Palavras dos outros #18
- Do you never worry?
- Would it help?
Do filme Ponte de Espiões, de Steven Spielberg
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- Do you never worry?
- Would it help?
Do filme Ponte de Espiões, de Steven Spielberg
Eu queria chamar-lhes Globos de Ouro ou Óscares, mas o nome já estava ocupado. Por isso cá vos trago as minhas escolhas: o melhor de 2015, aqui para a Maria - do show biz e não só! No fundo é daquilo que me interessa. Por exemplo, música não tem, porque só gosto de música velha e versões novas dessa música velha (sim, sou uma snob).E não é cedo demais - escrevo-vos isto enquanto tenho ainda alguma da vossa atenção, que bem sei que já andam todos distraídos e meio encandeados para o mundo dos blogs por causa das luzinhas de Natal e das lantejoulas dos vestidos da passagem de ano. Se fosse ontem, por exemplo, é que tinha sido cedo demais (MUAHAHAH).
O LIVRO: A verdade sobre o caso de Harry Quebert, Jöel Dicker
O livro já tem uns bons anos (e pelo menos um deles inteirinho passado na minha estante), mas só este ano peguei nele. E quase me chicoteei por não o ter feito mais cedo - quando o Moço chegou a casa já estava eu de costas nuas a ganhar balanço para lançar a chibata para trás. A história tem tudo e mais uma página e está muito bem organizado e escrito. Foi sem dúvida o melhor livro que li em 2015 (não, não foi o único e os outros não eram todos de banda desenhada).
A SÉRIE: Orphan Black
Confesso que não fui cheia de expectativas. A sinopse dizia que era canadiana e sobre qualquer coisa como clonagem e - a Dolly que me perdoe - mas não é tema que me apaixone. Acontece que andava sem série para ver e em busca de um novo amor televisivo. Já tinha visto vários primeiros episódios e nunca me apeteceu ver o segundo. Foi no meio desse desespero que experimentei esta série com o Moço. Não sei o que sucedeu. Prendeu logo. A série NÃO PÁRA. E nós não descansámos enquanto não consumimos tudo o que era possível. BTW: estou novamente à procura.
O FILME: A Visita
Apercebo-me agora que vi muito poucos filmes em 2015 (muito menos que em 2014, quando me metia em tudo o que era passatempos de bilhetes e ia ao cinema quase todas as semanas) e que os que vi não me marcaram especialmente. Revendo a lista de estreias do ano apenas um me salta a vista. Já vos tinha recomendado e continuo a fazê-lo. Não é bem terror, nem bem comédia, nem bem thriller, nem bem nada. É um filme sem rótulo. Só vendo. Prometo que é tempo bem aproveitado e aceito que me queiram escrever no livro de reclamações se não concordam.
O ESPETÁCULO AO VIVO: Commedia à La Carte
Rir até à indisposição é a melhor das sensações de enjoo (senão a única aceitável). Pensei com carinho no teatro a que assisti em Sintra, ao ar livre, o Vampíria, que não ficaria aqui nada mal. Ou no negríssimo (de humor) Sinel de Cordes. Mas este espetáculo tem uma vantagem imbatível: se pudesse ter ido todas as noites em que esteve em cena em vez de uma apenas, em todas me teria rido da mesma forma, com um improviso diferente. No mesmo espetáculo. Marquem para 2016 conhecer o trabalho destes malandros, prometem?
O ESPAÇO: Fábrica dos Sabores, Lisboa
Hei-de falar-vos melhor do espaço onde se come um dos melhores brunches de Lisboa (sim, sei que é muito IN da minha parte ir ao brunch - mas se pensarem bem não é chique, é labrego. Conseguem pensar em alguma coisa mais labrega que acordar tarde e comer pequeno-almoço e almoço, tudo ao mesmo tempo?). Começámos por botar lá o pé por ter pão biológico, que é o único que o Moço come (prometo que não é cá por manias) e acabámos rendidos a TUDO. Os bolos, os croissants, aquelas panquecas com nutella e morangos, até os iogurtes de fruta, o ovo mexido na perfeição ou o pão caseiríssimo e, valha-me nossa senhora, aqueles scones. Tornou-se rapidamente o local oficial dos pequenos-almoços fora.
Odiei o filme da Amélie mais o seu destino fabuloso.
Dois cochilos e meio.
É verdade que ninguém me obriga. Vou ver o Spectre porque o Moço gosta e porque quero rever os amigos que nos desafiaram para isso (e que às tantas até estão a ler). Mas, se me permitem, posso fazer birra?
