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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

09
Fev16

Viver por uma lente.

Maria das Palavras

Viver por Uma Lente - Maria das Palavras

 

É uma das doenças do século. Milhões de pessoas todos os dias (biliões) vivem através de uma lente. Não falo de miopia, astigmatismo e casos de cataratas avançadas. Falo do vício da câmara, do smartphone, do iPad em punho para fotografar ou filmar...do viver por um ecrã, por uma lente. Viver com um intermediário, em vez de viver diretamente.


No outro dia fui a um café-bar. Fui em busca de waffle com gelado, ou não fosse eu, mas um grupo animado de mulheres pediu uns shots coloridos e flamejantes. Assim que chegaram à mesa...brindaram?...beberam?...nada disso! Sacaram dos telemóveis. Instagram primeiro, momento depois. Perderam o brinde porque foram bebendo uma a uma para a câmara, com a assistência das amigas. A diversão estava em registar, em mostrar a outros que não estivessem lá a grande loucura que fizeram juntas - só que não. Perderam o momento, beberam de um trago e fizeram cara feia, uma de cada vez, desencontradas. 


Assim é em concertos, em viagens. As pessoas vêem a interpretação da sua música favorita com uma câmara pelo meio. A olhar para o ecrã, para se certificarem que o enquadramento está bom até ao fim. E quando chegam ao fim, esqueceram-se de a ver diretamente. De sentir sem filtros.

 

E deslocamo-nos para obter a foto perfeita da Torre Eiffel, quando há tantas fotos de cor e enquadramento perfeito da Torre Eiffel num browser próximo de si. Quando nos devíamos deslocar para fazer a melhor captação possível...com o olhar. Registar as cores irrepetíveis de uma paisagem, inimitáveis por qualquer meio tecnológico, por mais FHD 3D XPTO que seja, através dos nossos olhos. 

Depois preocupamo-nos porque ao meio da tarde daquela viagem já estamos sem bateria na máquina ou no telemóvel, quando devíamos estar preocupados que isso signifique que passámos demasiado tempo a fazer click e muito menos a ter experiências únicas, de mãos livres. O selfie stick para o diabo. Os outros não têm de ver que estivemos ali. Nós próprios não precisamos de nos lembrar que estivemos ali, se não estivemos por mais nada senão captar para recordar, sem viver.


Equilíbrio: procura-se desesperadamente. "Consumir com moderação" deviam as máquinas digitais ter como aviso na embalagem. Lá nisso o bom do rolo, a gastar-se depressa, era nosso amigo. 

 

Eu também gosto de fotografias: as da praxe, as únicas, as das caras bonitas e feias, as que provam que estive lá, fiz aquilo e com quem. Mas espero não me esquecer nunca de experimentar o que está foto, se não em vez de, ao menos antes de fotografar.

 

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26
Jan16

Mariazinha, deixa-me ir à cozinha, deixa-me ir à cozinha...

Maria das Palavras

Sintam-se à vontade para acabar a frase do grande hit a que faço referência no título na caixa de comentários. E, quando acabarem, cliquem na imagem e leiam a minha participação do mês no sempre útil blog Aprender uma Coisa Nova por Dia. Aprendam alguma coisa comigo que (não parecendo) até sou um pouco prendada, ou vão lá só dizer para eu parar de ser óbvia, que já toda a gente sabe aquilo tudo que eu menciono...

Dicas da Maria na Cozinha | Aprender uma coisa nova por dia

 

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02
Nov15

Carta aos donos de restaurantes da moda

Maria das Palavras

Caríssimos,

 

Primeiro, e porque não sou nenhuma mal-agradecida, gostaria de vos louvar por nos permitirem comer as mesmas porcarias de sempre (hamburgueres, cachorros quentes, sandes) com nomes XPTO, que até são um orgulho de colocar com hashtag no instagram. Se mete "gourmet", "portuguesa", "artesanal", "tapas" ou "do bairro" no nome, já sabemos que conseguimos provocar inveja nos nossos amigos, e pela módica quantia de 10€ por cabeça, ou menos ainda, fazemos o luxo do mês e comemos fora de casa.

