As coisas que se descobrem na blogosfera.
Antes chamavam "massajadores" aos vibradores para as senhoras não terem vergonha de encomendar. Agora são equipamentos de exercício do pavimento pélvico.
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Antes chamavam "massajadores" aos vibradores para as senhoras não terem vergonha de encomendar. Agora são equipamentos de exercício do pavimento pélvico.
Se a sociedade evolui, porque não deverá evoluir também esta grande bíblia do sexo? Esqueçam o Kamasutra antigo e o Canguru Perneta e experimentem as novas posições desta edição especial para casados...Satisfação (não) garantida. Mas também não aceitam devoluções.
[O artigo original é do The New Yorker, onde podem ver todas as imagens, que eu descobri através do Bom Sacana.]
Não aqui, talvez não agora. Que este espaço não é dado a ordinarices (ou pelo menos pretende passar-se por inocente, embora tenha sempre a barra da saia cinco dedos acima do recato). Mas fiquei deveras preocupada com algo e queria partilhar este conselho convosco: falem sobre sexo.
Fui a uma despedida de solteira que envolvia - não strippers (oohhh) mas o parente mais próximo tolerado pela noiva - uma sessão de tuppersex. Para quem não sabe, é basicamente uma senhora que vai lá a acasa, ou outro sítio pré-definido, espalha em cima de uma mesa uma quantidade de brinquedos sexuais, acessórios, cremes e cenas para todos os gostos e feitios (e tamanhos, meu Deus!) , fala sobre aquilo, explica, aconselha e, se tudo correr bem, vende alguma coisa.
Eis o problema: ao invés de surgirem questões sobre os objetos mais estranhos e rebuscados em cima da mesa, as meninas tinham muitas dúvidas sobre as coisas mais simples, como lubrificantes, bolas ou balas. Outro problema: se era assustadora a quantidade de meninas (mulheres, aliás) que nunca ouvira falar de quase nada ou nunca tinha entrado numa sex shop (online, que fosse), era igualmente preocupante como muitas vezes a amiga do lado (e nem sempre a "especialista" que comandava a reunião) sabia acudir e responder a dúvidas - só nunca tinham falado sobre isso. Dúvidas que, bem esclarecidas, podiam estar a fazer toda a diferença no estado da relação desta ou daquela (com o/ respetivo/a ou consigo mesma).
Concluí que as pessoas não falam suficientemente sobre sexo. Não se sentem à vontade nem para colocar questões a amigas próximas, nem sequer para falar com os pares, para explorar, ou para pesquisar sozinhas (há por aí uma coisa chamada internet) - algo que podia estar a despoletar muitos...sorrisos.
Os homens vêem pornografia a rodos (sim, todos vêm) e por isso (sim, mesmo o vosso namorado que jura que não) de uma forma ou de outra lá vão conhecendo coisas que podem não se sentir à vontade para vos propor. E nós não queremos morrer estúpidas, certo?
Por isso deixo o conselho de amiga: se pensam que o objeto abaixo se usa no dedo, ...juntem umas amigas e marquem já uma reunião de tuppersex. Ou simplesmente partilhem com alguém próximo as vossas questões e problemas, ou conversem simplesmente.
Mesmo que tenham uma vida sexual plenamente satisfatória e saibam que este objeto não é bijuteria de mau gosto comprada no chinês da esquina, falem sobre sexo. Há sempre qualquer coisa para aprender.
E agora retomamos a programação normal do blog, que isto - parecendo que não - é uma casa de família.
A três? Claro! Podemos chamar o teu amigo Marcelo?
A inseminação artificial é muito cara e um processo frio de conceção - desprovido de amor no ato de conceber, entenda-se assim. Daí que, segundo esta notícia do nosso caro CM duas meninas se lembraram de inventar um vibrador que pode ser pai. E isto não é mentira (podem ver que a notícia no CM já foi publicada há uns dias).
Tudo muito bonito: o Semenette (quem cruza sémen com uma baionete do Big Show SIC) dá para engravidar sem te deslocares ao médico e no meio de um ato de louca paixão.
Só que estou a ver aqui uma falha no processo. E confesso que fui ver o próprio site da maquineta e procurei outras notícias para ver se me satisfaziam a curiosidade, mas não achei resposta. Tinha esperança que me pudessem ajudar. Diz, a determinada altura, a notícia do CM:
Segundo o site do produto, as clientes procuram o sémen, inserem-no no brinquedo e dão início à fertilização.
E onde é que elas vão buscar p sémen??!!! Procuram onde? Num banco de jardim? Na secção dos frescos do hipermercado? Na farmácia junto aos batons do cieiro?
É que, desculpem-me lá a ignorância, mas a mim parece-me que mais depressa o homem se voluntaria para depositar o esperma diretamente na senhora (e pode na mesma ser durante o ato de amor das duas mães, aposto que não se importa) do que ser abordado para encher o depósito ao Semenette.
[Já de seguida, os níveis mais moderados de badalhoquice do blog serão restaurados, com um post sobre traças. Ou não.]
