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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

17
Nov19

Make Blogs Great Again II

Maria das Palavras

Depois da ode aos blogs em geral, este post é uma ode aos blogs que se juntaram ao movimento nos comentários do Instagram - a plataforma para onde muitos de nós parecem ter migrado, quais andorinhas. Em jeito, de "a primavera regressa sempre", aqui fica um punhado de blogs a visitar. Convido-vos a entrar pelo menos num (para não ser exigente e dizer todos) ao acaso, dentro dos que não conhecem ainda, e deixarem um comentário de incentivo, num texto com que se identifiquem.

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05
Nov19

Make Blogs Great Again

Maria das Palavras

Somos todos um bocadinho culpados disto: facilitismo. Ler um blog exige mais concentração do que pôr um vídeo do Youtube, um Podcast ou uma série de Stories a "tocar". Logo numa sociedade em que já não sabemos fazer uma coisa de cada vez. 

Escrever também exige mais esforço do que publicar um foto ou falar dez minutos para o microfone do telemóvel. Sobretudo escrever no próprio telemóvel, que hoje em dia é o nosso computador pessoal. 

Mas mesmo que o meu tempo de consumo em redes sociais diga outra coisa, mesmo que o meu tempo de produção de conteúdo também...eu continuo a preferir expressar-me a escrever e interpretar a ler. 

Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras, mas talvez quem o disse nunca tenha tido a oportunidade de ler as palavras certas. 

Além disso, um blog é tudo. Um blog tem a palavra escrita, mas também pode ter a imagem, o audio, a combinação em vídeo. O blog é a plataforma que permite integrar todas essas coisas numa só e ter um espaço onde não somos limitados a exibir conteúdo se pagarmos publicidade porque a plataforma quer rentabilidade - ao contrário, é-nos dada visibilidade porque assim se chegará à rentabilidade da plataforma. 


Em todas as plataformas de Blogs? Não. No Sapo Blogs. Uma platafoma viva, dinâmica, evolutiva, que escuta, que comenta, que responde, que faz mais e melhor, que "tem gente dentro". [Que hoje apresentou uma nova homepage e mais uma série de melhorias para a comunidade.]

É por tudo isto que os blogs não morrem, nem vão morrer. E lá chegará o tempo que o facilitismo passa de moda e queremos voltar a concentrar-nos numa coisa de cada vez, com mais significado. Que custa mais a produzir e a consumir, porque também tem mais para oferecer. 

#makeblogsgreatagain

(fiquem à vontade para espalhar a hashtag) 

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21
Nov18

Estamos num relação desequilibrada...

Maria das Palavras

Camarão na Fazenda | Sibaúma | Pipa - Maria das Palavras no Brasil 2018


Sabem quando um dá mais do que recebe? Continuamente? Até ao ponto de estarem numa relação desequilibrada (como eu naquele baloiço)? Assim estamos nós. 


Não somos "nós" eu e o Moço. Somos "nós" eu e vocês que me lêem. Eu escrevo pouco, passo mais tempo no Instagram, só digo tolices, qualidade zero, humor questionável. Dou pouco mais que umas palavritas. 

E vocês? Dão-me paletes de carinho. Não só tive nomeações (sem ser da minha mãe) nos Sapos do Ano, como tive nomeações suficientes para estar a votos na categoria Generalista. Portanto já que começaram o trabalho, acabem-no se faz favor. Vão aqui e votem na vossa Maria ou em quem acharem que merece o Sapo d'Ouro. Pode ser que se ganhar publique a foto seguinte onde caio de chapa no rio (mentira, iss não aconteceu e se tivesse acontecido e o Moço fotografasse a máquina também mergulhava comigo).

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08
Mai18

As influenciadoras fazem mal à saúde?