 

Até aqui tudo bem. 

 

Nem me importo que usem latas de feijão como centros de mesa, cadeiras velhas todas diferentes, páginas de jornais como se fossem quadros e permitam as pessoas rabiscarem em paredes de papel ou quadro de giz, num exercício que pretende conjugar originalidade, com poupança, com partilhas nas redes sociais.

 
Mas...têm mesmo de me obrigar a sentar ao pé de estranhos? Tenho mesmo de ter conversas pessoais com amigos com gente ao lado? Fonte: http://desaltosporlisboa.blogspot.pt/2015/05/de-saltos-por-ai-frankie.html

A moda das mesas grandes, ao estilo cantina pode ser o último grito da estética e muito cool. Mas não queria muito falar dos meus dramas com público maior do que aquele que já tinha na ideia quando planeei o jantar (eu sei que sou muito engraçada e é um prazer que qualquer pessoa me possa ouvir, mas de facto não dou espetáculos de stand up - nem sit down). Ou então, também decidiram apoiar a esquerda e fazer de toda a gente do restaurante bons camaradas, mas eu se quisesse fazer amigos ia à internet, como é prática comum por estes dias.


Assim obrigam-me a ser desagradável para conseguir estar sozinha - leia-se, com companhia à minha escolha -  quando frequento os vossos espaços para me deliciar. Estas são algumas das soluções que penso implementar:

  • Deixar de tomar banho na semana que antecede a minha ida ao local de repasto, esperando que o meu aroma acerele a refeição das pessoas ao meu lado e afaste outros pretendentes. Danos colaterais: é possível que a pessoa que vá comigo também fuja.
  • Descrever, de forma bem audível e exaustiva, os furúnculos da minha tia. Danos colaterais: os mesmos da tópico acima.
  • Criar uma linguagem em código, treinada durante meses. Dar formações intensivas às pessoas com quem quero marcar um jantar. Poderemos falar à vontade em mesas corridas com pessoas ao lado, sem que ninguém nos entenda. Danos colaterais: os mesmos dos tópicos acima, mas a desistência dá-se logo na fase do planeamento.
  • Adotar um furão e levá-lo comigo sempre que vou ao vosso restaurante - a espreitar da minha mala, diretamente para o prato da pessoa ao lado. Danos colaterais: expulsão do restaurante e possível internamento.

 

Para além disto, caríssimos, a minha companhia mais frequente é, como não poderia deixar de ser, o meu moço. E ele distrai-se muito facilmente. Quando estamos num restaurante já me vejo obrigada a competir com o telemóvel dele, as TV's ligadas, as pessoas que frequentam o mesmo espaço, os carros que passam na estrada e espelhos ou qualquer objeto em geral onde ele possa ver o seu reflexo. Se eu tiver de competir também com a conversa dos outros...ou uma louraça sentada ali mesmo ao lado dele...estão a ver, não estão?

 

Esta carta aberta não é tanto uma crítica, como um pedido de ajuda. Penso que compreendem. Podem mesmo deixar as mesas assustadoramente perto, mas com uma abertazinha ao menos?

obrigadamp.jpg

 

 

 

 

 

 

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08
Out15

Guia de Londres: Um dia e meio

Maria das Palavras

Fui várias vezes a Londres, no passado. Estadias sempre curtas que tinha de aproveitar ao máximo. O regresso das chuvas faz-me lembrar esta cidade cinzenta e multicultural. Digo sempre que não é das minhas cidades favoritas e que não me vejo a morar lá, mas está-me a bater uma saudade, confesso. Assim sendo, lembrei-me de fazer uma boa ação: deixar-vos um guia para uma visita rápida a Londres. A Ryanair está com viagens super baratas (a partir de 19,99€) mas o alojamento é muito caro por isso quanto mais se visitar em menos dias melhor. E a pensar num fim de semana vosso, agora em Novembro ou lá para o início do ano, deixo-vos este guia, considerando que aproveitam a promoção da Ryanair, cheguem a Londres num Sábado às 9h30 e regressem no Domingo pelas 17h30. Querem?

