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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

25
Set15

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra

Maria das Palavras

As praxes podem ser (são em 90% dos casos) estúpidas. Mas se um aluno espirrar enquanto está em praxe, não foi necessariamente o veterano que o infetou com o vírus da gripe.


No meu tempo (não acredito que estou a usar esta expressão), vesti sacos do lixo e cantei, tive crianças a pintarem-ma a cara e a darem-me papa e fui vendida em leilão. Nunca me senti ofendida, não fiz nada que não quisesse - pelo menos aceitasse (a coisa mais horrível para mim foi mesmo a papa, mas tive colegas que se deliciaram), e caso me quisessem obrigar a algo podia sempre recorrer àquela coisa chamada personalidade para dizer "não". Por exemplo, não bebo alcóol. 

Bem sei que há lugares que levam estes rituais mais a sério (ou menos a sério, porque no meu caso foi mais uma integração que uma humilhação, que devia ser o real propósito da coisa), mas não acredito que não haja a opção de negar, à partida ou em determinado momento. Aliás, o que acredito é que nos casos em que não há hipótese de negar isso já não tem nada a ver com praxe. Tem a ver com seres humanos desprezíveis, inseridos num contexto que pensam que lhes dá poder - mas no fundo só lhes dá o poder que aquela centena de caloiros por cada 10 veteranos deixar. E isso é crime, e podia acontecer no campus universitário, como no café da esquina. 

Digo isto pensando racionalmente e não querendo defender uma tradição da qual nunca achei que fosse fazer parte, porque no geral e da forma como é levada a cabo em muitas universidades, não me identifico com ela. 

 

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15
Set15

Comparti(mentalizar)

Maria das Palavras

Compartimentalizar | Maria das Palavras (imagem Pixabay)

Consigo dividir a vida em frações. Sabem aquele vídeo em que um tipo descreve as diferenças entre homens e mulheres? Os homens têm cada assunto em caixas separadas, bem arrumadas, que se vão buscar quando são necessárias, as mulheres têm um novelo sem fim, com tudo interligado. Eu sempre fui mais como os homens. Tenho secções bem definidas em áreas arrumadas, como na melhor página do catálogo do IKEA.


Por exemplo, quando o meu avô  morreu, e a fim de um tempo, pu-lo numa caixa. Dito assim parece cruel, ou que estou a fazer uma piada mórbida. Não é isso. Arrumei a minha dor numa caixa enorme que ocupou uma divisão inteira na minha cabeça. Empurrei-a para os fundos. Só vou buscá-la quando não consigo mesmo evitar esse corredor. Deixei as boas recordações (e são tantas) numa caixa mais acessível, numa prateleira daquelas que uso muitas vezes. Está na estante da família, ponto geográfico: Leiria. As coordenadas sei de cor.

Há quem diga que por fazer isto sou fria, que estou a evitar sofrer e a acumular dores por não extravasar. Não é verdade. É a minha forma de lidar com as coisas e não há nenhum espaço a apodrecer nesta minha mansão. 
Faço isso com tudo, não só o que é mau: também organizo o que é bom (amigos aqui, ambições pr'ali). Não é um processo logístico complicado, não preciso de contratar um (ar)Mário a recibos verdes para dar conta do recado, é-me natural. Umas têm material frágil, outras inflamável, é só ler a indicação. Depois, às vezes, em vez de chorar, escrevo. 

 

Isto para dizer que é assim que eu reconheço um problema sério: as prateleiras das caixas caem em dominó. E porque a vida não é (para grande desilusão geral) um catálogo do IKEA não posso fazer logo compartimentar e tenho de me mentalizar para isso. Obrigam-me a trocar caixas de uns lugares para os outros e algumas enchem e ficam a transbordar, tocando a próxima. Ou não me deixam fechar a caixa delicadamente, embora seja óbvio para mim que já não é necessária. Ou tenho de passar tanto tempo a arrumar uma caixa que me esqueço das outras. E não faz mal. Porque no fim hei-de pegar nisso tudo que correu mal e arrumar nos fundos. Deixo cá à frente as lições, as boas recordações, e o futuro todo, embrulhados num cartão que diz "este lado virado para cima". 



