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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

06
Ago17

Eu nem gosto assim tanto de café...

Maria das Palavras

Café Amargo | Livro Clube do Autor

 

É a pura verdade. Mas este café de ler em vez de beber esperava por mim na estante e iam saindo notícias sobre o sucesso que fez em Itália. Depois a Magda leu e gostou. Neste livro encontrei vários tipos dele e dei por mim a ser apreciadora de vários. A saber: 

 

Café Morno

Começa morno este café. Repousa na chávena e vamos bebendo à espera de melhor. As primeiras páginas não prendem. Muito embora seja um tipo de escrita agradável, a autora descreve muito do que é o contexto económico, histórico e social siciliano logo ao início, quando o que queremos é conhecer melhor as personagens e como se vai afinal desenrolar a trama.

 

Café da Aldeia

É deliciosa a forma realista como sabemos do que se comenta por portas travessas acerca da vida da protagonista. Uma réplica das intrigas e diz-que-disses da vida real, relatada de uma forma única. 

 

Café (efetivamente) Amargo

É quando começamos a perceber para onde vai (e com quem) a vida de Maria que se revela a amargura do enredo. Os desafios em que se verá envolvida fazem-nos sentir que queremos intervir. Aconselhar a menina que à força será uma grande mulher.

Café Intenso

E é aí que o livro pede para ser lido, sem ser largado, progressivamente com mais vontade. É nisto que a autora é boa: a mostrar a força e a evolução da protagonista. A sua relação com os outros. O papel na história da(s) famílias. Maria começa como uma moça que preza a sua instrução, a sua música, a sua liberdade. Mal sabe o que a vida reserva para ela - algumas coisas que sempre estiveram à sua frente e ela não viu e outras que ela sabe mas não quer ver. As pessoas que rodam na sua esfera mereciam cada uma um livro: a mãe, a sogra, o marido ou a sua tia, de tão cheias de personalidade que são.

Pingo de Leite

Que é a minha forma favorita de beber café. Quando se encontra o equilíbrio certo entre a narração histórica (e factual) e a vivência das pessoas e dos sentimentos (ficcional) estou na minha zona de conforto. Aquilo que a meu ver a autora não consegue no início, consegue do meio ao fim com mestria. E continuamos sem querer pousar o livro. 

 

Café Curto 

Que é como quem diz: um italiano. O fim brusco faz-nos desejar mais. Fiquei com sede de um novo livro que narre a vida de Rita. A sua perspetiva de tudo desde a infância ao futuro que vai para além das páginas deste café. Quem é Rita? Leiam e descubram.

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04
Jul17

Possíveis utilizações para livros arraçados de mastodontes

Maria das Palavras

Livros grandes (imagem Pixabay)

 

Já ando com menos tempo para ler (e escrever) e ainda assim fui direitinha buscar à estante para "próxima vítima" o primeiro volume da trilogia O Século de Ken Follet. Que não chega bem a ser um livro, é mais uma bestinha. Ao início pensei que tinha sido mal jogado, porque este livro de certeza que não se mexe da cabeceira e portanto não anda comigo para trás e para a frente. No entanto se formos bem a ver a coisa, um livro arraçado de mastodonte tem diversas utilizações que justificam a sua presença em mais de um contexto da nossa vida:

 

Na praia

Pode servir de almofada para a cabeça. Ou de duna para impedir as marés de avançarem. 

 

No trabalho

Facilmente pode fazer de nossa secretária e servir de apoio para todas as atividades do dia a dia. Conseguimos comodamente pousar o portátil, o lanche da manhã, e o copo de canetas em simultâneo e mesmo convidar colegas para reuniões da távola retangular. 

 

Nos festivais

Pode servir de banco para não termos de nos sentar no chão enquanto esperamos por "aquela" banda. E dá altura equivalente a um escadote para vermos melhor o concerto se nos pusermos em cima dele.

 

No caso de guerra mundial

Serve para nos barricarmos e ao mesmo tempo de arma de arremesso. São pelotões inteiros que se extinguem a cada tiro certeiro.  

 

No parque de estacionamento

Para guardar lugar. Duvido que alguém se atreva a desviar o matulãozinho para pôr o carro, sob pena de fazer uma rotura muscular. 

 

No ginásio

Quem leva os seus próprios pesos está sempre preparado e não tem de esperar pela sua vez nas máquinas. Mas só se aconselha aos que estejam em melhor forma física (muita proteína nesse corpinho para aguentar elevar repetidamente livros deste gabarito). 

