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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

11
Out16

3 coisas que me irritam solenemente em concertos

Maria das Palavras

3 coisas que me irritam solenemente em concertos - Maria das Palavras

 

1. O Bis
Vamos ser honestos, vamos? Essas músicas JÁ ESTAVAM NO ALINHAMENTO. Portanto quando fazem aquele numerozinho de ir embora e ficam à espera que o pública insista...no fundo estão só a enganar-nos. E nós aplaudimos. Ai que adoro ter de me pôr de joelhos por uma coisa que eles já tinham programado, vou-lhes bater palminhas por me fazerem de imbecil e tudo. É assim: têm mais para tocar toquem. Não têm: vão-se embora. Simples. Não gosto é de andar ali naquela: sera que vão voltar ao palco pela 65ª vez ou posso mesmo ir-me embora? É que acaba por se tornar numa espécie de Pedro e o Lobo. O público continua a pedir e eles continuam a vir. Quando não vêm mesmo já ninguém acredita e ficamos ali a pedinchar para o boneco.


2. Albufeira, quero ouvir-vos!
Paguei o bilhete, certo? Então quem canta SÃO VOCÊS! Nada dessas mariquices de "agora vocês" para o público (sobretudo nas notas mais difíceis, bem vos topo às vezes). É que não só eu não fui lá para ser eu a cantar o refrão (que aí até tenho uma escolha que é ficar calada) como não paguei para ouvir as centenas de marmanjos desafinados à minha volta. Se não quisesse ouvir alguém que soubesse cantar tinha ido ver o Pedro Abrunhosa, am I right
 
 
3. Ficha técnica ao vivo
Agora vamos lá apresentar os músicos todos que isto o vocalista é tão importante como o rapaz dos ferrinhos. Verdade. Mas se num dueto isto é tolerável, numa orquestra sinfónica nem tanto. Depois dos músicos todos vêm os técnicos de som, de luz, o departamento de relações públicas, o Horácio que montou o palco. Poupem-me. Eu também tenho um músico lá em casa e não me importo de ler o nome dele no programa em vez de ouvir um nome de cada vez, numa lista mais longa que algumas das músicas. E depois há sempre aquele fenómeno: quando começa o ditado de nomes ainda batemos palmas com vigor. Quando chega lá atrás ao baterista as palmas já estão tão fracas e regulares, como quem está ali a bater castanholas já sem ouvir quem está a aplaudir, que o homem até fica com o ego desnutrido. 
 
 
 

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14
Set16

O flagelo das datas redondas.

Maria das Palavras

Ou: será que 2016 nunca mais acaba?

 

O presente ano festeja 30 sobre a magnífica colheira de 1986 "onde moram" a maior parte dos nossos amigos chegados (e os não tão chegados). Onde moro eu também e o Moço. E é uma pressão desgraçada. Estar presente no aniversário de todos os amigos já é complicado num ano normal em que nem todos querem festejar, então imaginem num ano destes onde todos querem fazer uma festinha especial - ou quando não querem, os respetivos conjuges, amigos, familiares sentem-se pressionados a preparar supresas. Nunca pensei ser daquelas pessoas que temem os 40 (ou seja que idade for). Mas se os 30 são isto, daqui a dez anos a festa repete-se em modo mais gordo e eu, com outra década em cima, terei ainda menos paciência para palhaços coloridos e menos criatividades para me multiplicar em mensagens fofinhas para a ocasião (escritas, em vídeo ou grafitadas num mural de prédio).


É um problema sério. Já olho para os emails e mensagens que começam com "Este ano é uma data especial..." com o mesmo entusiasmo que aqueles de spam que começam com "Quero deixar-lhe a minha herança..." ou anúncios do Vaporeto Titanium. E é injusto porque quem fez os 30 no início desta vaga ainda levou com os meus sorrisos entuasiamados e o meu empenho total e agora já é mais uma espécie de "palminhas para ti, fazemos todos anos ciclicamente, sim?.

Assim sendo proponho-vos que abaixo assinem pelo fim da ditadura das datas redondas. Que se celebrem os 24 com o mesmo fulgor dos 30. ou os 57 com o mesmo fulgor dos 40. Ou vice-versa. Que cada ano seja especial de acordo com a vivencia própria e não pelo sistema numérico adotado no país. Da minha parte vou tentar criar um calendário da próxima década, em que cada amigo escolhe um ano para fazer "a" grande festa. Um deles vai ter surpresas aos 31, outro vai ter vídeos com mensagens aos 32, e por aí adiante - e já agora em datas em que eu possa sempre estar presente sem desiludir ninguém - e assim distribuimos o entusiasmo e eu não chego a Setembro com este espírito de mula...

