Contra todas as expectativas e sem destaques, com mais de 45 mil leituras este ano (apesar de ser um post de 2015) o post mais lido do blog em 2016 foi Como escrever dedicatórias (s)em fitas. Parece que anda aí muita gente com falta de inspiração para desejar sorte aos finalistas e as dicas que deixo têm ajudado alguns.
O POST MAIS PARTILHADO
Estava prestes a desligar o computador naquele dia quando vi o post do Guilherme no Facebook acerca das coisas que aprendeu a morar com a namorada. Li-o, ri-me muito e começaram a brotar ideias para um "direito de resposta": as coisas que aprendi a morar com o meu namorado. Este menino escrito às duas pancadas (nem chegaram a ser três) ultrapassou o texto Mulheres como o mais partilhado de sempre do blog.
O POST QUE EU GOSTEI MAIS DE ESCREVER
Confesso: os meus desabafos pseudo-cómicos são a coisa mais gostosa de escrever para mim. Quem me conhece sabe que falo mesmo assim como escrevo (na maior parte dos casos) e com o mesmo tom (o que tento passar pelo menos). Este tipo de posts escrevo-os num tirinho, sem pensar, e só releio mesmo uma vez para ver se estou a ofender muito alguém. Um dos que mais me divertiu escrever foi este sobre o flagelo das ecografias de bebés, mas qualquer um da coleção "flagelos" releio com gosto, porque escrevo com muito gozo. Também me estou a lembrar por exemplo do Viver por uma lente ou dos 3 Flagelos nos Concertos. São tão a minha cara.
O POST QUE MAIS ME ORGULHOU
Vou ter de eleger um que me tocou por ter tocado alguém. Quando escrevi a review acerca da Burguer O'Clock depois de ter jantado lá com a família não esperava nada em troca. Afinal o meu post gerou coisas boas e não estou a falar de jantares grátis para mim. O Pedro viu o seu bom trabalho recompensado - sem ser apenas com pancadinhas nas costas. Se ainda não foram experimentar o sítio: fiquem atentos...novidades no blog acerca disto já no início do ano.
O POST MAIS SOFRIDO
Toda a série Maria vai ao Ginásio me saiu bem do corpinho (e chegaram a ser 4 vezes este ano), mas tenho de eleger o da aula de cycling como o mais doloroso a todos os níveis (mas particularmente ao nível do rabo).
O POST QUE DESEJAVA NÃO TER ESCRITO Creio que ainda estou em tamanha negação que nem me apetece voltar a escrever o sucedido. Foi este.
O POST QUE QUERIA REPETIR
Eu sei que já vos fiz um top de Experiências Odisseias e creio que na altura não me foi tão fácil decidir em cada categoria qual a minha favorita. Mas ao escrever este título houve algo que me veio à cabeça e que dava os dois mindinhos para repetir amanhã (agora?) e voltar a escrever sobre isso (ainda no outro dia recordava nostalgicamente este dia numa janela de Facebook a contar a uma amiga que estava a escolher uma massagem): a massagem + esfoliação + circuito de spa no GSpa do Altis (já agora, desta vez também podia passar a noite).
A verdade é esta: sou uma sortuda. Tenho 30 anos e, mesmo notando uma mudança ou outra no meu corpo, como de tudo sem que isso se reflita de forma óbvia (vai daqui um beijinho para a minha celulite) no meu peso. Como tal, e ainda que tente tomar opções saudáveis, não fecho a boca a gulodices ou junk food quando me apetece. Não me calhou a lotaria, mas calhou-me um metabolismo fofo.
Já o Moço precisa de ter bastante cuidado na alimentação e faz exercício regularmente para não aumentar de peso. Eu tento acompanhá-lo. Tenho a dispensa e o frigorífico recheados de coisas saudáveis. Mas também tenho Nutella. E bolachinhas. E (sempre) gelados no congelador - o meu pecado-mor. E uma Gabriela (aka Bimby) que faz massa de bolos e panquecas numa questão de segundos. E quando como fora de casa, a Cola, as batatas fritas e (mais) gelados costumam vir a reboque. E não é que eu coma estas coisas diariamente. Mas nunca na vida estive proibida de as comer. Apetece? Há? Marcha. Felizmente sou esquisita com sobremesas (não gosto de cheesecakes ou doces de colher) e só gosto de comer chocolate se tiver fome (não consigo derrubar tabletes de enfiada) e portanto nalgumas coisas que devo evitar nem faço sacrifício.
Em Março planeámos uma viagem. Depois das festas e até lá, o Moço, que já come de forma saudável todos os dias da sua vida, vai estar numa fase sem-exceções para chegar mais perto do seu peso ideal que já não está longe (não se preocupem, sem violências, tudo acompanhado pela nutricionista, somos os dois bastante sensatos cá em casa). E eu - com certeza nalgum momento em que me estavam a baixar os acúcares e não estava em mim - propus-lhe o seguinte: eu faço o sacrifício contigo. No meu caso não é uma reeducação alimentar (o aconselhável) que tenho tentado fazer com ele já ao longo do tempo, é mesmo uma espécie de quaresma (só que são 66 dias em vez de 40).
Do dia 2 de Janeiro ao dia 7 de Março de 2017 não como: gelados, waffles, bolos, croissants, batatas fritas, futebolas, milho frito, pizzas, hamburgueres no pão ou sandes a servir de almoço/jantar, bolachas, nutella, molhos com natas, chocolates, gomas. Sei que algumas parecem redundantes, mas são as coisas que eu tenho de repetir na minha cabeça. Além destas coisas que aponto, de forma geral, vou tentar evitar gorduras, carnes vermelhas e pão para além do pequeno almoço. Refrigerantes absolutamente proibidos. E dar-lhe bastante na sopa e na fruta (coisas que gosto, embora nem sempre opte por elas hoje em dia).
Não pretendo emagrecer (se notar que isso acontece posso sempre carregar mais dentro do lote de alimentos ao meu dispor), pretendo sim comer de forma mais saudável e, sobretudo, acompanhar o Moço. Quem sabe, depois dos 66 dias, até vou conseguir evitar mais vezes todas as coisas da lista proibida? (Provavelmente, não).
Pensei seriamente se partilharia isto convosco. Mas como a falta de porcarias pode afetar de forma evidente a minha escrita mais vale contar-vos já o que se vai passar. Não me passa pela cabeça não cumprir de forma rigorosa o desafio (quando meto uma coisa na cabeça...), no entanto, antevejo sérias dificuldades e episódios de sofrimento atroz. Prometo partilhar convosco. Não percam...
Tenho para mim que não há nada que consigamos começar em 2017 (poupar mais, ser mais organizado, fazer dieta, entrar no ginásio) se não conseguirmos começar hoje ou num 22 de Outubro ou num 4 de Maio. Deixar para o ano novo é adiar. E a procrastinação é a prima ordinária da preguiça.
Pois que sim, também caio na tentação de as fazer e na ilusão de as cumprir. Aliás, este ano já fiz uma promessa para o início de 2017 que para mim equivale a ir de joelhos a Fátima...e sem roupa (disso logo vos conto). As resoluções são boas porque nos renovam a esperança e nos ajudam a enfrentar os factos do ano que acabou com tanto por fazer e tanto por mudar. E enquanto servirem para isso, mesmo que não passem de uma lista sumida a lápis que nunca vamos reler ou cumprir, pois que existam.