 

Exagerada, eu? Não...

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30
Jun17

E o burro, está a fazer o quê?

Maria das Palavras

Uma amiga minha comprou um livro de pano muito fofo para a sua bebé (nos CTT, nem foi na feira da ladra) chamado Na Quinta*. Além de fofo, é muito educativo. Tanto, que vos deixo algumas páginas. Podem querer partilhar algumas coisas com as vossas crianças ou mesmo aprendê-las em primeira mão. Há que ser humilde. Eu também não sabia que os pintainhos tinham crina, ou que os porcos podiam dar lã. Aconselho a comprar porque o livro está todo muito virado para o ensino. Num universo paralelo. 

 

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* Entretanto, a editora já me comunicou que está a par do caso e que fará a troca de exemplares a todos os que tenham comprado o livro com textos trocados, pois já existem edições corretas (eu vi) e só ficaram no mercado alguns exemplares errados que escaparam - grande pontaria da minha amiga! Isto uma coisa é errar (erramos todos) e outra coisa é saber corrigir os erros, comunicar quando há reclamações e não prejudicar o consumidor. 

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29
Abr17

Palavras dos outros #28

Maria das Palavras

Esta é a minha hipótese: humor, ou sentido de humor, é, na verdade, um modo especial de olhar para as coisas e de pensar sobre elas. É raro, não porque se trate de um dom oferecido apenas a alguns escolhidos, mas porque esse modo de olhar e de raciocinar é bastante diferente do convencional (às vezes, é precisamente o oposto), e a maior parte das pessoas não tem interesse em relacionar-se com o mundo dessa forma, ou não pode dar-se a esse luxo. (...)

Trata-se de entender as pessoas, os objectos, as ideias, a linguagem como brinquedos, feitos de peças que é possível organizar de outra forma, acrescentar, subtrair, deformar, virar ao contrário, pôr noutro sítio.

 

O mestre Ricardo Araújo Pereira n'Uma espécie de manual de escrita humorística chamado A doença, o sofrimento e a morte entram num bar.

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06
Mar17

Vou ser expulsa do Livro Secreto

Maria das Palavras

Já vos falei sobejamente do Livro Secreto. Jurei que não queria meter-me na segunda edição e não lhe consegui resistir. Desta vez, enviei um livro para a troca que me disse muito quando chegou ao fim, mais do que durante. Que fala de “e ses”. Espero que me chegue, no fim de rodar todos os pares de olhos, tão rico como o anterior. Chama-se Contigo para sempre e é tudo menos um romance tradicional.

 

Ora, dizia eu que ia ser expulsa da iniciativa.Porquê? Tenho tido pouco tempo para estar atenta a todos os desenvolvimentos, mas sei que o lote desta vez é ainda melhor que o da primeira edição. Não sei de cor os livros que são, mas uns quantos são clássicos ou autores imperdíveis, alguns já li e outros aguçam-me muito a curiosidade. Entretanto, já me passou pelas mãos o primeiro livro da segunda edição da iniciativa. Enquanto espero o próximo e para matar os minutos de mais uma longa viagem de comboio peguei num livro que não é meu e dançava na estante dos sogros. Gostei tanto dele que partilhei citações no Instagram e no Facebook. Escrita deliciosa, argumento capaz, livro curto. Devia ter-me durando duas viagens e durou só uma. Lembro-me de pensar “Ainda bem que não é do livro secreto, senão não convinha partilhar as citações” – isto porque a ideia é que as citações favoritas da iniciativa vão chegando como surpresas às mãos do próximo leitor.

 

Quando partilho com M.J. (presidenta do Livro Secreto) o livro que tinha adorado e que jurava eu ela também ia gostar, ela diz-me que é um dos da iniciativa. Grande OPS. Acabei de o ler fora de tempo. E pronto, não vou ser expulsa, que o perdão é divino, mas da argolada já não me livro. Livro. O livro foi este. Não falo mais dele para não estragar (mais), mas podem clicar na capa para detalhes. E não digam a ninguém, mas recomendo muito. 

 

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15
Fev17

A prenda certa, o meio de entrega errado.

