
A bica é um chá de café.
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