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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

19
Fev18

Este blog não é sobre livros #14: O Fabricante de Bonecas de Cracóvia

Maria das Palavras
 

Livro novo 😊 @editorial_presenca #Livro #books

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Tem sido difícil arrancar-me do meu marasmo com a leitura. Foram precisos, literalmente, dois avião avariados para me dedicar com afinco a este. Não porque fosse desinteressante, gerou-me logo sentimentos mistos. Por um lado tem uma daquelas capas que apetece emoldurar, um nome que promete tanto e um tema que se cola à segunda guerra mundial, acerca da qual tenho um fascínio (negativo, pois claro). Por outro lado, mete magia e bonecas que do nada começam a falar. Tendo a não gostar de livros que não decidem se são realidade ou fantasia. 

 

Ainda assim, provando que o aspeto das coisa e das pessoas interessa sempre mais do que queremos admitir (aquela história das primeiras impressões) peguei nele - uma prenda de Natal - quando tinha outras dezenas em espera. 

 

E gostei. Não o recordarei como um livro que conta uma grande história (a história é singela, como às vezes as coisas que realmente interessam). Mas fica como o livro que conseguiu explicar com bonecas e magia e ratazanas uma coisa tão feia e crua e real como uma guerra. Para além da capa e dos terrores da guerra, continua aser um livro bonito. Ora experimentem. 

 

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09
Out17

Este blog não é sobre livros #13: Maré Viva

Maria das Palavras

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Acho que disse 100 vezes no Instagram Stories que era "hoje" que ia acabar este livro sem nunca ser. Apeteceu-me dizer ao livro "o problema não és tu, sou eu". E de facto assim era. Era eu que cansada de ler por obrigação ao longo dos dias, nos breves momentos de lazer queria antes morrer para a vida numa série. 


Foi preciso afastar-me um fim-de-semana, no meio da natureza (mas nunca sem wifi) para finalmente dar asas ao meu plano de devorar as últimas 200 páginas. Assim foi e eis as minhas conclusões:

 

Do que se trata?

É um livro escrito a duas mãos (por um casal) e creio que ganhamos todos com isso. É claríssimo qual é a estória principal (a que dá nome ao livro, aliás) - trata-se de um caso antigo de polícia que volta a ser investigado à luz do século XXI e as suas ferramentas e tecnologias, - mas outros temas e problemas se cruzam, no que é claramente uma discussão de ideias entre autores para inserir este ou aquele ponto de interesse.

 

O que gostei mais?

O primeiro capítulo é logo ele um bom thriller. Se há bons inícios, este é um deles. Não vou dizer nada sobre ele, porque perderia o seu efeito, mas - sendo curto - o primeiro capítulo tem todos os elementos de suspense que uma pessoa necessita para ficar presa ao livro.

 

O que gostei menos?

Não creio que seja spoiler ao dizer isto. Gosto de livros, filmes (histórias, enfim) que me surpreendam. Por isso vão ficar espantados se eu disser que o que menos gostei deste livro foi o final, que até é surpreendente. Mas não creio que seja uma surpresa construída ao longo das páginas. É mais uma surpresa inventada no fim para chocar, que tanto podia estar como não, que a estória continuava toda a fazer sentido. Pelo menos foi assim que li. 

 

Conclusão

O facto de ter adorado a abertura e gostado menos no fim, não é de todo para dizer que o livro perde a qualidade à medida que se passam as páginas. A trama prende e o emaranhado de personagens mantém-nos alerta. Se ficaram em dúvida, nada como começar por aqui

 

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29
Ago17

Este blog não é sobre livros #12: Vamos comprar um poeta.