Maria das Palavras

Livros novos - Maria das Palavras

 

Pronto, não festejámos o Dia dos Namorados, chegámos a casa perto da meia-noite, sem jantar, depois de andar a desmontar e carregar mobília (ainda não era a nossa, mas que é potencialmente para a casa nova - que ainda temos de encontrar). Mas - arrebitem haters do consumismo destas datas - trocámos prendas. Claro que ele me deu a prenda certa (as prendas certas). Não só dois livros que estavam na minha lista de desejos, como ainda por cima comprados de forma inteligente na nossa loja favorita de livros em segunda-mão. Agora imaginem o que é chegar a casa estafada e com fome e ele querer que eu adivinhe que tenho uma prenda com estas palavras: 

 

"Às vezes não está no meio, está nas extremidades."

Hein? I beg your pardon? Ele insistia com a mesma pista, eu olhei em volta da sala, não vi nada e anunciei que desistia e me ia deitar. Foi assim que ele foi buscar à estante de livros estes dois que tinha colocados na ponta esquerda e direita de uma das filas. Como se eu, subnutrida e cansada de ver os outros carregar coisas tivesse alguma capacidade de descobrir livos novos numa estante ao canto da divisão. Tirando isso estou felicíssima mesmo que tenha agora 657 livros meus por ler, mais os do livro secreto que vão chegando mensalmente!

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17
Jan17

Este blog não é sobre livros #11: Quero-te Morta

Maria das Palavras

Quando escrevi este texto tinha acabado de ler uma história ficcionada sobre o rapto de uma menina e fiquei cheia de vontade de ler histórias verídicas. Uma das que listei foi este Quero-te Morta (cliquem na capa para detalhes) que o Clube do Autor teve a simpatia de me enviar (já que eu estava curiosa). O realismo deste livro está nas sensações e não na história: a protagonista é vítima de assédio e perseguição por parte de um ex. Coisa que o autor já sentiu quando foi perseguido por uma das suas leitoras que levou o conceito de fã muito a sério. Assustador, certo?

 

No início baralhou-me porque o livro abre logo com algo emocionante que seria próprio de fim ou meio de livro e está logo nas primeiras páginas, pelo que achei que logo ali ia começa a decair. Mas é mentira, continuei a ler e fiquei cada vez mais empolgada com a leitura, para saber como se ia desenrolar cada plano a partir dali. Temos sempre várias perspetivas e histórias que se entrelaçam, os capítulos são curtos, e isso são dois fatores que me prendem. Quero sempre ler mais um. Mais um. Mais um. Só mais um.

Algo que gostei particularmente foi como alguns momentos não foram previsíveis. Ou seja, temos a certeza que determinada coisa vai acontecer, porque tudo aponta para aí, mas o autor escusa-se ao óbvio e vai arranjar outras surpresas. Mesmo que as perguntas "quem fez isto?" ou "porquê?" estejam respondidas quase desde o início, é curioso ler como se desenvolvem. As tramas secundárias também existem e adicionam outros elementos de surpresa. E mesmo depois do que seria "o fim" o livro continua a acontecer


Fica a recomendação, para quem gosta de policiais e fica (para mim) a vontade de ler mais deste autor e desta série de livros. A história gira sobretudo à volta da protagonista, mas Roy Grace, o detetive, e a sua vida profissional e pessoal tomam uma boa parte do livro. Este é o 10º livro de Peter James sobre o detetive Roy Grace. Logo de início percebemos que em livros anteriores algo de importante e definidor se passou na vida dele e tendo em conta a forma como o livro termina estou muito curiosa para ver os próximos capítulos (há pelo menos dois que já estão escritos, mas não sei se estão publicados por cá)...

Ficaram curiosos?

 

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11
Jan17

Livros irrequietos. Também querem?

Maria das Palavras

Livro secreto - Iniciativa do blog E agora? Sei lá!

 


No final de 2015 a M.J. teve uma ideia: pôr livros a dançar. O pessoal inscreveu-se, deu um livro ao manifesto e durante o ano de 2016 treze pessoas rodaram treze livros por todas as casas. Sublinhando passagens ou deixando comentários, tornando o livro mais vivido e a nós mais ricos quando ele voltasse às nossas mãos. 