Maria das Palavras

Imagem Pixabay - Joy

 

Acho que este novo fenómeno de se achar que as "influenciadoras" fazem mal às pessoas é um pouco como não querer que as crianças vejam desenhos animados "com lutas". Ou seja, sim, reconheço que devem ser ambos consumidos com moderação (tantos as fotografias das últimas viagens patrocinadas pelos produtos da moda, como a cena do pontapé do Rato de Marte no Power Ranger vermelho), mas no final é só uma questão de nos munirmos de bom senso e ensinarmos a nós mesmos e às nossas crianças que os dois casos têm ficção a não ser aplicada à vida real. O que significa que não só não é 100% verdadeiro - é filtrado ou fingido - como nem sequer é desejável (ser pleno a tempo inteiro deve ser mesmo muito cansativo e pouco saudável).

 

Os blogs acabam por ser um bocadinho mais francos do que os Instagrams e os vlogs, porque às vezes as palavras transmitem dores de uma forma mais bonita do que uma imagem. A blogger pode dizer que chora de forma poética, mas ninguém quer ver uma foto dela com ranho a escorrer numa rede social da moda.

Ainda assim, ninguém tem uma vida perfeita, ninguém tem zero problemas, ninguém acorda penteado e maquilhado como se fosse para uma gala, as malas da Prada não dão saúde eterna. E se todos soubermos isto, não faz mal ver todos os dias fotos glamourosas de felicidade irradiante da fulana tal, porque sabemos que algumas dessas imagens são publicadas em dias em que ela não está bem e foi ao arquivo. Porque é humana, como nós. Só que, exatamente como nós fazemos - tirando aquela prima que todos temos que até publica fotos da unha do pé encravada e vídeos dos curativos -,  tenta aparecer sempre no seu melhor.

 

Treinemos o nosso sentido de noção e realismo. Domemos a nossa inveja. Vejamos o entretenimento exatamente apenas como aquilo que é. Aspiremos exclusivamente ao que sabemos que é real. Admiremos as pessoas que não estão dentro do ecrã do tablet, mas que se cruzam conosco na vida real. 

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02
Jun17

Porque é que às vezes falam para mim e eu não respondo (nisto dos blogs).

Maria das Palavras

Terão certamente alguns de vós reparado que por baixo desta aparência simpática se esconde uma blogger que por vezes referenciam nos vossos posts, dos vossos blogs, e ela nem reage, feita snob


É verdade que quando alguém do universo do Sapo Blogs faz uma ligação para outro blog do bairro verde se recebe uma notificação. Mas como vocês terão a gentileza de reparar, esta Maria envaidecida, faz-se ler (também) num domínio próprio. Ou seja além de acederem ao blog através do domínio do Sapo daspalavras.sapo.pt podem fazê-lo para o domínio mariadaspalavras.com

E quando se fazem os links para essa segunda opção, eu não recebo notificação nenhuma. E assim perco algumas pérolas da blogosfera a mim dirigidas (quiçá também algumas ofensas). 

Acresce que seguindo uma imensidão de blogs e tendo pouco tempo útil para lhes dedicar, nem sempre leio todos os posts de todos os recantos e às tantas os que me falham até são os essenciais.

Fica aqui o meu pedido de desculpas pelas chamadas a que já faltei. Podem sempre, independentemente do link usado, virem aqui deixar-me um link do post e eu prometo, que mais tarde ou mais cedo, lá chegarei.

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28
Abr17

Ainda gosto de vocês, sim?

Maria das Palavras

Continuo a achar que há sempre tempo para as coisas que gostamos, mesmo que seja numa medida diferente da que temos por ideal. Outra coisa em que acredito é na gestão de prioridades. É por isso que continuo a escrever no blog mais do que a acompanhar os blogs que fazem parte da minha lista de favoritos (e outros guilty pleasures). Aprendi a gostar muito deste mundo em geral e do bairro verde em particular, mas o que me trouxe aqui foi a escrita. E quando o tempo aperta, escrevo, mas não leio. É o que tem acontecido. De forma que praticamente não sei de novidades. Hoje dei por mim numa longa espera (forçada) por alguém e abri o Bloglovin. A Just limpou o terreno. O Guilherme - Por falar outra coisa - lançou um podcast (juroooooo que tinha o meu gravado há meses para publicar). O passatempo da M.J. está a acabar (hoje). A Cocó foi ao Brasil.