Li este artigo no Observador que começa por falar em homens que preferem sexo a comida, mas depois desvia a conversa para vermes. Ou seja, eles testaram vermes para tirar conclusões sobre homens e isso diz-me que o estudo foi feito por uma mulher de coração desfeito.
A minha curiosidade vai mais longe: quero tirar conclusões diretamente da amostra de homens e mulheres que por aqui passam.
Portanto, preferiam:
a) Fonte de (bom) sexo garantida até ao fim da vida, mas nunca mais ingeriam comida (a sobrevivência era assegurada através comprimidos, por exemplo)
b) Comer tudo do bom e do melhor até ao fim da vida sem risco de engordar ou prejudicar a vossa saúde, mas fornicação never more.
A cena supostamente mais erótica de sempre num filme (Nove Semanas e Meia) a mim mete-me bastante nojo e não é por ser puritana.
É que sempre me disseram que não se brinca com a comida e aqueles dois levam aquilo ao extremo. Parece um anúncio ao supermercado da esquina. Estou sempre à espera que o jingle do Pingo Doce comece.
Vejam e digam-me lá se vos afervora o espírito e o corpo...ou se vos dá só vontade de mandar a Kim Basinger para o banho.
Doze dias depois tive, pela primeira vez, vontade de lhe dar um soco no olho, quando se abeirou de mim. Estava exausta, depois de um dia carregado de entrevistas, depois de ir com dois miúdos ao pediatra, depois de ajudar um deles a estudar para um teste, depois dos três banhos dados, dos cinco jantares preparados, dos pijamas vestidos, das histórias lidas junto às respetivas camas. Tinha adormecido no sofá (ele também) e, quando chegámos à cama e ele me segredou que ainda não tínhamos “trabalhado”, juro que pensei em partir para a violência.
[Leiam aqui, que o artigo está muito engraçado.]
[E deixem passar a gaffe.]
O Entre Mulheres abre o artigo "20 locais inesperados para fazer sexo" com a afirmação polémica: quanto mais longe da cama melhor. Eu concordo. Aliás, há homens que se afastam tanto da cama, que acabam a quilómetros, com a mulher de outro.
Atentemos seguidamente nalguns dos locais sugeridos. Há, sem dúvida, algo de "inesperado" nesta seleção que fiz.
"No baloiço de um parque – deixa de ser uma brincadeira de crianças, para se tornar num vício muito hot!"
Fator inesperado: A detenção policial por qualquer coisa entre o atentado ao pudor e a pedofilia.
"Deitados debaixo de um arco-íris num dos vossos locais preferidos, vão ver o mundo através de lentes cor-de-rosa… e que bonito que vai ser."
Fator inesperado: Estar a reparar no arco-íris durante o ato, como quem olha para as cortinas e pensa que tem de as mudar. Isto já depois da sorte que tivemos de naquele dia se darem as condições metereológicas necessárias, no nosso local favorito, quando estávamos os dois disponíveis.
"Num trampolim gigante para uma sessão com altos e baixos, mas todos eles de tirar o fôlego…"
Fator inesperado: Acertar com alguma coisa nalguma coisa seria um espanto.
"Num carrossel ou, melhor, numa roda gigante quando estiver parada no topo… pode ser a rapidinha mais curta do mundo, mas também a mais inesquecível."
Fator inesperado: A roda começar a andar de repente e estatelarem-se no chão.
"Experimentem voos bem altos num balão de ar quente… de preferência só vocês e o céu azul."
Fator inesperado: Ficarem perdidos no mundo a quilómetros de altitude até o balão eventualmente se despenhar no meio do nada. Dispensaram o instrutor, não foi? Ou estamos a assumir que a carta de condução de categoria B também vale para balões de ar quente?
"Na privacidade de uma cabine luxuosa de um comboio de alta velocidade e de preferência em movimento…"
Fator inesperado: Que haja dinheiro para estas andanças. Da última vez que andei numa cabine luxuosa de um comboio...acordei com o som do despertador.
...a pesquisar por "ele quer que faça sexo com outro".
Diabos me levem se entendo porque é que o Google te traria até mim com essa questão. Vamos dizer que o Google pensou: esta gaja tem a mania que sabe tudo, vamos ver se ajuda esta moça (ou moço, as respostas aplicam-se a ambos).
Estás com sorte porque tenho mesmo essa mania (entre outras) e respondo já que isso só pode querer dizer uma de duas coisas:
a) Se não é teu namorado/marido/parceiro fixo está-te a dizer: desampara-me a loja! Vai chatear outro ou vem cá de vez em quando mas não me moas o juízo a achar que tenho de te dar atenção - e não faz mal porque há sempre alguém melhor a quem chatear (alguém que, na volta, naem acha que chateamos, acha que somos perfeitas).
b) Se é teu namorado/marido/parceiro fixo quer carta verde para também ter um pouco de vadiagem (se é que não vadiou já e quer livrar-se da culpa - ou não quer que o possas culpar). Pura projeção. E aí é contigo. Se estão os dois de acordo, colocam mais uns pratos no menu (protejam-se, sim?). Se não te interessa diria que deves voltar ao Google e procurar "onde arranjar namorado monogâmico". Que isso do "poliamor" não é para todos.
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