Big Ben, Londres - Maria das Palavras

 

Este é um percurso sem horas em museus (só dois gratuitos e rápidos), sem visitas pagas (não há entrada no Natural History Museum, nem voltinha no London Eye, nem ida ao Madame Tussauds, nem musical caríssimo mas potencialmente de sonho no West End) e que deixa de fora alguns pontos que numa visita mais prolongada conseguirão martelar, como o mercado de estrada de Portobello, em Notting Hill (cenário do filme homónimo). É um percurso rápido (mas para fazer com calma) e em conta, que podem fazer num fim-de-semana e que vos deixa sentir toda a Londres, e, de acordo com a minha experiência (que cruzei com este one-day-guide), bater todos os must-do. Sintam-se à vontade para me corrigir nalgum ponto ou adicionar sugestões.

 

 

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19
Mai15

Guia simples para fazer malas complicadas

Maria das Palavras

As malas complicadas são as nossas (de mulher), mas a verdade é que muitos pontos deste guia servem para todos. Tenho anos a fio de experiência a fazer e desfazer malas, num CV bem recheado de viagens entre a terra-mãe e a terra-emprestada e abrilhantado por viagens de lazer para conhecer o meu país e alguns outros. Ganhei alguma prática e ligeireza que me empresta a ganância de achar que vos posso ensinar coisas.

Imagem: http://www.independenttraveler.com/

 

Costuma dizer-se que é tão difícil fazer a mala para dois dias como para uma semana, porque há coisas de base que têm sempre de ir. E, infelizmente, é bem verdade. Portanto vamos lá ver algumas regras essenciais by Maria para tentar facilitar a tarefa seja para que viagem for em propósito e duração:

1. Seleção, pós-seleção e pós-pós-seleção.

Comecem por espalhar em cima da cama ou outra superfície organizada tudo o que pretendem levar: entretenimento (livro, máquina fotográfica, telemóveis e outras tecnologias + carregadores), roupa interior, roupa de dormir, roupa de banho, roupa para o dia-a-dia, calçado e bolsas, potencial bijuteria ou maquilhagem, produtos de higiene, e proteção (casaco, chapéu, chapéu de chuva...).
Já está tudo? Agora tirem o que não vão usar. Vá, não se enganem. Tirem a sombra verde que nunca usaram antes. E os 5 tops que não devem usar - não precisam levar roupa a mais, a não ser que vão para um país sem lojas nem água potável, não se preocupem: vão conseguir sobreviver a emergências.
Já tiraram a primeira camada de coisas? Agora voltem a reduzir. Honestamente, vão mesmo usar aquilo? Vão mesmo ter tempo para vestir e usar tudo? Vão mesmo usar o creme para cotovelos que nunca usaram antes? Ou precisam mesmo de usar também nesses poucos dias o sérum para contorno do nariz? 

2. As cores neutras são as vossas melhores amigas.

Pretos, brancos, cinzentos, tons-terra do bege ao castanho escuro. Dão com tudo e vão bem entre elas. As peças essenciais devem ser desta paleta neutra (consoante as vossas preferências) e depois levam apontamentos de cor para não serem o aborrecimento em pessoa. 

3. Acessorizar com moderação.

Se cumprirem a regra acima ditada vai ser fácil cumprir esta: dois pares de sapatos e uma mala são mais do que suficientes. Quer-se um par de calçado mais prático (chinelos que tanto dão para andar no hotel como na praia e em passeios curtos) e outro confortável q.b. mas que componha mais o pézinho (ténis, sabrinas, sapatos confortáveis). A mala deve ter um tamanho intermédio e dar para usar com ou sem alça, variando assim o grau de formalidade. Só no caso de terem um evento muy chique para frequentar podem juntar um par de sapatos altos e uma mini-mala-chique (de preferência daquela molinhas que não ocupam tanto espaço na mala).