 

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15
Jul15

A ordem das coisas

Maria das Palavras

Não vás para um paraíso tropical na primeira semana de férias e para a Ericeira na segunda.

A Ericeria pós-trabalho pode ser um camarão tigre grelhado com molho de manteiga de alho para as torradas, mas depois de águas turquesa sabe a tremoços velhos. Sem sal.

 

Experimenta ao contrário e sê imensamente feliz.

 

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14
Jul15

Será que os livros morrem nas estantes?

Maria das Palavras

 

Pixabay free images: Bookshelf | Estante de livros

  

Imagine-se uma pessoa que não é amada. Que experimentou um beijo entusiasmado e depois foi fechada numa cela vazia e quieta, sem saber se é para sempre, só com a recordação desse beijo. Por quanto tempo se sentirá viva sem propósito algum?

Não é isso que fazemos aos livros que colecionamos? Lemos todas as páginas, mais sofregamente, ou devagar, a saboreá-las. Depois fechamos a capa, encostamo-los ao peito, felizes pela leitura, tristes porque terminou. Gostámos tanto. Jamais nos poderíamos desfazer dele. Guardamo-lo na prateleira. Não o damos porque já está usado, não o vendemos porque o queremos conosco, não o emprestamos porque sabe Deus que podemos não o ter de volta, não o relemos porque já sabemos a história e gostamos de ser surpreendidos. E ele fica ali arrumado, qual peça decorativa, a ser tocado pelo espanador, volta a abrir-se se alguma vez no meio da limpeza tem a sorte de cair ao chão.

 

E não me digam que sou ridícula (apesar de ser verdade) e que os livros não têm vida. Quando muito, têm várias. 
Então fica a questão: os livros morrem por não serem lidos?

 

Se assim for, nem toda a gente mata os livros (há quem se desfaça delas, quem os empreste com leveza, quem os releia incontáveis vezes), mas eu mato. E mais assassinos haverá por aí. Penso se serei capaz de deixar de ser egoísta e fazer o melhor pelo espécime em papel. Fazer até uns trocos ou fazer outra pessoa feliz. Mas sobretudo isto: ressuscitar o livro. Ou deixá-lo viver. Ser lido. É a mesma coisa. Está bem, eu vou dormir...

 

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01
Jul15

O casamento é outra coisa

Maria das Palavras

Pixabay Public Domain Photo: Wedding

 

Nunca tive o sonho de casar. Sim, ser casada esteve sempre no meu imaginário de um futuro "bem sucedido", mas isso não tinha nada a ver com papéis ou festas, apenas com ter alguém disposto a prometer-se a ti por toda uma vida e vice-versa - qualquer coisa que começasse com um beijo tímido e acabasse com dois velhotes companheiros à frente da lareira com gatos ao colo. Mas aqui não falo do casamento-relação, falo do casamento-evento. Os ingleses distinguem com duas palavras (wedding ou marriage) e Deus-os-abençoe por isso.

Quando me questionavam sobre o assunto, dizia só que queria ser pedida em casamento, casar era irrelevante. Ou então que preferia saltar logo da despedida de solteira para a lua-de-mel - torrar o dinheiro que custa a cerimónia numa bela viagem era algo para me dar muito mais prazer.


E não é que eu tenha mudado de ideias, mas de repente tive uma epifania sobre o que de facto interessa no casamento [que é a festa e não o estado conjugal]. Não interessa tanto o dia em si, como o facto de ele ser um culminar de um processo a dois. Não interessa tanto que esteja lá a tia-avó que já não viam há dez anos como o facto dos noivos terem tomado essa decisão em conjunto. Não interessa tanto que estejam dez convidados sentados na mesa "Malibu", como terem-se sentado meses antes, copo de vinho na mão, a acertar o tema do casamento. Não interessa que as damas de horror vistam amarelo canário, a dar com a decoração da igreja, ou que os guardanapos tenham forma de cisne, que o bolo seja de chocolate, que a música de entrada da noiva fosse o She entoada por um cantor lírico ou os brindes que ninguém usa sejam charutos cubanos, alfinetes de peito com a foto dos noivos e saquinhos de gomas para os petizes. Nada disso interessa tanto como o processo que fez com que nesse dia de celebração tudo acontecesse exatamente dessa maneira. As decisões difíceis, as horas de planeamento, as discussões por cima dos lírios frescos que ocupam a banheira na véspera...O dia do casamento é o dia mais importante da vida dos noivos porque é o concretizar do seu primeiro grande projeto a dois., com tudo o que isso envolve.