A gestão do meu tempo (e das minhas prioridades) mudou forçosamente, sem data marcada para regresso. Por isso nem sempre respondo aos comentários. Nem sempre comento outros.  Muitas vezes nem estou a acompanhá-los como gostaria. Mas fica a mensagem geral: ainda gosto de vocês, sim? E é por isso (e porque me faz bem) que não dispenso 2 minutos de terapia diária que sejam a deixar aqui umas letras, mesmo que não sejam as mais polidas do mundo.

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09
Jan17

Mitos blogueiros: ter parcerias é falar sempre bem!

Maria das Palavras

blogpost.jpg

 

Não tenho muitos anos de blogger, nem muitas parcerias, mas uma coisa eu sei: não é preciso mentir aos leitores para ter parcerias. Primeiro, porque não vivem fechados em caves sem eletricidade e sabem que a publicidade em blogs existe, seja paga com dinheiro ou com ofertas - e não vale a pena ofender quem lê, escondendo o que realmente é. Segundo, mais depressa se apanha um blogger mentiroso que um coxo. Terceiro,  a publicidade ou a divulgação, se feitos com jeito e moderação acrescentam valor aos blogs e os leitores beneficiam disso. Quarto (se as outras não vos convenceram, estas tem de vos convencer): as marcas procuram essa honestidade.

As marcas que trabalham com blogs procuram influenciadores de opinião. Um influenciador de opinião tem de (já diz o nome) ter opinião válida e credível. Imaginem o que acontece quando a sua opinião é sempre super positiva com borboletas a esvoaçar? Exato. Acabou-se a credibilidade. Acabou-se o poder de influenciar.

 

Separador texto


Nem todas as marcas procuram honestidade (é certo) mas querem mesmo trabalhar com essas? No manual de um bom blogger que tenha algumas parcerias (seja com a Florista Ramadal da esquina ou com a Coca-Cola internacional) devem constar as seguintes regras, com as quais estas devem concordar previamente:

- Ser honesto com os leitores acerca da parceria (mencionar se foi um convite, uma oferta ou marcar o post como parceria ou publicidade – usem as tags, por exemplo)

- Poder dar a sua opinião de uma forma aberta e não censurada.

 

Idealmente também não se fazem parcerias para falar mal, claro. Mas há alguns truques para aumentar a taxa de posts de parcerias que são positivos:

 

1.

Aceitar ou procurar parcerias apenas de produtos/serviços com que te identifiques ou já uses (ou gostasses de experimentar). Tipo eu com a Odisseias (match made in heaven).

2.

Se houver oportunidade de escolher, dentro do leque da marca, aquilo que gostarias de experimentar, melhor. Por exemplo: um livro. É sempre mais fácil gostares se fores tu a escolhê-lo.

3.

Há mais do que uma maneira de dizer as coisas. Podes sempre apontar o que não gostaste e depois contrabalançar com os pontos positivos. Ou simplesmente ser honesto sem ser cáustico. Não precisas ser brutalmente direto e dizer (imaginemos que era uma bebida) que só te parece boa para limpar canos. Podes dizer só que não ficaste fã. Ponto.

 

Prometo (armada em grande blogger) que seguindo estas normas, continuo a ter marcas a querer trabalhar comigo, mesmo depois de reviews que apontam defeitos ou não dizem: é o melhor produto de sempre!! E não sou a única. Algumas agradecem o feedback para melhorarem, outras agradecem a sensação refrescante que é não ter o pessoal só a fazer AMÉN a tudo, e que torna menos credíveis as críticas que são de facto muito positivas.

 

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05
Jan17

Sou uma blogger de sucesso?

Maria das Palavras

Às vezes recebo algum comentário ou email que me empresta o título de blogger de sucesso (sim, normalmente é para pedir coisas). O que no sentido tradicional não é verdade. Não tenho leitores nem borlas suficientes (nem sequer recebo assim tantos emails), no mar gigante de conteúdos e opções que é a blogosfera portuguesa para assim poder ser chamada. Uma amiga de uma amiga diz que tudo é relativo. E aí eu entendo. Para alguém que acabou de começar ou que tem um blog específico sobre cactos irlandeses (e portanto 6 leitores fiéis ao longo dos últimos 10 anos) eu poderia chamar-me uma blogger de sucesso. Mas não gosto de me medir pelos outros. Até porque nesse caso teria de me medir também ao pé dos gigantes, dos mais-mais e dos médios da blogosfera e sentir-me o buraco de uma peúga.