 

4. A roupa caracoleta.

Para já devem levar sempre que possível roupas que não se amarrotem com facilidade, depois devem usar a técnica milenar (ou não) que ajuda ainda mais a que não fiquem todas vincadas e melhor: ajuda a poupar espaço na mala em doses milagrosas. Enrolem a roupa. Enrolem a roupa. Repitam o mantra: enrolem a roupa.

 

5. Vistam tudooooooooo.

Tudo o que é mais volumoso vai convosco no corpinho. Sim, sim, têm de viajar confortáveis. Mas levam o par de calças maior nas perninhas e a maior parte das camadas que conseguirem vestidas: top, casaco, o lenço de emergência (que faz de casaco leve em caso de necessidade), o casaco maior, o chapéu na cabeça se  houver, a pulseira no pulso e os brincos nas orelhas, os maiores sapatos calçados, enfim...já perceberam a ideia, certo? Não devem ficar a parecer o boneco da Michelin, mas também não pensem só: vou levar o vestidinho leve com a chanatas e tudo o resto há-de caber na mala. Se der, ainda levam a máquina fotográfica pendurada ao pescoço e tudo. Sim, torna-se chato quanto têm de passar nas maquininhas do aeroporto. Mas isso é só uma vez e assim não desesperam com a mala.

E pronto, estes são os indicadores mais importantes para mim. 

Resta aceitaram para vocês mesmos que há sempre (SEMPRE) uma coisa importante de que se vão esquecer, seja a pasta de dentes, o creme protetor, o fato de banho ou os óculos de sol. Nesses momentos relaxem e pensem que tudo tem solução. Dêem graças porque não foi o BI ou passaporte e sigam viagem.

 

 

 

 

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16
Fev15

7 Argumentos para Tomares Banho

Maria das Palavras

Não me olhem com essa cara. Levo 28 anos de vida e pelo menos 20 a familiarizar-me com os transportes públicos. O que significa que já me cruzei com centenas, quiçá milhares, de pessoas desconhecedoras ou avessas ao conceito de banho. Uma evangelização do banho é necessária.

As desconhecedoras do banho, vou assumir que também não sabem o que é um blog e não desperdiço o meu tempo a explicar. No entanto, para quem é avesso à ideia, por algum motivo, gostava de fazer aqui a descontrução possível de alguns argumentos que podem levar as pessoas a não tomar banho.

 

Banheira - flatideas.com

1. "A água está cara."

Mais caros estão os medicamentos. Quando a pessoa não se lava cria bichos que despoletam doenças. Paga a conta da EPAL e poupa na farmácia.

 

2. "Faz mal lavar o cabelo todos os dias."

A não ser que sejas o Tony Ramos, o que tens no resto do corpo é pelo e não cabelo. E isso não faz mal que se molhe todos os dias (ao menos a cada três??) com algum sabão. Vai-te lavar ó porca.

 

3. "Uso a minha banheira como habitat de tartarugas fluviais."

Toma um banho de esponja com água corrente do lavatório.

 

4. "Perde-se muito tempo."

A crosta que se cria com a sujidade acumulada tolda-nos os movimentos e faz-nos andar mais devagar. Se tomares banho chegas mais rápido aos sítios e assim recuperas o tempo "perdido" em higiene pessoal.

 

5. "Amanhã sujo-me outra vez."
Amanhã lavas-te outra vez.

6. "Os meus gatos lambem-me. Penso que fico bem limpo assim."
Os teus gatos também lambem os seus próprios tomates. Pensa nisso.

 

7. "Gosto do meu odor natural."
As andorinhas cancelaram a migração para sul deste ano, só para não terem de passar pela linha latitudinal onde se cruzam com teu odor natural.

 

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05
Fev15

Serviço Público: Ide ao Teatro

Maria das Palavras

Gosto muito de ir ao teatro, apesar de não ir com muita frequência. É caro, é verdade, e já apanhei umas secas monumentais, pelo que tento investir com cuidado nesta fatia de cultura.