 

 

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03
Ago16

Disco-nhecas

Maria das Palavras

Disconhecas - Maria das Palavras (Imagem Pixabay)


Eu podia culpar a idade. Dizer: ah, para mim as discotecas já tiveram o seu tempo...
Seria mentira. A verdade é mais parecida com isto: lá vai o tempo em que aturava fretes e às vezes ia a discotecas para acompanhar o pessoal (que felizmente também já acalmou essa febre). Não quer dizer que não me conseguisse divertir, mas nunca consegui integrar-me naquele ambiente e sempre preferi um barzinho com a música mais baixa, um concerto (sentada), um restaurante, um passeio, um bom serão em casa...E na verdade o que eu prefiro mesmo é fazer tudo isso durante o dia e dormir à noite...mas isso são outros quinhentos. 

Passemos em revista as caraterísticas das disconhecas discotecas que me fazem alergias:


O horário vampiresco

Não é só que abram de noite. É que as pistas de dança já abrem de madrugada. Quando eu estou ali mesmo em ponto rebuçado para o sétimo sono, vamos abanar o capacete. Nunca percebi porque é que só é socialmente aceitável dançar a partir das duas da manhã, mas isso talvez seja porque não bebo. O que me leva ao próximo ponto.

 

Lubrificante social obrigatório

Tens de beber! Prova lá! #sóquenão 
Se eu quisesse beber, poupava o desgosto de não gostar de vinho tinto ao meu pai e acompanhava-o com meio copo à refeição de Domingo. Não bebo alcoól, mas se o fizesse dificilmente escolheria um sítio cheio de estranhos desorientados a enfiar mãos em tudo o que lhes aparece à frente para o fazer.
Também nunca precisei dele para me divertir - e sim, acabava por me divertir nas idas às discotecas, senão não valeria a pena por lá os pés, por mais que preferisse estar a fazer outras mil coisas (e a primeira da lista seria: dormir).

 

Sozinho ou acompanhado? Tanto faz.
Não vais conseguir conversar com ninguém mesmo...E eu nunca gostei de excursões à casa-de-banho (ahahaha, como se fosse usar uma casa de banho pública, e logo de uma discoteca). A única vantagem de ir com um grupo grande é se as outras forem horrendas e sobressaíres ou dançarem como fusos e os teus passos do século passado não parecerem tão mal. Só que mesmo aí há outro probleminha...

 

O engate discotequeiro

Diz muito sobre alguém que queira arranjar o seu príncipe encantado (ou mesmo a sua one night stand) neste ambiente enfumarado e barulhento. A receita perfeita para uma manhã onde a primeira frase é "mas o que é que eu fui fazer? (literalmente). A grande vantagem é que não precisas tentar adivinhar como é o físico daquela pessoa, porque se seguir o código da discoteca já está quase sem roupa. Portanto quase consegues perceber como a pessoa é no fato em que veio ao mundo. Isto se não pensares nos saltos altos, soutiens e calças push up, extensões de unhas e pestanas e cabelo, maquilhagem de cal...ok, esqueçam.


De forma que esta coisa das discotecas pop up de verão onde o mexilhão se pela para entrar (pelo tempo de tirar uma selfie pelo menos) merece da minha parte um revirar de olhos mais repenicado ainda. É que já não bastava isto tudo...ainda querem pôr AREIA à mistura? Não me lixem...

 

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30
Jul16

Um minuto de silêncio pelo meu bloco de notas virtual*

Maria das Palavras

Fiz um hard reset ao telemóvel que andava lento por estar mais cheio de porcaria que um glutão num buffet. Certifiquei-me que os contatos e fotos estavam sincronizados e que não ia perder nada importante. Com a conta Google sincronizada até as apps voltam a ser instaladas sem ter de fazer nada, embora, claro, se não forem de login, percam a informação anterior que não foi guardada.

Esqueci-me do Bloco de Notas. Com notas preciosas. Textos, listas, excertos, dicas, receitas, nomes, sugestões de prendas. Coisas a fazer, a escrever, a lembrar, informação sobre em que botão da campainha tocar quando visitamos cada amigo e voltamos a perguntar-nos se era esquerdo ou direito...enfim. Coisas que nem me lembro - era por isso que estava lá. Uma vida (pronto, dois anos). Chorem comigo. 

 

*Sim, tenho outros - muitos - de papel mesmo. Mas este estava sempre na ponta dos dedos.

 

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21
Jul16

O Flagelo das Ecografias

Maria das Palavras

Pintura na barriga, imagem Pixabay

 

Perdoem-me desde já a potencial insensibilidade deste post. Mas preciso desabafar convosco.

Ora bem, tenho 30 aninhos, em teoria aquela idade em que a minha avó me veria já com cinco catraios nos braços, na prática, aquela idade em que as amigas à volta começam a ficar grávidas. Eu adoro bebés e crianças - tem qualquer coisa a ver com o fato de também gostarem de mim e eu depois não lhes resisto - e muito embora não esteja ainda a planear ter um 24/7 em casa gosto muito de ver e mimar todos os meus "sobrinhos" e acompanhar as mamãs na aventura, a uma distância segura (eheh). 