O casamento é outra coisa. São todos os dias antes do dia.


E se esse dia for um sucesso...então porque não será o casamento, enquanto relação? (pensará a cabecinha apaixonada dos noivos)
É por isso que é tão importante. 
....
É por isso que é tão importante?

 

 

 

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29
Jun15

Falemos sobre ursos de peluche.

Maria das Palavras

Urso de Pelúcia Gigantesco com mais de 2 Metros

Acho mesmo que alguém devia falar sobre isto e talvez possa ser eu. Vou falar diretamente para as pessoas que têm um bebé a caminho nas redondezas, por entre amigos e família, e estão a pensar nessa dádiva (literalmente) gigante que o bicho entufado de pelúcia em proporções gigantescas, à medida do seu carinho pela criança que aí vem: estão-se a passar ou quê?!


Além de acumular ácaros para burro e potencialmente desenvolver doencinhas de pulmão às crianças, e a não ser que os pais da criança presenteada morem num palacete, respondam-me a esta perguntas:

1. Gostavam de ter um mostrengo gigante a ocupar-vos o espaço de uma peça de mobília numa das divisões?

2. Querem mesmo ensinar a criança, de pequena, a confiar em entidades grandes e peludas?

3. O que é que acham que os pais vão fazer aquilo quando o anjinho virar pré-adolescente e quiser uma decoração rock-punk do quarto?

 

E agora? Ainda acham um bom presente?
Vá, amanhem-se lá com qualquer coisa entre o útil e o mais-fácil-de-esconderarrumar e enviem as toneladas de carinho na forma de algo que não incomode tanto. Sei lá, beijinhos. Não, isso também não...

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28
Jun15

Possíveis explicações para a maré baixa no mundo dos blogs

Maria das Palavras

1. Está tudo de papo para o ar na praia: blogger é pobre, portanto faz férias em Junho (como eu).

2. Um comentador anónimo enraivecido anda a ameçar revelar-lhes a identidade se continuam a escrever (ameaçando inclusivamente os que dão a cara).

3. Está tudo de nariz enfiado no novíssimo livro da Magda e portantos dedicados ao papel em vez de agravarem a miopia a olhar para o ecrã do portátil.

4. Intimidados pela obrigatoriedade do acordo ortográfico, mas sem saber bem todas as regras, preferem remeter-se ao "silêncio". 

5. Estão a fazer vários minutos de "silêncio" pelo gatos do S.João (flagelo em nada comparável ao dos caracóis cozidos vivos, onde temos a sorte de ter o testemunho em primeiro ranho do Caracol Martim).

 

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01
Jun15

Os casais de casais

Maria das Palavras

Um fenómeno que começo a verificar nesta idade em que me encontro (comecei a contagem decrescente para os trinta) são os casais de casais. Pares de pombinhos que arrulham em conjunto e não vivem uns sem os outros. Que vêem naquelas duas outras pessoas "o casal da sua vida".

 

Courtesy of Toronto Public Library

 


Como reconhecê-los?

  • Andam os quatro em linha, de mãos dadas, dois a dois.
  • São avistados em Sintra, nos passeios pedestres ou nas imediações das praias.
  • Fazem posts no Facebook com locais a visitar ou restaurantes a provar, com referência à cara metade e...a mais dois (sempre os mesmos).
  • Quando sozinhos (em casal solitário) têm olhos perdidos e mãos nervosas a clicar compulsivamente no telemóvel para fazer refresh à conversa de grupo no WhatsApp.


Como escolher o casal adequado para si?