Não me intrepretem mal, também gosto dos filmes do 007 e este até pode ser muito bom - não duvido que possa ser e que eu vá gostar de o ver e tudo, mas:
O moço diz que depois de ir posso pedir o que quiser que ele faz. Creio que ele não sabe no que se está a meter com este cheque em branco, mas vou aproveitar. Aceitam-se sugestões.
O filme chama-se "A Visita". É de terror e comédia (não me enganei). Leve, pesado, surpreendente. Produzido por M. Night Shyamalan, do Sexto Sentido (entre outros). E se isto - e a minha acesa recomendação - não chegarem para vos convencer...vejam o cartaz.
Regras da avózinha:
1. Divertir-se muito!
2. Comer tudo o que quiseres!
3. Não sair do quarto depois das 9h30. Jamais.
Sem vos querer influenciar (ahahaha) deixo já o link para o Sapo Mag, onde podem consultar as próximas sessões. Corram! E depois venham cá opinar.
Produtor: Qual é o seu talento?
Eddie: Ir de pessoa a vegetal em minuto e meio.
[*O ator que fez brilhantemente de Stephen Hawking há pouco, e que vi noutro filme igualmente bom este fim de semana onde é meio tan-tan.]
O filme chama-se "É uma espécie de...Comédia" e estava a dar no AXN White. Não pude ver mais de 15 minutos mas pareceu-me uma abordagem descontraída e pragmática às doenças mentais. E no pedacinho que vi identifiquei três erros básicos do cidadão comum face a esta(s) doença(s) que nos custa(m) tanto compreender:
Acho que vou continuar a ver o filme assim que puder. Façam o mesmo.
Depois de lermos os dois - eu e o Moço - o livro Misery, de Stephen King, quisemos ver o filme. O primeiro desafio foi chegar ao título Louca Obsessão - Misery é um nome próprio e não deveria ter sido traduzido, mas enfim.
Sei de antemão que os filmes desiludem quem lê os livros, que a intensidade de um e de outro é incomparável. Mas gosto precisamente de perceber as diferenças, saber como uma história pensada para ser lida foi transformada em algo mais comercial, que prendesse o espetador. Ver de que outra forma foram imaginados os cenários e personagens que o livro me pintou na cabeça.
Por princípio, o filme também não era, de facto, tão bom como o livro. Além de ser de 1990 e não ter já a qualidade a que estamos habituados no século XXI para vários efeitos, o filme é menos sofredor e violento. Menos 100 graus de intensidade. No entanto um pormenor mudou tudo. Um detalhe alterado muda tudo para mim, sobretudo o realismo da trama, e fez com que nem possa dizer que a história seja a mesma. O filme revelou-se melhor que o livro.
No livro, a Annie bebia Pepsi. No filme, Coca-Cola.
Somos bons para ir para o céu - mesmo quem não tem religião ou tem outra que não a católica tem esta ideia da recompensa divina bem presente. Fala-se nisso, mesmo que a brincar, os filmes retratam a situação e até os desenhos animados pegam na ideia (alguém aqui viu o Todos os Cães Merecem o Céu em pequeno?). Distingues o bem e o mal, praticas o bem quando podes, pedes perdão pelo mal quando falhas e um dia, se tudo correr bem, vais para esse sítio mágico vestir branco e comer queijo Philadelphia.
Um dia destes vi um filme com uma afirmação curiosa. Sobretudo porque era proferida por um padre e não estou a ver um padre a dizer isto, sem ser parte de uma fita de ficção. Não me lembro do nome do filme por mais que me esforce, só sei que era a história de um velho deixado pela mulher e uma jovem viciada em sexo que é abusada e vítima de violência. A dado momento encontram-se na história e o velho (seria o Morgan Freeman?) estende-lhe a mão. Ou melhor, acorrenta-a lá em casa para ela não fugir enquanto tenta que recupere. O amigo dele, padre de profissão, passa lá em casa e ele pede-lhe que converse com a miúda. É aqui.
O padre diz-lhe que ela não deve fazer o bem pela ideia longíqua de um dia ter um buffet à sua disposição no céu. Que deve fazer o bem para obter o céu agora. E pergunta-lhe: quem é o teu céu?
E agora pergunto eu: para que nos esforçamos e levamos a vida o melhor que pudemos e sabemos, não sendo para que um dia os portões do paraíso se escancarem para nós? Qual é o vosso céu? Quem é o vosso céu?
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