O que acontece é que continua a haver alturas que não sei bem como reagir, talvez por me faltar ainda a costela de mamã. E uma das coisas que mais me custa é...reagir a ecografias. Pensemos naquelas normais em que se vêem sombrinhas pretas e brancas e com sorte distinguimos uma forma. A primeira coisa que me acontece (nalguns casos) é...querer muito ficar feliz, mas não encontrar o bebé...lembram-se desta cena de Friends? Sou uma tal Rachel.

 

 

Quando me explicam para onde olhar, ou se a forma já for bem definida, e eu orgulhosa digo que fico muito feliz com esta primeira foto do "nosso" bebé, na verdade o que estou a dizer é que fico muito feliz que esteja tudo bem. No entanto, há SEMPRE amigos no circuito capazes de me fazer deixar cair o queixo no chão com os seus comentários. Nomeadamente:


"Oh-meu-Deus. Vê-se tudo!"
Hein? Eu demorei séculos para perceber o que significavam as manchinhas e tu vês tudo? Vês alguns ossitos, sabes onde estão as coisas, vá, mas quer dizer...exagero, não?

 

"É parecida com a mãe!"

Se já me queixava neste texto da insistência desde recém-nascido no discurso "com quem se parece a criança" (parece um bebé! acabou de nascer!), ouvi-lo dizer a partir de ecografias, deixa-me totalmente à nora. 

 

"Tão bonito, está a dizer adeus!"

Não...não me parece. Por muito que o vosso filho vá ser daqueles que aos 2 anos já recita o o alfabeto de trás para a frente em três línguas...tenho bastante certeza que neste momento essa mãozinha para cima significa só que está a tentar arranjar espaço aí dentro e a ajeitar-se como pode para crescer bem...

 

"Que coluna tão bonita!"

Juro que isto aconteceu. A sério? Isto não parece quando um tipo está a tentar elogiar uma miúda feia e lhe diz que tem umas unhas perfeitinhas? Ou que adora o facto de ela ter nariz? Digam-me...é suposto elogiar os ossinhos do bebé? Sou eu que sou meio estúpida ou são eles que estão só a inventar qualquer coisa para dizer porque também não sabem?


Pronto, enfim. Gostava que talvez me pudessem melhorar o léxico e avançar algumas sugestões para expressar a minha felicidade que não pareçam superficiais, mas, que enfim, não soem a forçado. No meu caso, claro, porque juro que aquele "que coluna tão bonita" foi bem sentido por quem o disse. Eu é que sou a desprovida de coração do grupo...

 


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16
Jun16

Os Finalistas Crónicos

Maria das Palavras

diploma-1390785_640.png

 

Se antes as pessoas eram finalistas quando acabavam a licenciatura, hoje em dia são finalistas também os adolescentes no secundário, ou no 2º ciclo, as crianças na primária, os bebés na creche. Enfim, o difícil passou mesmo a ser não finalizar e fugir às cerimónias da cartola.

Próximo passo: cada vez que uma criança termina a sopa vai receber um diploma e um chapéu azul, na sua qualidade de grande finalista dos vegetais. Ou vai um miúdo de bicicleta de uma ponta à outra da rua e assim que chega já está lá um senhor a pedir discurso ao finalista da etapa sem rodinhas 2015/16. Ou termina uma sesta e acorda logo envolvida em fitas com dedicatórias por parte dos familiares.

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18
Mai16

Um dos medos que tenho nisso de ter filhos.

Maria das Palavras

É que nas primeiras ecografias se veja que é um menino e as pessoas comecem a dizer que vou ter "um pilas". Mas porquê "um pilas" senhores? Porque não dizer menino, catraio, rapaz, futuro homem, espécime masculino? Um pilas...

É que se for menina também ninguém diz que vou ter "uma vaginas", pois não?

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22
Abr16

Vão ter de ser fortes.

Maria das Palavras

Tenho uma péssima notícia para vos dar. Daquele tipo de coisas que muda a vida a uma pessoa e nos obriga a repensar todo o nosso futuro e pensar se o passado não terá sido apenas uma ilusão. Sentem-se, respirem fundo, tenham um contacto de emergência à mão para o caso de se sentirem mal. É isto: os camembert bites da Pans foram descontinuados.

 

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01
Abr16

O problema de se ver o Masterchef

Maria das Palavras

Se estiver com fome, quero comer tudo e crio uma poça de baba no sofá, que mais tarde vai fazer bolor.

Se estiver sem fome, além de me enjoar ligeiramente pensar em mais comida, quero apontar tudo (tudo!) porque me quero lembrar para um dia (nunca?) fazer todas aquelas receitas. 

 

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