Maria das Palavras

Afonso Cruz - Vamos Comprar um Poeta | Maria das Palavras

 

Não dobrei os cantinhos todos do livro porque o livro não era meu. Pensando melhor, não dobrei os cantinhos todos do livro porque se os dobrasse todos, seria igual a não ter dobrado nenhum. A estória não é extraordinária, mas o conceito, senhores! Um conceito levado ao extremo. A importância do inútil num mundo pragmático. A importância da arte num mundo de números. A importância de saber usar uma metáfora sem lhe chamar mentira. Ou chorar sem medir os mililitros de lágrimas. Quis guardar todas as frases, todas as ideias neste livro que se lê de uma vez só. Guardei só a vontade de ler (ainda mais) Afonso Cruz.

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06
Ago17

Eu nem gosto assim tanto de café...

Maria das Palavras

Café Amargo | Livro Clube do Autor

 

É a pura verdade. Mas este café de ler em vez de beber esperava por mim na estante e iam saindo notícias sobre o sucesso que fez em Itália. Depois a Magda leu e gostou. Neste livro encontrei vários tipos dele e dei por mim a ser apreciadora de vários. A saber: 

 

Café Morno

Começa morno este café. Repousa na chávena e vamos bebendo à espera de melhor. As primeiras páginas não prendem. Muito embora seja um tipo de escrita agradável, a autora descreve muito do que é o contexto económico, histórico e social siciliano logo ao início, quando o que queremos é conhecer melhor as personagens e como se vai afinal desenrolar a trama.

 

Café da Aldeia

É deliciosa a forma realista como sabemos do que se comenta por portas travessas acerca da vida da protagonista. Uma réplica das intrigas e diz-que-disses da vida real, relatada de uma forma única. 

 

Café (efetivamente) Amargo

É quando começamos a perceber para onde vai (e com quem) a vida de Maria que se revela a amargura do enredo. Os desafios em que se verá envolvida fazem-nos sentir que queremos intervir. Aconselhar a menina que à força será uma grande mulher.

Café Intenso

E é aí que o livro pede para ser lido, sem ser largado, progressivamente com mais vontade. É nisto que a autora é boa: a mostrar a força e a evolução da protagonista. A sua relação com os outros. O papel na história da(s) famílias. Maria começa como uma moça que preza a sua instrução, a sua música, a sua liberdade. Mal sabe o que a vida reserva para ela - algumas coisas que sempre estiveram à sua frente e ela não viu e outras que ela sabe mas não quer ver. As pessoas que rodam na sua esfera mereciam cada uma um livro: a mãe, a sogra, o marido ou a sua tia, de tão cheias de personalidade que são.

Pingo de Leite

Que é a minha forma favorita de beber café. Quando se encontra o equilíbrio certo entre a narração histórica (e factual) e a vivência das pessoas e dos sentimentos (ficcional) estou na minha zona de conforto. Aquilo que a meu ver a autora não consegue no início, consegue do meio ao fim com mestria. E continuamos sem querer pousar o livro. 

 

Café Curto 

Que é como quem diz: um italiano. O fim brusco faz-nos desejar mais. Fiquei com sede de um novo livro que narre a vida de Rita. A sua perspetiva de tudo desde a infância ao futuro que vai para além das páginas deste café. Quem é Rita? Leiam e descubram.

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06
Mar17

Vou ser expulsa do Livro Secreto

Maria das Palavras

Já vos falei sobejamente do Livro Secreto. Jurei que não queria meter-me na segunda edição e não lhe consegui resistir. Desta vez, enviei um livro para a troca que me disse muito quando chegou ao fim, mais do que durante. Que fala de “e ses”. Espero que me chegue, no fim de rodar todos os pares de olhos, tão rico como o anterior. Chama-se Contigo para sempre e é tudo menos um romance tradicional.

