Esta receita é uma adaptação minha desta da Ana Bravo e confesso que não esperava gostar. Fi-la esperançosa em ter mais uma opção saudável e gostosa para agradar ao Moço e planeei desde o início torcer-lhe o nariz e comer um bitoque. Sobretudo porque sou uma apaixonada por puré de batata do original que leva leite meio gordo e margarina e tuditudo. Puré do mal, portanto. Já este é um empadão "do bem".
O que leva:
- 1 cenoura grande, 1 cebola grande
- 1 couve flor
- 500 gr de vitela aos cubinhos
- 1 fatia de queijo magro e duas colheres de queijo Philadelphia
- Noz moscada
- Sal e pimenta a gosto
Como fiz: Comecei por picar cebola e cenoura na Bimby para o refogado da vitela, mas deixei quase metade no copo e acabei por cozê-la junto com a couve-flor para dar mais sabor. Enquanto cozia a couve-flor em pouca água e pouco sal, refoguei a restante cenoura e cebola e juntei-lhe a vitela com sal e pimenta para cozinhar lentamente. Escorri a água para triturar a couve-flor com duas colheres de queijo Philadelphia para fazer de manteiga e uma pitada de noz-moscada. Triturei até me parecer bem, experimentado várias velocidades. Depois misturei tudo num tabuleiro e levei ao forno, com uma fatia de queijo em cima desfeita (para fingir que tinha queijo ralado) e deixei ganhar cor no forno.
Ficou só delicioso. Eu sei porque não planeava comer e...comi. Ainda lhe juntei uma salada pacientemente cortada aos cubos, de pepino e tomate e aproveitei a água da cozedura dos legumes e o tacho com o sabor da carne e restos de refogado, para fazer uns cogumelos.
Tenho publicado algumas receitas no Instagram Stories e mantenho o passo-a-passo guardado no perfil de @maria_das_palavras. Está lá esta e mais umas poucas, se tiverem curiosidade.
Eu já estou sempre a pesquisar, adaptar e inventar receitas pró-saúde por causa do meu Moço pró-saúde. Agora a minha irmã anda a pender para o vegetarianismo (não é fundamentalista, mas tem evitado a carne e peixe) e eu ainda mais invento. Entre um e o outro e o facto de me esforçar para fazer coisas que os dois gostem acabo por comer também coisas mais saudáveis (porque um não come hidratos, outro não come proteína animal e eu estou no meio e a não ser que queira fazer um terceiro menu, como com eles - quando estamos todos entenda-se) e depois quando não estão a ver ataco os nachos com guacamole ou um g'anda hambúrguer de picanha com bacon e queijo. Desta vez ganhou a opção vegetariana e fiz uns hambúrgueres com base de grão de bico.
Vamos lá ver: da mesma forma que o arroz de couve flor ou a pizza com base de atum, podem ser deliciosos, mas não são efetivamente pizza, o hambúrguer vegetariano (pelo menos este) não é efetivamente carne e NÃO sabe a carne. Portanto não vão com essa expetativa. Mas é ainda assim delicioso, fácil de fazer e...posso dizer isto da comida? Bem bonito.
Ingredientes:
- 1 frasco de grão de bico cozido (400 gramas)
- 1 cenoura grande
- 1 ramo de coentros
- 2 ovos
- 4 colheres de sopa de farinha
- sal, pimenta e pimentão doce q.b.
Passos:
1. Picar (não triturar completamente) o grão de bico, a cenoura e os coentros (Bimby: 5 seg, vel 5)
2. Envolver com os ovos já batidos a farinha e os temperos
3. Colocar num tabuleiro (usei uma forma de bolachas para fazer a forma, mas podem so fazer montinhos espalmados) forrado com papel vegetal e levar ao forno a 200º por 20-25 minutos.
Se eram bons? Eram...tanto que nem cheguei a tirar fotos depois de feitos. Mas ficam mais coradinhos, pronto.
Esta receita fez sete hambúrgueres grandes e é uma adaptação da que vi aqui (obrigada Carolina, não saberia por onde começar!). Sugiro, consoante o vosso gosto e vontade (e para irem variando) algumas das seguintes versões:
- Com piri-piri (podem moer uma malagueta a juntar na altura de misturar todo ou usar molho picante depois).
- Com molho de alho (façam com iogurte natural em vez de maionese se querem manter a onda saudável).
- Juntar pimento além de cenoura na altura de picar.
- Saleteiem uns cogumelos frescos com alho, azeite e oregãos e ponham por cima do hambúrguer.
- E outras coisa nomeadamente algumas (o céu é o limite).
