Preferiam...
a) Votar na Hillary, mas toda a gente pensar que votaram no Trump.
b) Ou votar no Trump, mas toda a gente achar que votaram na Hillary.
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a) Votar na Hillary, mas toda a gente pensar que votaram no Trump.
b) Ou votar no Trump, mas toda a gente achar que votaram na Hillary.
Chegou alguém ao blog a pesquisar por "imagem engraçada de dor de dente".
Portanto, reformulo: chegou cá alguém que com certeza nunca teve uma valente dor de dentes na sua vida.
Aquelas pessoas que fazem posts a dizer que não falam de determinado assunto, como quem diz que toda a gente fala desse assunto, menos essa pessoa, que no fundo está na mesma a falar do assunto, assumindo que não fala.
[Sim, já o fiz.]
É que segundo ouvi dizer logo desde o início aquilo é para escolher os bloggers mais influentes. E desde que ela fez aquele post sobre croquetes - que parecia que não, mas afinal até era por causa da Padaria Portuguesa, - que ando com uma vontade louca e insaciável de comer croquetes*. Nunca a minha mãe me conseguiu influenciar assim quando passava infernos para eu comer alguma coisa que não fosse douradinhos com arroz (um dia conto).
*Os da Padaria Portuguesa até são fraquinhos.
Autores: Mikael Wulff e Anders Morgenthaler
Não serei certamente a única. Nem sou nem de perto a pior. Sou até das pessoas mais práticas e pragmáticas que conheço. No entanto, acontece. Quando estou mal, estou mal. Quando estou bem, lembro-me que me estou a esquecer do que está mal.
Creio que é falha humana, fomos mal programados. Gostava de pôr as preocupações e sonhos inalcançáveis no pasta da reciclagem e esvaziá-la. Gostava de pôr o lado lunar no vidrão e deixar que a Sociedade Ponto Verde tomasse conta do assunto. Gostava de embrulhar os medos com papel colorido do Toys'R Us e oferecê-los a outra pessoa que quisesse lidar com eles. Pois. Ninguém. Mas eu também não gosto de receber bombons com recheio de licor no Natal e aceito-os com delicadeza.
E quando estou a tentar entrar no modo carpe diem (porra para quem inventou isso) e tenho uma Mariazinha vestida de branco a usar auréola à direita a dizer "aproveita" e a outra Mariazinha de vermelho e pequenos chifres de vermelho no ombro esquerdo - não estou a tentar fazer nenhuma analogia política - a dizer "não te estás a esquecer disto?", gostava mesmo, mesmo de ser um parafuso. Ou um vaso de flores. Ou a página de um livro. Ou o atacador de um ténis. Qualquer coisa menos eu.
Tínhamos dois candeeiros de quarto (às tantas isto tem um nome específico e eu não sei) que davam luz muito fraquinha. Não era só da potência da lâmpada, o próprio material era meio opaco. Então se a meio da noite fosse preciso alguma coisa dava-se mais ou menos sempre o mesmo diálogo:
- Acende lá a luz por favor, que preciso de ver.
- Querido...está acesa...nunca chegou a ser apagada.
Agora, para garantir que podíamos ler com luz vinda da mesinha de cabeceira (alguém diz mordomo?), substituímos finalmente os candeeiros e comprámos boas lâmpadas. Conclusão: a qualquer hora da noite parece dia no nosso quarto.
Meio termo? É para os fracos.
A pedido de várias famílias: Vestido Chi-Chi London | Sandálias Seaside
Passei um Verão inteiro sem ir a um daqueles cafés/bares em terraços de Lisboa.
Depois de um terceiro contacto frustrante relativamente à falha de serviço de TV pus-me a pensar nisto. Eu sei que a culpa não é dos assistentes telefónicos, ou no chat, muitas vezes contratados através de terceiros, separados da empresa, com acesso a pouca informação senão os guiões que os fazem parecer robots. Eu também já trabalhei num call center (que era inbound, o que até facilita) e já me senti tonta por ter de repetir saudações e fórmulas mágicas sem as poder adequar ao cliente ou à conversa.
Eis o que faz falta: um apoio ao cliente para o apoio ao cliente.
O que em teoria até deve existir em muitos casos, mas na prática se traduz em "bola" (estou a fazer gesto de zero com os dedos) para todos. Eu percebo - a menina não tinha mais nada para me dizer senão que "estamos a resolver com a maior celeridade possível", ou o "espero que aguarde" ou o "preferíamos que não houvesse problema nenhum". Mas como eu não fui ao chat para fazer terapia e sentir-me validada na opção de "aguardar" pacientemente, o que procuro é algo mais tangível: estamos a fazer X para resolver a questão Y, neste momento o departamento Z está a tratar da última fase, estimamos que esteja resolvido em menos de W horas, gostaríamos de o compensar com um saldo de P no vídeoclube.
O problema não é da menina. É da marca, da empresa por quem dá a cara, que tem de ter o cuidado de veicular informação mais detalhada para disponiilizarem ao cliente. Que tem de agir em situações de crise (mesmo que seja uma mini-crise como uma falha do gravador do serviço de TV) facultando aos assistentes a capacidade de atribuir formas de compensação ao cliente. Senão criam-se frustrações várias:
1. O cliente-papagaio
Quando se vai ao chat um dos campos obrigatórios é o assunto. Eu digito: "Para quando a reolução do problema com o gravador da box de TV?". Aguardo um bocadinho e quando o assistente chega o que é que pergunta: QUAL É A MINHA QUESTÃO! Deixe-me repetir...
2. A balança a pender para o lado
Quando chegamos às 50 linhas de conversa eu já repeti o problema e assistente já sabe (porque perguntou) quando o reportei, quantas vezes reportei, o meu nome, o meu NIF e como estou vestida. Finalmente, depois do interrogatório (parece que é para despistar ameaças terroristas no chat ou então devem ter muitos casos de pessoas que nem são clientes e querem mesmo passar o dia nos chats a conversar com a operadora) eu tenho uma única pseudo-resposta para a questão lá de cima: vou ter de aguardar. A sério? Eu passei cinco minutos a responder às suas questões e você não sabe responder à minha? Tendo em conta que é uma falha genérica...não podia ter dito logo antes de perder tempo...Faz lembrar aqueles encontros em que só ela é fala que se desunha e ele faz a-hã a-hã a-hã e no fim "vá, foi giro, depois ligo-te" #sóquenão.
3. A sensação de vazio
E não é só porque ainda não tomei o pequeno-almoço. É porque aí vão três contactos que não foram senão perda de tempo. E no fim, a pessoa que lá tenta ajudar sem ter ferramentas para isso diz (porque está no guião) "Posso ajudar em mais alguma coisa?". Como se tivesse podido ajudar nalguma. E lá vou eu, sem respostas, sem serviço de TV, sem aqueles minutos da minha vida, continuar o meu dia.
Conclusão: a falha no serviço de TV, ainda por cima temporária nem me afeta assim tanto. A falta de uma resposta eficaz que de facto me assegure que sou valorizada enquanto cliente, afetou-me mais um bocadinho. Grande.
E a senhora do chat a quem eu reportei a falha do serviço (que tem 24 horas e já tinha sido reportada ontem) escreve a mensagem da praxe: "Mantendo-se a ausência de comunicação, daremos por terminada a sessão dentro dos próximos 30 segundos.".
A minha resposta não podia ser outra:
"Mantendo-se a ausência de resolução, daremos por terminado o contrato dentro dos próximos 30 dias."
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