 

Ora, dizia eu que ia ser expulsa da iniciativa.Porquê? Tenho tido pouco tempo para estar atenta a todos os desenvolvimentos, mas sei que o lote desta vez é ainda melhor que o da primeira edição. Não sei de cor os livros que são, mas uns quantos são clássicos ou autores imperdíveis, alguns já li e outros aguçam-me muito a curiosidade. Entretanto, já me passou pelas mãos o primeiro livro da segunda edição da iniciativa. Enquanto espero o próximo e para matar os minutos de mais uma longa viagem de comboio peguei num livro que não é meu e dançava na estante dos sogros. Gostei tanto dele que partilhei citações no Instagram e no Facebook. Escrita deliciosa, argumento capaz, livro curto. Devia ter-me durando duas viagens e durou só uma. Lembro-me de pensar “Ainda bem que não é do livro secreto, senão não convinha partilhar as citações” – isto porque a ideia é que as citações favoritas da iniciativa vão chegando como surpresas às mãos do próximo leitor.

 

Quando partilho com M.J. (presidenta do Livro Secreto) o livro que tinha adorado e que jurava eu ela também ia gostar, ela diz-me que é um dos da iniciativa. Grande OPS. Acabei de o ler fora de tempo. E pronto, não vou ser expulsa, que o perdão é divino, mas da argolada já não me livro. Livro. O livro foi este. Não falo mais dele para não estragar (mais), mas podem clicar na capa para detalhes. E não digam a ninguém, mas recomendo muito. 

 

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17
Jan17

Este blog não é sobre livros #11: Quero-te Morta

Maria das Palavras

Quando escrevi este texto tinha acabado de ler uma história ficcionada sobre o rapto de uma menina e fiquei cheia de vontade de ler histórias verídicas. Uma das que listei foi este Quero-te Morta (cliquem na capa para detalhes) que o Clube do Autor teve a simpatia de me enviar (já que eu estava curiosa). O realismo deste livro está nas sensações e não na história: a protagonista é vítima de assédio e perseguição por parte de um ex. Coisa que o autor já sentiu quando foi perseguido por uma das suas leitoras que levou o conceito de fã muito a sério. Assustador, certo?

 

No início baralhou-me porque o livro abre logo com algo emocionante que seria próprio de fim ou meio de livro e está logo nas primeiras páginas, pelo que achei que logo ali ia começa a decair. Mas é mentira, continuei a ler e fiquei cada vez mais empolgada com a leitura, para saber como se ia desenrolar cada plano a partir dali. Temos sempre várias perspetivas e histórias que se entrelaçam, os capítulos são curtos, e isso são dois fatores que me prendem. Quero sempre ler mais um. Mais um. Mais um. Só mais um.

Algo que gostei particularmente foi como alguns momentos não foram previsíveis. Ou seja, temos a certeza que determinada coisa vai acontecer, porque tudo aponta para aí, mas o autor escusa-se ao óbvio e vai arranjar outras surpresas. Mesmo que as perguntas "quem fez isto?" ou "porquê?" estejam respondidas quase desde o início, é curioso ler como se desenvolvem. As tramas secundárias também existem e adicionam outros elementos de surpresa. E mesmo depois do que seria "o fim" o livro continua a acontecer


Fica a recomendação, para quem gosta de policiais e fica (para mim) a vontade de ler mais deste autor e desta série de livros. A história gira sobretudo à volta da protagonista, mas Roy Grace, o detetive, e a sua vida profissional e pessoal tomam uma boa parte do livro. Este é o 10º livro de Peter James sobre o detetive Roy Grace. Logo de início percebemos que em livros anteriores algo de importante e definidor se passou na vida dele e tendo em conta a forma como o livro termina estou muito curiosa para ver os próximos capítulos (há pelo menos dois que já estão escritos, mas não sei se estão publicados por cá)...

Ficaram curiosos?

 

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11
Jan17

Livros irrequietos. Também querem?

Maria das Palavras

Livro secreto - Iniciativa do blog E agora? Sei lá!

 


No final de 2015 a M.J. teve uma ideia: pôr livros a dançar. O pessoal inscreveu-se, deu um livro ao manifesto e durante o ano de 2016 treze pessoas rodaram treze livros por todas as casas. Sublinhando passagens ou deixando comentários, tornando o livro mais vivido e a nós mais ricos quando ele voltasse às nossas mãos. 