 

Dos 30 que li em 2016, muitos livros pertenceram a esta iniciativa. O Livro Secreto (que para mim, devia ser o Livro Irrequieto) traz duas sensações quentes: a de termos o prazer de emprestar a outras pessoas um livro que nos diz algo e a de descobrirmos livros que nunca pertenceriam à nossa estante de escolhas. Já sabia que A Luz de Stephen King seria o meu favorito, surpreendi-me muito positivamente com A Pérola e o Navegador Solitário, gostei sem amar perdidamente do do Zafón, desiludi-me com o Plano Infinito da Isabel Allende e saltei capítulos inteiros do Cloud Atlas, num livro em que adorei umas partes e odiei outras. Li mais, mas não li todos (e não faz mal, a vida acontece e a iniciativa tem espaço para essa compreensão).


Este é o últimos dos 13 meses e ainda tenho um livro por receber (e ler) antes do meu. Para mim a desvantagem não é tanto a ladaínha dos CTT (que entre os portes editoriais que ficam mais baratos e o Moço me ajudar às vezes no transporte não é muito penosa) mas sim o acumular dos livros que tenho cá por casa e que também quero ansiosamente ler há tanto tempo. Ken Follet, O Pintassilgo, Anna Karenina e uma série de outros vão ficando para trás. Foi por isso que decidi que não faria parte da segunda edição...até me perguntarem se eu queria fazer parte da segunda edição. Não consegui resistir. As coisas boas desta iniciativa (ah, a sensação de uma encomenda no correio em vez de contas! e a surpresa da primeira vez em que ainda nem sabemos que livros andam a dançar na iniciativa!) ultrapassam as menos boas. E mesmo com a certeza que não lerei todos, em prol dos livros que já moram cá em casa, não quero ficar de fora. Não consigo. 


Venham comigo. Entrem na iniciativa. Prometo que não se arrependerão. Inscrições para o email eagoraseila@sapo.pt com o assunto livro secreto. Há logo a primeira parte excitante em que escolhem o livro que será o vosso irrequieto. Não escolham um muito grande (até 200 páginas é o aconselhado). No corpo de e-mail identifiquem-se, digam que livro querem enviar (só mesmo no email, que ele mantem-se secreto na primeira ronda) e digam se concordam que ele seja sublinhado (não é obrigatório).

 

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Falta-me só dizer que o livro que escolhi emprestar na primeira edição foi o minorca de 88 páginas A Contadora de Filmes, de Hernán Rivera Letelier. A história de uma família pobre onde quem tinha mais talento para contar histórias ia ao cinema para ver o filme e recontar a todos. Aconselho vivamente. Para a segunda edição não escolhi o livro: escolheu-me ele quando me fez sentir saudade ao olhá-lo na estante. Curiosos? Increvam-se. E saibam mais sobre toda a iniciativa no blog da sua autora.

 

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28
Dez16

Palavras dos outros #27

Maria das Palavras

Escrever é um trabalho fantástico: pagam-me para inventar coisas.
(...)

Sempre pensei escrever, sim. Aliás, toda a vida escrevi, mas não tinha a confiança suficiente para me lançar nisso aos 20 anos, por isso é que arranjei outro emprego. (...) Foi o livro que me deu o empurrão de que eu precisava. E acho que quando nos sentamos para escrever acabamos sempre por ser surpreendidos por aquilo que nos sai da cabeça e que nem imaginávamos que tínhamos dentro de nós.
(...)

Normalmente tenho montes de ideias. E como só comecei a escrever quando já tinha quase 40 anos… até lá estive a fermentar ideias na minha cabeça. Como finalmente descobri aquilo que realmente gosto de fazer, espero poder continuar a fazê-lo durante muitos anos.

 

M.J. Arlidge, autor publicado pela 20|20 Editora em Portugal, em entrevista ao CM. Tenho mesmo que ler um livro deste autor que cumpriu o meu sonho aos 40 (ainda tenho dez anos, aparentemente).

 

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13
Dez16

Isto não tem nada a ver com o Natal #7

Maria das Palavras

Mas é um desejo como inevitável consequência da experiência do fim-de-semana. Sabia lá eu que a história da menina no país das maravilhas tinha um lado sombrio, um lado verdadeiro. Sabia lá eu que a Alice era de carne e osso e o autor escreveu para ela. Sabia lá eu da polémica envolvida. Quero reler o clássico com os novos olhos que a peça me emprestou, quero saber mais sobre os factos e quero saber mais sobre a fantasia. Para já, encontrei estes três na FNAC (que mos pode mandar cá para casa quando muito em entender que eu arranjo espaço na estante apinhada). Mas quem tiver mais referências bibliográficas dentro do assunto, que mas chute, por favor.

 

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