Fica a receita infalível, numa edição comemorativa de São Martinho que nos trouxe, como sempre, o bom tempo (embora digam que este ano é por causa da Wolkswagen). Se não conhecem a lenda que deu origem ao dia comemorativo, aproveitem para a ler e para a contar aos vossos (armem-se em espertos, mesmo). Spoiler: não tem nada a ver com castanhas. Hoje há castanha assada lá em casa. Não por causa do santo, mas porque todas as desculpa são boas para comer castanhas (e cruas? quem adora?). E já agora deixem nos comentários a respostaa isto: com que bebida acompanham a castanha assada?
E hoje passamos do quarto à cozinha. Este blog é o sonho de qualquer homem.
Se eu podia chamar-lhe couve-flor triturada? Podia, mas o marketing está muito presente na minha vida e eu sei que assim "vende" mais. É saudável para o Moço comer e delicioso para eu comer. O chamado prato win-win. Dá ares de arroz, é verdade, quando as comidas têm molhenga e pelo menos estamos numa de evitar os hidratos, isto faz o papel na perfeição para ensopar molho e acompanhar um naco de carne guisada. E também é saboroso por si só para servir de acompanhamento (sem molhos). E dá para misturar com outros ingredientes e fazer refeição completa (por exemplo, miolo de camarão, como mostro abaixo, ou cogumelos, cebola e tomate para a alternativa vegetariana*). Até quem não gosta de couve-flor normalmente gostou de a provar assim. Enfim, é a água micelar do mundo da cozinha: dá para tudo.
As fotos são da primeira vez que fiz, em que juntei um miolinho de camarão, e também usei couve flor congelada em vez de fresca - que fica mais parecida com arroz por ser mais molinha, mas não é a minha favorita, nem é como tenho feito ultimamente. Fica a receita, simplicíssima, como é apanágio do blog.
Ingredientes:
- Meia-couve flor (dá para 4 pessoas) ou uma embalagem de couve flor congelada
- 5 dentes de alho (sim, sou uma exagerada)
- 1 cebola pequena
- Fio de Azeite
- Sal, pimenta, pimentão doce (malagueta ou louro, opcionais, bem como outras ervas aromáticas a gosto)
Passos:
1. Refogar o alho e a cebola com um fio de azeite num wok ou frigideira grande anti-aderente
2. Juntar a couve flor previamente triturada (Bimby: velocidade 3/5/7) e os temperos (pouco sal, boa pimenta, muito pimentão - malagueta e louro opcionais).
3. Mexer durante uns minutos (3 a 5)
Eu disse que era simples. Os truques fundamentais são muito alho e cebola (abusem), bem como o pimentão.
Neste caso juntei o miolinho de camarão no último passo e deixei cozinhar mais a couve com o camarão. Mas o inverso fica melhor, para o caso de quererem fazer um prato completo com a couve e não só pô-la a fazer de acompanhamento: cozinhar o restante num tacho diferente e depois misturar lá a couve.
*As pessoas que têm de fazer dietas e devem comer sopa à noite, às vezes esquecem-se que sopa é um combinado de legumes, e não precisam necessariamente apresentá-los de forma líquida. Legumes salteados ou no forno (tomate, courgette, beringela, couve flor, cogumelos, alho francês, pimento...) com um fio de azeite, um toque de sal e pimenta e oregãos em cima, podem fazer autênticos milagres.
Pois parece que quando eu coloco receitas light no facebook as miúdas ficam todas malucas. Azar dos azares, eu nem gosto da maior parte delas (por exemplo, odeio banana). Sorte das sortes, estou sempre a inventar coisas e pesquisar receitas para tentar que sejam aprovadas para dieta pela nutricionista, por causa do meu Moço, que leva isso da saúde muito a peito (ele é que é IN lá em casa).
Portanto aqui vai a receita simplicíssima - as únicas em que me meto - para estes muffins sem açúcar. sem farinha, sem um niquinho de coisa que não deixe emagrecer quem anda na luta.
Ingredientes:
- Duas bananas maduras
- 100 gramas de aveia
- 65 gramas de azeite
- 3 ovos pequenos
- Canela a gosto
- 1 colher de chá de fermento
Passos: 1) Misturam-se as bananas, os ovos e o azeite numa liquidificadora ou na Bimby (vel 3-5-7). 2) Misturam a aveia com o fermento e a canela primeiro, e depois envolvem tudo. 3) Vai ao forno a 180º, pré aquecido. Demorou-me uns 30 minutos a ficar au point.
Já tinha feito em versão bolo, que foi a receita original que vi não-sei-onde (4 bananas, 200 gr de aveia, 125 gr de azeite (meia chávena), 4 ovos, canela e uma cc de fermento), desta vez fiz metade da receita em forminhas de silicone, porque só tinha duas bananas e deu para seis. O bolo tinha sido para o aniversário do Moço, apenas com côco ralado em cima. Não sendo a coisa mais doce do mundo, toda a gente gostou (menos eu que não gosto de banana, claro) e se lambuzou sem culpa.