E se eu vos disser que pela módica quantia de 10€ podem ver a melhor peça de teatro de sempre? Cujo nome comprido não deixa adivinhar como é um espetáculo cómico, divertido, de improviso, enquanto conta a história de 37 obras de um dos escritores mais famosos do mundo? Falo d'As Obras Completas de Shakeaspere em 97 Minutos.

AS OBRAS COMPLETAS DE WILLIAM SHAKESPEARE EM 97 MINUTOS

A primeira vez que vi foi no auditório da minha faculdade há para aí dez anos atrás (OH MEU DEUS estou tão velha) e ainda me lembro de como eles pegaram num dos professores mais respeitados lá da escola para brincar ao longo da peça. Para eles era "o velho". E mesmo sabendo das temíveis consequências que gozar com ele podiam trazer, não conseguimos segurar as gargalhadas.

 

Se para vocês não chega eu dizer que esta foi a peça de teatro que mais gostei ao longo de toda a minha vida (e vou rever no Domingo), espantem-se com os números que falam por si: está em cena desde 1996 e já teve mais de 300 mil espetadores! Primeiro no Teatro Mário Viegas, depois a percorrer o país e agora, de vez em quando, em períodos curtos num palco. Desta vez está no Tivoli, em Lisboa, até dia 15 de Fevereiro.


E sabe-se lá se esta não é a última vez? 
Por isso façam um favor a vocês mesmos e, se tiverem oportunidade, vão. E riam muito.

 

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29
Jan15

Serviço Público: Carta aos massagistas

Maria das Palavras

Olá massagistas do mundo,

Deixem-me começar por dizer que sou vossa fã! Não em particular daquela senhora para os lados de Carnide com calos nos dedos que me beliscou tanto que estranhei que as costas não tivessem sangrado, mas em geral daqueles por entre vós que aderem aos vouchers de desconto.

Com a minha vasta experiência em massagens profissionais no lombo (umas quatro na vida) deixo-vos algumas recomendações, do ponto de vista do cliente: 

Quanto ao grau de nudez

Sejam específicos. Não nos abandonem na sala com um "já volto, ponha-se confortável". Isso quer dizer quantas peças de roupa tiradas? É que confortável ao pé de estranhos estou mesmo é vestida...Para os homens até se torna relativamente fácil. Para as mulheres (digam-me que não estou sozinha) o soutien é sempre uma piéce de résistance. Parece errado tirar. Mas às tantas já te está o profissional a massajar as pernas e começas a aperceber-te do erro porque ele não te consegue massajar bem as costas com tiras de tecido em todo lado. E agora como é que tiras o soutien sem ele reparar? E quase sempre batem à porta ainda tu estás a meio deste processo de pensar se tiras mais roupa ou não, atiras tudo para um canto, deitas-te e tapas-te com a toalha maior que encontras...para ouvir o massagista dizer que era para te virares ao contrário. Olha, põe uma placa! This side up.

 

Quanto à banda sonora

Normalmente são aqueles básicos orientais que não chateiam e diz que até relaxam. E eu estou de acordo. Até ao momento em que a minha barriga começa a fazer ruídos involuntários. Ou a respiração do massagista se torna evidente e audível. Ou quero engolir a porra da saliva e o constrangimento do silêncio não me deixa e quase me afogo na minha própria garganta. Por isso vamos optar por uma musiquinha mais alta, mais completa, com diversos instrumentos, para eu estar de facto relaxada e não preocupada em parecer relaxada.

 

Quanto aos cuidados capilares

Receber massagens despenteia: é um facto. Não dispenso, alias, a parte em que me lançam os dedos ao escalpe e depenteiam vigorosamente. É toda uma experiência Herbal Essences, com óleos em vez de champô. E até percebo que são massagistas e não cabeleireiros (alguns até são) para ter escovas esterilizadas na zona de spa para todos usarem. Portanto o pessoal habitua-se a levar uma escovinha ou usar os dedos no pós-momento. Agora, pelamordedeus, arranjem um espelho de forma a sairmos da salinha sem parecermos cientistas loucos. Por favor.