 

Mas sabem uma coisa que posso fazer? Comparar-me comigo mesma e com as minhas espectativas. Estava a ver um vídeo da Camila Coelho acerca da maneira como começou a sua "carreira de blogueira". E da mesma forma que já vi noutras entrevistas de bloggers nacionais e internacionais (nomeadamente pipocas) há uma coisa que tenho de facto em comum com elas: quando comecei o blog não esperava NADA dele. Não o comecei (nem o continuei a alimentar) com o objetivo de ter mais de dez ou cem ou mil leitores por dia. De ter pessoas que me seguem e me ouvem e (também) me aconselham. Nem o comecei com o objetivo de ganhar uma embalagem de amaciador sequer. Nada. Se há coisa que tenho em comum (e é mesmo só esta*) com a maior parte das bloggers de muito sucesso é esta: o blog é muito mais do que aquilo que alguma vez sonhei ver dele. Mesmo à sua microscópica dimensão.

 

Não, não sou uma blogger de sucesso, pela definição do dicionário.

Mas sou uma blogger feliz e agradecida. Não será isso o sucesso?

*Mentira, a Camila Coelho também falou do apoio incondicional do marido. E eu tenho no Moço, desde o primeiro dia em que ele soube do blog (não, não foi logo), o meu fã nº1. Faz bem. Eu também sou a fã nº1 dele.

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26
Out16

A técnica de Pomodoro (e a app!)

Maria das Palavras

Perguntas: Ai Maria, que raio, não te cansas de escrever no blog todos os dias? E como é que tens tempo para isso?

Respostas: a) Às vezes canso-me e b) não é fácil. 


Claro que não estou exatamente "aqui" todos os dias e se sei que me vou ausentar e não vou ter tempo escrevo algum post que agendo quando estou mais folgada para publicar em momentos de ausência. E quando "estou" organizo-me para não me perder. Esta é a parte difícil. Concentrar-me numa coisa de cada vez, quando só no computador há tanta coisa por fazer (e fora dele mais um mundo). 


Recentemente li acerca da técnica de Pomodoro, registada por Francesco Cirillo. Basicamente centra-se no conceito daqueles temporizadores de cozinha. Sabem?

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A ideia é que durante o "tempo Pomodoro" a pessoa se concentre unicamente naquela tarefa (25 min), sem outras distrações, mas ao fim desse tempo desvie os olhos e faça qualquer coisa mais divertida ou diferente - de preferência física - por um pouco (5 min). Parece que estamos sempre a parar, mas na verdade, é uma técnica que ajuda comprovadamente à produtividade. Segundo o pomodorotechnique.com devem seguir-se alguns passos e regras: por exemplo, calcular quantos "Pomodoros" precisamos para cada tarefa, certificarmo-nos que durante a contagem afastamos todos os estímulos exteriores (ou seja, fechamos a tab do facebook e afastamos o telmóvel com a janelinha de Whatsapp) e aproveitar de forma inteligente todo o tempo do contador.

 

Não, não precisam de ir à cozinha! Nem ao IKEA! Há várias apps e extensões desta técnica (procurem por Pomodoro). Claro que qualquer temporizador faz o mesmo efeito, mas já agora, vamos usar a técnica com estilo, não? A que estou a usar é uma extensão do Chrome chamada Simple Pomodoro. Usem e abusem dela, adaptando às vossas necessidades e tempos (podem diminuir o tempo de trabalho ou aumentar a pausa, consoante vos aprouver, desde que não abusem e respeitem o conceito, senão não vale de nada). Há-de ser muito bom para várias atividades, mas parece-me que funcionará lindamente para estudar! Experimentem. Bom trabalho!

 

Pomodoro Add ON

 

 

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