Como vocês sabem eu sou uma lontra de sofá que além de não fazer exercício (um dia, um dia, digo eu para mim com uma auto-pancadinha nas costas), é louca por gelados e afins. No "afins" cabe, por exemplo, a pizza carbonara com extra pepperoni que emborquei na segunda-feira. Mas chegou a terça e o meu desejo de pizza ainda não estava morto. Então lembrei-me de fazer uma coisa que já tinha visto nuns quantos sites e que andava a prometer ao Moço há uns tempos: ele é mais da saúde do que eu e ando sempre à procura de receitas para o agradar. Pizza com base de atum em vez de pão. Sim, retira-lhe alguma magia calórica.Mas caramba que me soube bem e deu para enganar o desejo.
Cá em casa só se fazem coisas simples, que não tenham mais de 3/4 passos, vá. E partilha-se:
Ingredientes (base de pizza grande): 4 ovos 4 latas e atum
Passos: 1. Misturar ovos e atum muito bem batidinhos até estar tudo migado e levar ao forno (em cima de papel vegetal) uns 20 minutos a 180º ou até dourar. 2. Abrir o frigorífico e rechear a bicha com o que houver, levando mais 10 minutos ao forno para rematar. No caso pus molho de tomate, queijo Vaca que Ri em fatias, queijo mozarella ralado, rodelas de cebola e de tomate, tiras de pimento, fiambre de peru e muitos oregãos!
Para compensar, fiz a seguir um bolo de iogurte divinal que ando a comer sozinha (com a ajuda da Gabriela, que é a minha Bimby). Não vá eu perder o hábito dos açúcares...
Há que tempos não mexia nesta rubrica e acho que tenho qualquer coisita que vale a pena partilhar. Só receitas com poucas palavras, já sabem: para cima de gelo, para baixo de cozido à portuguesa.
Para quem não diz blargh à banana (eu digo) e está sempre à procura de snacks saborosos, para enganar a fome (sem culpa), aqui fica uma receita simplicíssima, aprovada por nutricionista e o diabo-a-quatro (ok, o diabo-a-quatro não aprovou, confesso). Não faço para mim, mas faço para os meus e toda a gente adora.
Já não me lembro onde a vi, mas sei que não a inventei - só a adaptei ao que precisava.
Ingredientes:
- Uma banana madura (as duas da imagem são para enganar)
- Flocos de aveia q.b.
- Canela a gosto
Preparação: 1. Esmagar a bananica com um garfo
2. Misturar aveia até haver mais aveia que banana, mas a coisa ainda colar bem.
3. Juntar canela a gosto (a receita original dizia mel, creio).
4. Levar ao forno, em cima de papel vegetal, por 10 minutos ou até a base também estar coradinha.
Não comam enquanto ainda está quente, que estas bolachinhas frias e mais crocantes (não são completamente crocantes) são melhores - diz quem gosta. Depois é ser criativo: juntem raspas de chocolate negro ou côco ralado, se vos apetecer. Isto faz uns 15-20 mini-cookies, mas também não convém fazer muitos que a validade aconselhada dos bichinhos não passa muito das 24 horas. Conseguem dar cabo deles a tempo?
Quando eu digo light, é mesmo light, ao melhor género é-saboroso-mas-só-tem-coisas-que-a-nutricionista-aprova.
Não é light como as receitas que eu procuro e geralmente têm ingredientes do géneros "natas light". Como se natas e dieta pudessem ter alguma coisa a ver.
Um pudim light e saboroso! Pode lá ser? Pode. Aprendi-a aqui, experimentei-a e o meu homem até lambe os dedos quando a faço. E depois obedece ao meu outro requisito para experimentar receitas: poucos ingredientes, poucos passos. Que eu cá não sou escrava Isaura atrás do fogão, nem a dona-de-casa mais prendada ou paciente. Gosto de aprontar uns petiscos e deliciar quem por cá passa, mas simples e rápido é a minha filosofia. Se são muitos ingredientes, incluindo pó-roxo da cauda do kanguru da Tasmânia (ou outros igualmente difíceis de encontrar) ou demora hora, já estou a olhar para a receita seguinte. Foi por isso aliás, que chamei a esta rubrica: Receitas em poucas letras.
Vamos lá então?