A touch of humour

E pronto era isto. Um bem-haja. E estejam à vontade, massagistas do mundo, para me convidarem aos vossos estabelecimentos, a comprovar que a par das vossas mãos mágicas, têm todos os aspetos acima mencionados mais do que cobertos.


Um apalpão (amor com amor se paga),

Maria das Palavras

 

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18
Nov14

Serviço Público: Pesquisa por Imagens

Maria das Palavras

Como a Pplware bem lembrou há mais vida no Google que a pesquisa básica e o email.
E para mim uma das ferramentas bem úteis e que muita gente não conhece é a pesquisa por imagens. Não estou a falar de se procurar uma imagem de qualquer coisa. Mas de se ter uma imagem e não fazer ideia de onde ela vem e onde ela está.

Por exemplo, é útil:
1. Ao ver uma peça de roupa linda que é partilhada por alguém, mas não tem fonte ou loja onde comprar. Também a podemos ter guardado há muito tempo porque gostávamos da peça de roupa e ja não fazemos ideia de onde era.

2. Ao ver um produto qualquer (outro) que nem sabemos bem como se chama (e não dá para pesquisar por texto "eletrodomestico arredondado assim com botoes alaranjados e que se usa para cortar cenouras em rodelas grossas" e chegar lá na pesquisa normal), só temos a sua imagem.

3. Ver uma paisagem linda, querer visitar esse local, mas nem fazer ideia a que país pertence.

 

Para todos esses casos e muitos outros que agora de repente não me ocorrem existe o Google Images: https://www.google.com/imghp

Image Search Google

Basta colocar um URL da imagem que vimos algures na Internet sem fonte - ou mesmo fazer upload do nosso computador dessa mesma imagem nesta bonita página (vá, é praticamente igual à da pesquisa normal). E o Google devolve resultados com todos os sítios [que apanha] em que essa foto está publicada. Et voilá. Chegam à informação que querem.

Pesquisa por patins - Google Image Search

De nada.

 

 

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22
Out14

Serviço Público: O Observador

Maria das Palavras

A correria é constante, o telejornal da manhã passa quando nos preparamos para sair, à hora de almoço há sempre pressa a acompanhar a refeição em vez de arroz e pelas oito nem se fala de disponibilidade (e quem é que faz a sopa?).

Durante o dia o tempo também não abunda e mesmo estando a par das notícias através de várias plataforma digitais (seja o Sapo ou via links partilhados no Facebook) muitas vezes ficamo-nos pelos cabeçalhos que não há tempo para mais. É ou não é?

Observador

E é aqui que se torna útil o Observador. Quer-me parecer que é o novo diário digital da moda, mas tem tudo para ficar.

Quando recebo aquele resumo de notícias pela manhã: que nem é redutor, nem me faz perder tempos com o acessório, fico encantada. Não é uma newsletter xpto, é um texto leve (para leitura e para descarregar no servidor de email) com links que posso seguir se me interessarem. Passa pelos principais eventos da atualidade e tem espaço para uma ou outra curiosidade que queriamos ler.

Falo da newsletter 360º (e desta não abdico) mas subcrevendo as 4 disponíveis temos um pacote de informação bastante completo e que se adequa às nossas necessidades e preferências: 

Newsletters Observador

 

Conheci-o (ao Observador) quando a Sónia Morais elogiou o projeto, destacando a área de Explicadores - que é basicamente cada assunto "para totós". Não se riam que é útil. Ah não sabes nada do que se passa na Tailândia? Ainda não apanhaste a essência desta tramóia do BES? Eles explicam de forma sucinta e rica ao mesmo tempo. 
E não são preconceituosos. Mencionam outros meios de comunicação sem pudor e redirecionam-nos para fora do site sempre que é preciso.

Já disse que tenho um vício novo? 

You're welcome.

 

 

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