 

Dos 30 que li em 2016, muitos livros pertenceram a esta iniciativa. O Livro Secreto (que para mim, devia ser o Livro Irrequieto) traz duas sensações quentes: a de termos o prazer de emprestar a outras pessoas um livro que nos diz algo e a de descobrirmos livros que nunca pertenceriam à nossa estante de escolhas. Já sabia que A Luz de Stephen King seria o meu favorito, surpreendi-me muito positivamente com A Pérola e o Navegador Solitário, gostei sem amar perdidamente do do Zafón, desiludi-me com o Plano Infinito da Isabel Allende e saltei capítulos inteiros do Cloud Atlas, num livro em que adorei umas partes e odiei outras. Li mais, mas não li todos (e não faz mal, a vida acontece e a iniciativa tem espaço para essa compreensão).


Este é o últimos dos 13 meses e ainda tenho um livro por receber (e ler) antes do meu. Para mim a desvantagem não é tanto a ladaínha dos CTT (que entre os portes editoriais que ficam mais baratos e o Moço me ajudar às vezes no transporte não é muito penosa) mas sim o acumular dos livros que tenho cá por casa e que também quero ansiosamente ler há tanto tempo. Ken Follet, O Pintassilgo, Anna Karenina e uma série de outros vão ficando para trás. Foi por isso que decidi que não faria parte da segunda edição...até me perguntarem se eu queria fazer parte da segunda edição. Não consegui resistir. As coisas boas desta iniciativa (ah, a sensação de uma encomenda no correio em vez de contas! e a surpresa da primeira vez em que ainda nem sabemos que livros andam a dançar na iniciativa!) ultrapassam as menos boas. E mesmo com a certeza que não lerei todos, em prol dos livros que já moram cá em casa, não quero ficar de fora. Não consigo. 


Venham comigo. Entrem na iniciativa. Prometo que não se arrependerão. Inscrições para o email eagoraseila@sapo.pt com o assunto livro secreto. Há logo a primeira parte excitante em que escolhem o livro que será o vosso irrequieto. Não escolham um muito grande (até 200 páginas é o aconselhado). No corpo de e-mail identifiquem-se, digam que livro querem enviar (só mesmo no email, que ele mantem-se secreto na primeira ronda) e digam se concordam que ele seja sublinhado (não é obrigatório).

 

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Falta-me só dizer que o livro que escolhi emprestar na primeira edição foi o minorca de 88 páginas A Contadora de Filmes, de Hernán Rivera Letelier. A história de uma família pobre onde quem tinha mais talento para contar histórias ia ao cinema para ver o filme e recontar a todos. Aconselho vivamente. Para a segunda edição não escolhi o livro: escolheu-me ele quando me fez sentir saudade ao olhá-lo na estante. Curiosos? Increvam-se. E saibam mais sobre toda a iniciativa no blog da sua autora.

 

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30
Nov16

Este blog não é sobre livros #10

Maria das Palavras


Os livros muito bons têm poderes mágicos. Dão-te vontade de escrever.

É a primeira vez que escrevo esta rubrica sobre um livro que não acabei ainda de ler. É porque não interessa. Aconteça o que acontecer nas últimas cem páginas este livro já me tem na mão - não sou eu que o seguro, ele segura-me a mim

Creio que foi também uma estreia que um livro me tenha surpreendido logo no segundo capítulo. Eu sei dizer porquê: porque me chateei quando percebi que o livro era uma sequência de contos. Só que não era.


Nem vou dizer mais nada. Só interessa se o lerem. Só percebem se o lerem. Só se apaixonam se o lerem.

Pela terceira vez este ano provo um aclamado autor português. Um dos "da moda". É a segunda vez que me apaixono. Que boas notícias para a literatura portuguesa: ter quem assim lhe acrescente valor. 