PUDIM DE IOGURTE LIGHT na Bimby [sem Bimby também dá, é só misturar tudo muito bem, respeitando as quantidades e temperaturas]
Ingredientes: 600 gr de água, 2 pacotes de gelatina em pó, 2 iogurtes magors
Passos: 1) Aquecer a água no copo da Bimby (7 minutos, 100º, vel.2) 2) Juntar a gelatina e misturar (2 min., vel.3) 3) Adicionar os iogurtes e misturar (30 seg., vel.3)
4) Colocar numa forma, deixar arrefecer um pouco e depois levar ao frigorífico pelo menos um par d ehoras antes de meter a colher
Notas: A combinação de sabores é a que se queira. Eu fiz com gelatina e iogurtes de morango da primeira vez. Depois gelatina de Maracujá e iogurte de côco, juntando côco ralado também. Qualquer versão é deliciosa. A gosto, sim? Quanto à forma, qualquer uma serve, mas se for de silicone facilita imenso na hora de desenformar o doce. Outra opção, é colocar logo em tacinhas individuais.
Cá em casa come-se muita carne branca (por prescrição médica, pode dizer-se assim) e portanto é preciso inovar na forma de preparar frango e peru e peru e frango e frango e peru (já disse peru e frango?).
Por isso quando ontem vi a receita de Frango com Limão da Joana - que tem só o blog de culinária menos aborrecido de sempre, porque mistura receitas com histórias pessoais - , de seu nome Palavras que Enchem a Barriga, tive de experimentar logo.
Inventei um bocadinho. Usei peru porque já tinha descongelado. Em vez de piri piri pus duas malaguetas pequeninas à mistura. E esqueci as batatas, acompanhando a carne só com salada de cenoura e alface. Ficou de-li-cio-so, bem condimentado (vou confessar que já tinha um frasco de paprika cá em casa há semanas a fio, sem nunca ter experimentado) e a dose certa de picante - para mim, mas quem é do género frango-assado-sem-picante-se-faz-favor pode saltar a parte das malaguetas.
Segue a receita. O meu muito obrigada à Joana - que a seguir publicou umas bolachinhas de chocolate com recheio de caramelo com aspeto tão divinal, que assim que acabar de escrever este post vou atar as mãos ao estendal para não me pôr a fazer gulodices!
PERU COM LIMÃO "SPICY"
Ingredientes: Peru cortado aos cubos/pedaços, 1 limão, meia cebola picada, uma colher de chá de paprika e pimentão doce, sal q.b. e duas malaguetas pequenas.
Passos: 1) Temperar o frango no tabuleiro em que vai ao forno com o sal, a paprika, o pimentão, a cebola picada e a(s) malagueta(s). 2) Regar com um fio de azeite e cobrir com rodelas do limão.
3) Levar ao forno por meia horita ou até estar coradinho.
Deliciem-se e não deixem de ver a receita original (e taaaantas outras) no blog da Joana.
Já andava a babar por panquecas há algum tempo. Tenho-as visto passear em alguns blogs, sobretudo acompanhadas de frutas e compotas, e andava a sonhar acompanhá-las com gelado e caramelo líquido ou bacon e ovos (sim, sou a versão mais gordurosa das bloggers). No fim-de-semana passado a minha irmã tinha comprado uma mistura para panquecas no LIDL, fez umas perfeitinhas e saborosas que só vistas, numa placa/grelhador. Hoje fiquei a trabalhar em casa, apeteceu-me lanchar e...não pude esperar mais. Já tinha guardado a receita da Dona Bimby, tudo ingredientes que se têm em casa normalmente e arranquei, adaptando quase nada.
PANQUECAS NA BIMBY
[quem não tem Bimby pode adaptar facilmente - é só misturar tudo muito bem]
Ingredientes: 370gr de farinha, uma colher e meia de chá de fermento, 1 colher de chá de sal, 1 colher de sopa de açúcar, 1 ovo, 500 ml de leite
Passos: 1) Misturar todos os ingredientes e bater (15 seg., velocidade 9) 2) Aquecer uma frigideira anti aderente (eu usei mesmo daquelas que se fecham e viram - nome técnico) apenas pincelada com azeite. Mas se for mesmo boa nem é preciso levar gordura. Também se pode fazer nas tais placas/grelhadores de mesa. 3) Colocar a massa na frigideira com uma concha da sopa (meio cheia, mas depois depende do tamanho que querem). 4) Assim que fizer bolhas podem virar a panqueca, com a ajuda de uma espátula (ou virando a tal frigideira dupla). Gostava de vos dizer por quantos minutos cozinham, mas é questão de usar o bom senso. O mesmo bom senso que me deixou queimar duas panquecas. Agora a sério, é super rápido.
5) Comer! Combinações doces ou salgadas, vale tudo. Neste caso, eu queria lanchar e juntei-lhe bacon e um ovinho estrelado que fiz na mesma frigideira anti-aderente sem nenhuma gordura (como se bacon não fosse já sinónimo de gordura.
Fiz panquecas para dar e vender! Foram 10 pequenas (duas africanas, que já mencionei) e duas gigantes - do tamanho da frigideira - que fiz quando me começou a falhar a paciência (e o tempo).