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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

29
Abr15

Aquela sala de cinema vai fechar

Maria das Palavras

Senti-o como um golpe pessoal - logo agora que a tinha descoberto.  

Senti-o como culpa pessoal - teria adiantado ter descoberto a sala antes? Teria feito a diferença eu não ter fingido que o meu cartão de estudante estava atualizado e ter pago só 5€ pelo bilhete?

Vai fechar aquela sala de cinema. Mais uma.

“The end” para mais um cinema em Lisboa: o Fonte Nova - Observador

 

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16
Abr15

Aquela sala de cinema

Maria das Palavras

Cinema Fonte Nova - Medeia

 

Moro à volta dela há uns dez anos: primeiro de um lado, depois do outro. Estive para ir lá cerca de muitas vezes. Nunca fui. Filmes em exibição há 30 anos, imagine-se. No último andar a contar de cima de um centro comercial pequeno, antigo mas cuidado, com lojas de nicho. Muitos filmes europeus, mas também passam os da moda. Poucos de cada vez: duas ou três salas? A bilheteira cá em cima, os filmes lá em baixo. 

Íamos a medo: esta sim seria a primeira vez. E se ninguém vai lá e é uma sala descuidada, com lixo, sei lá?...E se o ecrã não tem definição, o som não tem qualidade?...Que se lixe. Já é tarde para adiar outra vez. 

 

A senhora pára a conversa com a menina da banca de revistas e entra na divisória para nos vender um par de bilhetes. Sem nos culpar por lhe interrompermos a sessão de codrilhice. Nós divertidos com aquela bilheteira sem filas, os lojistas à volta continuam a conversar amenamente uns com os outros. 

Lá em baixo a porta da sala já está aberta e há ninguém para nos receber o bilhete. Entramos a medo. 
A sala simples e arrumada tem um perfume fresco. Não é mais pequena que as pequenas dos grande shoppings. Sem lugar marcado. Poucas pessoas espalhadas pelos melhores lugares. A maior parte das pessoas veio só consigo. A senhora da bilheteira espreita para reconhecer sentados todos os que lhe pagaram o ingresso.

E começa o Samba. Sem publicidade. Sem intervalos. Sem barulho de pipocas. Sem luzes de smartphones. E acaba o Samba.

 

Voltamos a pé, satisfeitos: o caminho desta sala de cinema para nossa casa pode fazer-se a pé e para mim isto é muito da felicidade. Voltaremos tantas vezes quando pudermos, ó Cinema Medeia do Fonte Nova. Sobretudo em noites de Verão, a pé, pela mão um do outro. Provavelmente, eu levarei um gelado que ele me oferece a caminho. Prometo que o devoro antes de entrar na sala, onde é proibido comer. Espera e vais ver.

 

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26
Fev15

O que tem em comum...

Maria das Palavras

...ver um filme brega no cinema e ir uma reunião dos AA?

Vamos até lá a olhar por cima do ombro, sabemos que não vamos fazer nada de errado (pelo contrário, até), mas há uma certa sensação de vergonha inerente e que está sobretudo na nossa cabeça. E, depois, entramos na sala e de repente estamos num espaço seguro: afinal estamos todos para o mesmo! 

 

 

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25
Fev15

Sou a blogger menos in do pedaço #47

Maria das Palavras

Admito que li e vi e - ah, o atrevimento - cheguei a gostar de: Harry Potter, o Crepúsculo, os Jogos da Fome, o tal do Grey. Não gostei de tudo, sobretudo nos filmes, e cheguei a desistir de alguns dos livros, mas não estupidifiquei a lê-los. Em nenhum deles procurei literatura clássica ou cinema alternativo: sabia ao que ia (fantasia e romances de cordel) e admito que também faz falta. É que só Kafka e física quântica também cansa.


[Há coisas em que ser do contra é fazer o mesmo que a maioria faz. Só que não admite.]

 

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17
Fev15

50 Sombras de Mamas

Maria das Palavras

[Isto não é uma crítica ao filme. Sobre isso já disseram tudo.]

Portanto, fomos ver o filme de que todos falam. Afinal cheguei a ler o livro e já agora completava o ciclo. Levei o Moço, que não foi obrigado, mas foi sob a promessa de ver mamas no ecrã. 

Enquanto lavava os dentes, antes de sairmos, fez notar que tinha de levar os óculos. Eu, solícita e a querer despachar-me, fui andando para a entrada e peguei nos óculos que lá estavam pousados. 

 

Fomos para o digníssimo centro comercial, passámos à Hagen Dazs - porque ele adooora o café de lá (estão a acreditar que é por isso, certo?) e fomos para o cinema. 
Já sentados na nosso lugar da sala 4, trailers a bombar, ele pede-me os óculos. Eu estava muito ocupada a perguntar na página de Facebook aqui do tasco se alguém sabia se o filme tinha mamas e disse-lhe para os tirar da minha mala. 

- Não estão aqui!
- Estão pois. 

Alcancei a caixa dos óculos, orgulhosa.

- Sabes que não são esses certo?


Se calhar - mas só se calhar - com a pressa, peguei na caixa dos óculos de sol e não os de leitura e afins.

De maneiras que houve mamas, sim senhor. E com os óculos de Sol postos numa sala escura, eram, de fato, 50 sombras de mamas.

Talvez tenha sido um boicote do meu subconsciente.

 

50-shades-of-grey-_2985755c.jpg

 

 

[Pronto, só uma nota sobre o filme: o ator que faz de motorista não era mais aquele que imaginariam como sendo o Grey? Um macho intimidante, em vez de um menino supé bonito com mommy issues?]

 

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24
Nov14

UAU do cinema: GONE GIRL

Maria das Palavras

Íamos ver Anabelle, de terror, mas fui traída pela internet que me deu uma hora errada de início de filme. Assim, entre os poucos que estavam quase a começar, escolhemos o que tinha a melhor pontuação no IMDB (Gone Girl - Em Parte Incerta), receosos, porque durava umas impressionantes duas horas e meia - não seria um erro fácil de sacudir, caso o filme fosse uma desilusão.

UAU Prémio de Cinema: Maria das Palavras


Mas não me arrependo de ter visto este filme. Porquê? Porque merece um UAU?

Se não fosse porque tem o meu eterno-jeitoso Ben Affleck ou o divertido (aqui não tanto) Neil Patrick Harris - o Barney the How I Met Your Mother - ou porque tem o melhor e mais twisty-intrigante enredo que tive oportunidade de acompanhar num filme já vai para um bom tempo: que fosse porque à saída do cinema encontrei 5€ no chão do parque de estacionamento. Ah, pobre fica feliz com coisas simples...

 

 

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