[Obrigada, meu Moço. Não tens de te chatear mais. Prometo que a partir de agora ponho à frente da fila os livros que foste tu a escolher para mim.]

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14
Nov16

Este blog não é sobre livros #9: De sete em sete

Maria das Palavras


"Não sou corajosa; apenas fiquei sem todas as outras opções."

 

Esta foi a minha citação favorita do livro. Quando acabei de ler o Inseparável, deparei-me com as primeiras páginas deste De Sete em Sete (podem clicar na capa para ver detalhes). E vi nele uma das coisas que mais me cativou no outro: o tom da menina que nos fala (o autor que nos fala com voz de criança). Ao ler mais deparei-me com outras semelhanças - pura coincidência: o gosto das duas pela cor vermelha, os caracóis indomáveis. As duas são crianças fora do comum, com um incidente de vida fora do comum. 


A capa é uma boa metáfora da estória: a menina rema contra a maré. A menina de uma inteligência fora do vulgar vê-se numa situação fora do vulgar. A menina perde a vida como a conhece quando perde os pais e deixa mesmo de contar de sete em sete - depois perceberão. A improbabilidade da situação em que se encontra é flagrante e ao mesmo tempo...ela consegue calculá-la. 

É um livro incrivelmente simples com uma mensagem poderosa, que se lê como se barra manteiga no verão. Não damos pelas páginas a passar, porque é a Willow Chance que vai passando por nós. Ela e as outras personagens, todas de personalidades diferentes e vincadas - únicas, como as pessoas reais. Se vão gostar? Leiam as primeiras páginas e digam-mo vocês

 

 

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10
Out16

Este blog não é sobre livros #8: Inseparável

Maria das Palavras

Foi a capa que me seduziu, confesso. Embora tenha aprendido depois que a capa só traduz um momento metafórico. Que o livro é muito mais sobre a vivência separada de duas pessoas que são inseparáveis - mãe e filha, do que propriamente sobre o rapto. Podem saber detalhes do livro (sinopse, preço,...) clicando na capa. Mas o que vos quero contar é sobre a minha experiência ao ler este livro que é uma ficção a imitar uma possível realidade.

 

Uma menina é raptada sem sentir que isso acontece. E é isso que torna tão difícil que a situação se inverta e que torna tão grande a sensação de desespero de quem lê. A cada momento quis gritar à Carmel: não é isso, não acredites, questiona. O livro conta-se a duas vozes: da mãe e da filha, Carmel. E preferi sempre os capítulos da Carmel. Primeiro por olharmos o mundo com a inocência de uma criança, através das suas descrições. Depois porque é do lado dela que o mistério se adensa e que a trama impensável se desenrola. 


Não creio que o que vá dizer a seguir seja um spoiler, pois o título já diz que são inseparáveis e eu já sabia disto quando comecei a ler sem que me tenha estragado a experiência. Mas se não quiserem saber uma coisinha sobre o desfecho (o desfecho não faz o livro, de forma nenhuma) não continuem a ler este parágrafo. Mãe e filha acabam por se reencontrar. Mas o livro é sobre o percurso e não o reencontro. De forma que a minha maior crítica e o meu maior elogio a este livro é que gostava que estivesse descrito o momento em que a Carmel finalmente percebe o que se passou e o reencontro com a mãe em si. É uma crítica porque gostava efetivamente de ter tido o prazer de ler esses capítulos. E é um elogio porque sei que assim a autora não tentou traduzir sensações indescritíveis em ficção, se não lhes viveu a realidade. Não caiu na tentação de estragar o realismo do livro. Fez bem.

 

Agora, por causa deste livro, que recomendo por isso mesmo, fiquei cheia de vontade de ler histórias reais: biografias, relatos, enfim. Digam-me se aconselham algum destes - fiquei particularmente curiosa com a sinopse do nº2 e do nº6 - ou comentem com outras sugestões da vossa lavra. 


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