  • Visto que vão andar sempre com este casal e nunca considerar sequer uma ida ao cinema sem eles é importante verificar a compatibilidade de horários e dias da semana livres.
  • Certifiquem-se que eles gostam ou não de sushi consoante as vossas próprias preferências. A partir do momento em que escolhem o casal do casal que são, vão passar a jantar sempre fora a quatro, excepto aniversários de namoro/casamento e primeiras comunhões da prima.
  • Façam pesquisas em fóruns de swing para comprovar que não é apenas essa a intenção do casal ao dar-se convosco. A não ser que queiram alinhar.
  • Certifiquem-se que eles não são daquele tipo de pessoas que vos faz descalçar para entrar em casa deles. 

 

As consequências a longo prazo deste fenómeno ainda não são completamente conhecidas na sociedade, mas há estudos pouco científicos que apontam para a perda de identidade do casal ou a escassez de selfies a dois (que passam sempre a albergar os quatro membros numa frame). 

 

Se fazem parte de um casal de casais e não sabem como travar a vossa dependência não deixem de enviar email para a linha de apoio naoqueroestarsocomomeunamorado@casaldecasal.com.

 

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08
Mai15

O verdadeiro benefício do chá

Maria das Palavras

Chá - Maria das Palavras

 

Estava a ler um artigo intitulado “Beba um chá, que isso passa” e a pensar para os meus botões…


É verdade que apontam o chá como remédio para tudo: é bom para o stress, emagrece, previne doenças…uma chávena de chá faz quatro por uma linha e aos fins-de-semana ainda dá espectáculo no cabaret. O meu pai também acha que é um líquido milagroso: qualquer dor de garganta se cura com chá com mel, pode baixar o colesterol sem medicação se beber o chá certo, etc - só está à espera do chá que multiplique o dinheiro que traz no bolso.

Eu sou um pouco menos crente nos benefícios do chá, sobretudo em relação ao stress. Pelo menos se for um caso “daqueles” (estão a perceber a entoação que estou a dar, não é?). Está bem que ajude em casos de nervoso miudinho, mas nunca vi uma chávena que me acalmasse quando a minha equipa está a perder naquela competição importante – uma caneca de cerveja talvez, para alguns. Nunca uma infusão de camomila me pareceu uma sugestão pertinente para se apresentar à namorada quando ela roda a baiana.

Sabem quando estão de tal modo enervados que vos apetece dar dentadas em alguém? Acho que nesses casos há sempre uma alternativa (que de facto envolve chá) e que me parece bastante mais eficaz, ainda que menos recomendável e certamente não aprovada pela OMS: despejar o chá (não vou dizer a ferver) pela cabeça abaixo de alguém – que seja a fonte de irritação.

Proponho assim a alteração do paradigma para: “atire-lhe um chá, que isso passa”!
Até já me estou a sentir mais calma. Adoro soluções práticas.

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18
Mar15

A beleza do Buffet...

Maria das Palavras

...está nos olhos de quem vê. Ou, no caso, na boca de quem come. 

All you can Eat Buffet

 

Eu sou pisca a comer, pelo que os "coma tudo o que conseguir" não me compensam - consigo pouco. Mas pior que isso: sou um molusco preguiçoso e só de pensar que tenho de me levantar para ir comer perco logo a fome*. Ou então, numa tentativa de me levantar poucas vezes ergo uma montanha de alimentos diversos no prato, que acabam por se misturar todos (arroz com ananás, feijão preto com folhadinhos de salsicha, alface com molho de soja), confundido-me ao ponto de já não querer pegar mais. Entretanto, ter tirado a comida das travessas metálicas que me fazem lembrar os refeitórios da escola que eu só não evitava quando não havia mesmo hipótese, traz-me más recordações. Se tiver de andar de tabuleiro na mão, tanto pior. Depois não me apetece nada gastar uns euros preciosíssimos e abençoados para jantar num restaurante e...é um restaurante onde nem me trazem a comida e acaba por não ser mais barato que alguns tascos da vizinhança que me fazem lamber os dedos. O problema não é do buffet, é meu.


*A exceção faz-se para qualquer pequeno-almoço de hotel que tenha ovos e bacon ou no brunch do Pão de Canela. Mas não vou falar nisso agora, que me afogo em baba na minha própria garganta.

 

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